2020 definitivamente não foi um ano normal. Entre a pandemia do novo coronavírus e suas consequências na vida de milhões de pessoas, teve o auxílio emergencial, a queda histórica da Taxa Selic, a alta dos alimentos e outros acontecimentos que impactaram o bolso dos brasileiros.
Enquanto 2021 não chega com a esperança de um ano melhor, confira abaixo uma retrospectiva com 7 fatos que marcaram as finanças em 2020.
1. Auxílio emergencial
Um dos fatos mais importantes deste ano é o auxílio emergencial. Ele foi aprovado no final de março como uma ajuda financeira aos trabalhadores informais, MEIs e autônomos impactados pela pandemia do novo coronavírus.
Ao todo, vão ser pagas cinco parcelas de R$ 600 e até quatro parcelas de R$ 300 – a quantidade varia de acordo com a data em que a pessoa recebeu a primeira parcela de R$ 600. (Para alguns grupos, as parcelas têm valor de R$1200 e R$600, respectivamente.)
Entre mudanças de calendários e novos aprovados, o pagamento do auxílio emergencial começou em abril e vai terminar em janeiro de 2021, totalizando mais de R$ 275 bilhões de reais pagos a mais de 66 milhões de pessoas.
Veja tudo sobre o auxílio emergencial
2. A famosa nota de R$ 200
Outro fato que marcou 2020 foi o lançamento da nota de R$ 200. Ela foi anunciada em julho pelo Banco Central e entrou em circulação em setembro.
E não, ela não é estampada pelo famoso vira-lata caramelo. O animal escolhido para ilustrar a cédula de R$ 200 foi o lobo-guará.
Segundo o Banco Central, um dos motivos para a criação da nota de 200 foi a maior demanda por dinheiro físico durante a pandemia. Dessa forma, é possível ter mais reais circulando, mas com menos gastos de impressão, logística e distribuição.
Entenda como identificar uma nota falsa de R$ 200
3. O lançamento do Pix, novo meio de pagamentos instantâneos
Não tem como falar de 2020 sem falar do Pix, o novo meio de pagamentos instantâneos do Banco Central.
Anunciado em fevereiro deste ano, o Pix entrou em pleno funcionamento no dia 16 de novembro como uma nova forma de enviar e receber dinheiro em tempo real.
As transações acontecem em até dez segundos, podem ser feitas em qualquer dia e horário e para qualquer instituição financeira e geralmente são gratuitas para pessoas físicas.
Ou seja: com o Pix, pessoas e empresas ganharam mais uma opção para fazer e receber transferências e pagamentos além de TED, DOC e boleto, por exemplo.
Vale dizer que, no Nubank, tanto transferir quanto receber via Pix é gratuito para todo mundo, incluindo os clientes PJ.
4. O preço salgado dos alimentos
Falando em dinheiro, 2020 não poupou o bolso dos brasileiros. Enquanto milhões de pessoas perderam seus empregos ou tiveram seus salários reduzidos por causa da pandemia, o preço dos alimentos disparou.
De janeiro a outubro, o preço do óleo de soja cresceu mais de 65%, por exemplo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor do tomate, do arroz e da abobrinha cresceu mais de 50%. Já o feijão preto e o leite longa vida aumentaram mais de 30%, e a carne ficou 11% mais cara.
E o que explica essa alta no preço da comida? Diversos fatores, mas é possível resumir da seguinte forma: com mais pessoas em casa por causa da pandemia, o consumo de alimentos aumentou. Por outro lado, o real desvalorizado com a alta do dólar tornou os produtos brasileiros mais atrativos lá fora, aumentando a exportação e diminuindo a oferta de alimentos no mercado interno.
Com os brasileiros comprando mais e a oferta menor, o preço dos alimentos disparou. E a previsão é que essa alta continue em 2021.
Entenda melhor por que o preço dos alimentos disparou
5. A alta do dólar
Outro item que disparou em 2020 foi o dólar. A moeda americana começou este ano valendo pouco mais de R$ 4, quase bateu R$ 6 em maio e chegou em 21 de dezembro custando R$ 5,16.
O dólar é uma moeda tão importante para economia global que não dá para resumir em poucas linhas o que causou essa alta. São diversos fatores internos e externos que, juntos, fizeram o valor do dólar disparar e impactar, inclusive, o preço dos alimentos no Brasil.
Confira tudo sobre a variação do dólar
6. A queda histórica da Taxa Selic
Por outro lado, enquanto o dólar subia, a Selic chegava a sua menor taxa histórica.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida a cada 45 dias pelo Comite de Política Monetária do Banco Central, o Copom, e que impacta diretamente a economia e os bolsos dos brasileiros.
Em janeiro, a Selic estava em 4,5% ao ano. Mas, com o passar dos meses, ela foi diminuindo até chegar em 2% ao ano em agosto – e permanecer assim até a última reunião de 2020, em dezembro.
Segundo o Banco Central, a redução da Selic foi uma resposta aos impactos da pandemia, já que uma taxa baixa pode estimular o consumo e aquecer a economia.
Conheça tudo sobe a Taxa Selic
7. O desce e sobe da Bolsa de Valores – com direito a Circuit Breaker
Outro destaque de 2020 foi a Bolsa de Valores brasileira, a B3.
No começo do ano, as consequências da pandemia no Brasil e no mundo fizeram a bolsa despencar. Até março, o Ibovespa, principal índice da B3, registrava uma queda de 42%.
Em março, inclusive, a bolsa acionou o Circuit Breaker seis vezes em menos de dez dias. Circuit Breaker é um mecanismo usado para interromper as negociações na bolsa, por um certo período, quando existe uma queda ou alta muito grande.
Com o passar do tempo, entretanto, o jogo virou. A bolsa começou a se recuperar e atrair mais investidores. No final de outubro, o número de pessoas físicas na B3 ficou perto dos 3,2 milhões – mais que o dobro em comparação com o final de 2019.
Um dos motivos para isso é a Taxa Selic baixa, que tornou os investimentos de renda fixa menos atrativos. Com isso, investidores buscaram outras opções mais rentáveis, como a bolsa de valores.
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