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Como desacelerar? Conheç...

Como desacelerar? Conheça estratégias e ideias para ter uma vida mais equilibrada

O Brasil está nos rankings mundiais de ansiedade, estresse e burnout. E a aceleração da vida é uma das causas desses problemas, mas é possível desacelerar. Entender que nem tudo é importante é um dos primeiros passos, mas há outros.



Imagem mostra um painel repleto de post-its amarelos e roxos. A parede é branca e há, ao lado do painel, um vaso branco com plantas marrons.

Antes mesmo de levantar da cama, você pega o celular para responder as mensagens do trabalho. Ao chegar no banheiro, já está repassando a lista de afazeres do dia. Nem bem saiu do banho, essa lista aumentou em cinco tarefas. Quando as crianças acordaram, outras dez surgiram. Se antes mesmo de passar o café a exaustão bateu, é hora de entender como desacelerar. 

E não é só você que precisa de uma pausa. O Brasil é líder no ranking mundial dos países com mais pessoas com ansiedade patológica (diagnosticada), segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). O número mais recente divulgado pela organização, de 2019, mostra que 9,3% dos brasileiros têm ansiedade. 

Além disso, o país é o segundo com mais trabalhadores estressados, de acordo com a Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse (Isma-BR): 72% dos brasileiros ativos no mercado enfrentam esse problema e 32% dos profissionais sofrem com a síndrome do burnout, um esgotamento relacionado ao trabalho. 

A ansiedade e o estresse são apenas algumas das consequências de uma vida acelerada, mas a desconexão consigo e com o outro é o efeito mais nocivo dessa aceleração. Vale lembrar que ela leva a um caminho de doenças mais graves, como o próprio burnout e a depressão, segundo a psicóloga e professora Adriana Drulla, mestre em Psicologia Positiva pela Universidade da Pensilvânia e pioneira no Brasil em Terapia Focada na Compaixão. 

“Quando a gente tem uma lista de coisas para fazer, corre sem se perguntar por que estamos correndo e foca em objetivos que não fazem sentido, nos desconectamos. É essa desconexão, em geral, que causa ansiedade e depressão. A conexão com o outro e consigo é fundamental para a nossa felicidade. E os momentos de pausa são essenciais para nos reconectar e nos ajudam a escolher melhor os objetivos que realmente são capazes de nos trazer felicidade”, afirma. 

Tudo ao mesmo tempo e agora: por que sua vida está tão acelerada? 

Em uma análise rápida, é fácil colocar a culpa da vida acelerada nas tecnologias. Afinal, elas eliminaram muitas barreiras de comunicação, encurtaram distâncias e facilitaram a criação de muitos serviços que nem conseguimos mais viver sem. Essa dinâmica vem acompanhada de notificações sem fim e de uma expectativa (sua e do outro) de também resolver com um clique os problemas mais complexos impostos pela vida. 

Até pouco tempo atrás, aquela crise do trabalho que apareceu na sexta-feira, às 18h, ficaria só para segunda-feira. Agora, ela chega no seu celular às 18h ou 19h, 20h, 23h da sexta ou do sábado, do domingo, feriado, e até no meio das suas férias. Sem contar as mensagens da escola dos filhos, da família, do contador, os convites intermináveis dos amigos, o professor da academia cobrando a sua presença. 

Nessa conta ainda entram as redes sociais, que criaram a necessidade de estar “on” o tempo todo e que ainda espalham rotinas e estilos de vida inalcançáveis para a maioria das pessoas – aumentando ainda mais a ansiedade de correr para “chegar lá”. Nesse contexto, fica complicado encontrar caminhos sobre como desacelerar.

Então, é tudo culpa da internet?

“A internet tem um papel muito grande na nossa aceleração, mas muitas pesquisas comprovam que o que mais importa é como você usa a internet e não o quanto. Ela é feita pelas pessoas e é um retrato da sociedade. E é essa sociedade que valoriza o crescimento acima de tudo, a aceleração acima da reflexão, que diz pra gente, o tempo inteiro, que nada está bom o suficiente. Se o modo de viver muda, a internet muda. Não existem vilões. A vida evolui e as ferramentas chegam”, diz Luiza Voll, sócia-diretora da Contente.vc, plataforma que defende que é possível criar uma relação de bem-estar com a internet. 

Para a psicóloga Adriana Drulla, a internet e tudo o que veio com ela apenas reforçou o modus operandi do cérebro, que existe basicamente para garantir a nossa sobrevivência e não a nossa felicidade e bem-estar. Foi o sistema nervoso simpático, responsável pelo mecanismo de “luta ou fuga”, que garantiu que chegássemos até aqui. 

Com ele, os primeiros seres humanos estavam sempre atentos às ameaças do mundo que, literalmente, poderiam matá-los. O problema é que, hoje, não precisamos mais fugir de leões para sobreviver, mas a região do cérebro mais primitiva, chamada de “cérebro reptiliano”, continua funcionando como se esse leão estivesse na nossa sala e como se tudo ao redor fosse uma ameaça. 

A internet e as ferramentas tecnológicas reforçam esse mecanismo porque têm a capacidade de reverberar as exigências mais nocivas da sociedade, durante 24 horas por dia, todos os dias. 

“Em busca de proteção, a nossa atenção está sempre se deslocando para informações sobre aquilo que falta e sobre como o amanhã pode dar errado. É por isso que a nossa tendência é de querer consertar tudo. Está tudo bem querer alcançar o que a gente quer, mas nosso cérebro dá um senso de urgência a tarefas que não são, em busca de uma vida perfeita, e a gente acaba se enrolando na correria e na lista interminável de coisas e esquece que nossa vida é imperfeita”, explica Drulla.   

Entender como desacelerar passa por saber se sua vida está acelerada ou se está em um momento acelerado de vida.

Vida acelerada ou momentos acelerados da vida: como identificar a diferença? 

Ao longo do caminho, momentos de maior estresse e correria são comuns. O fechamento de um projeto importante, o último ano da faculdade, aquele pico antes de conseguir uma promoção, o primeiro ano do seu filho. É esperado, em situações como essas, que o estresse e a ansiedade apareçam, e que você acelere pontualmente. 

Nunca é demais lembrar que estresse e ansiedade são normais, e fazem parte do funcionamento do corpo. Eles só se tornam nocivos quando perduram, são excessivos e prejudicam a rotina de uma pessoa – e somente um profissional de saúde mental pode dizer qual é essa medida. 

Por isso, antes de entender como desacelerar, é preciso identificar se a sua vida está corrida ou se você está vivendo um momento em um ritmo fora do normal. Uma vida corrida carrega com ela uma tensão contínua por um longo período de tempo. Um momento acelerado tem uma razão específica para existir e um prazo para terminar. Para identificar a diferença, na prática, Adriana Drulla recomenda um momento de reflexão. 

“Precisa analisar há quanto tempo você está correndo e o motivo. Se você olha para a sua história e percebe que está acelerado há muito tempo e por vários motivos, tende a ter uma vida acelerada. Mas se a razão for específica, é possível que seja um momento acelerado da vida”, afirma. 

Há no imaginário a ideia de que quem está correndo demais, está acelerado à toa. Drulla reforça, contudo, que não é bem assim. A diferença é que, neste caso, os motivos são variados, mas todos são, sim, legítimos. 

“Quem está sempre correndo não é que não tem uma legitimidade. Tudo tem justificativa. A questão é que o nosso organismo não é feito para correr o tempo inteiro e, se a gente não conseguir desacelerar, a gente vai adoecer. A nossa capacidade de nos conectar com o outro, de usufruir o que já conquistamos, passa pela necessidade de pausar”, explica a psicóloga.  

Mente e coração acelerados 

Uma vida acelerada também gera consequências para o corpo. Drulla explica alguns sinais típicos que podem denunciar que você está correndo demais: 

  • Dificuldade para dormir; 
  • Ansiedade constante e sem motivo;
  • Senso constante de urgência; 
  • Sensação de sobrecarga (a lista de tarefas só cresce); 
  • Atividades que eram fáceis começam a ficar difíceis; 
  • O que era prazeroso fica chato;

“Tem gente que tem até dor no peito, e desiste de atividades e tarefas que antes fazia com facilidade”, afirma Drulla. 

Ausência de sentido

Outro indicador de que a sua vida está acelerada é a ausência de sentido naquilo que você está fazendo. Aquele gás para entregar o trabalho de conclusão de curso da faculdade tem um motivo: a sua formação e o início da sua carreira profissional. Num momento acelerado, há um sentido claro para esse movimento – o que não acontece quando a sua vida já está desenfreada.

“A gente sempre tem algo a fazer, mas o que eu tenho observado é uma ausência de sentido nesse fazer, uma ausência de tempo de reflexão desse fazer. Quando tudo está acelerado, parece que essas perguntas se tornam desnecessárias e vamos seguindo, mas sem nos perguntar para onde e por quê”, reforça Luiza Voll.  

Foi quando ficou grávida, em 2018, que a publicitária Larissa Rodrigues, de 26 anos, fez essas perguntas. O que ela queria, naquele momento, era que sua vida não virasse uma grande lista de tarefas. Como trabalhava com planejamento, ela começou a usar as ferramentas e os métodos profissionais que conhecia na vida pessoal. Foi assim que nasceu o Hábitos que Mudam, perfil no Instagram que virou o livro “Rotina Criativa e Hábitos que Mudam”.

Para Rodrigues, uma rotina possível é justamente aquela que contempla momentos acelerados de vida, mas que impede que a vida fique acelerada o tempo todo. E, para chegar nesse ponto de equilíbrio, é preciso entender como desacelerar e dar sentido à rotina. “Eu precisava criar uma rotina para dar conta do essencial, mas o que era essencial para mim, não para os outros”, conta.

Às vezes, desacelerar a vida é conseguir estabelecer uma quantidade de tarefas possível.

O que é, afinal, uma vida desacelerada?

Uma vida desacelerada não é, necessariamente, uma vida com menos atividades. Na verdade, ela é uma rotina de afazeres possíveis e que são importantes para você, com respiros que permitem a reflexão constante do que faz sentido.  

“É ir um pouco mais devagar. É sobre conseguir colocar um limite na expectativa que você tem sobre a sua própria capacidade de execução de tarefas, e entender a quantidade de demanda que é possível entregar naquele momento para que você possa também usar parte do seu tempo para se cuidar”, afirma Drulla. 

Como desacelerar? 

Para Luiza Voll, da Contente.vc, não existe uma receita única de como desacelerar, mas o que pode existir em comum entre as pessoas com uma vida mais calma é a noção de que é possível criar essa rotina com respiros. 

“Para algumas pessoas, desacelerar é começar a organizar a sua situação financeira, por exemplo. Para outras, é estar em comunidade, retomar laços de afeto que foram perdidos, porque não é só dormindo que a gente descansa. A gente descansa quando prepara uma refeição, vai a algum lugar especial. Não existe uma fórmula, mas é necessário começar por algum lugar”, diz.

Para te dar ideias de como desacelerar, confira as estratégias recomendadas pelas especialistas abaixo. Elas são apenas sugestões e não determinações. Uma ideia pode ser boa para você, mas não para o seu amigo. Um caminho para entender se elas funcionam, é testá-las: 

1. Entender o que você quer de verdade ajuda no processo de desacelerar

Essa etapa não tem como pular. Só é possível saber como desacelerar se você entender aquilo que faz o seu corpo parar de verdade. Hoje, é fácil encontrar dicas e rituais na internet que prometem esse respiro, mas se essas atividades não fizerem sentido, elas acabam virando obrigações na sua lista de tarefas e, em vez de te fazerem parar, elas te sobrecarregam. 

“Olhe para a sua vida agora: o que faz você correr tanto? Estou dando tudo de mim para chegar lá, mas ‘lá’ é onde? Precisa ter esse autoconhecimento, porque muita coisa que era importante para você há algum tempo, pode não ser mais hoje”, afirma Larissa Rodrigues.  

2. É possível usar a internet a seu favor 

A internet e as redes sociais podem, sim, ser ferramentas que te ajudam a entender quem você é e o que de fato te importa agora, afirma Luiza Voll, da Contente.vc. 

“Existe uma prática que a gente recomenda que é você fazer uma pausa, dar uma respirada, pensar em como você está se sentindo. Depois, pegue o seu celular e passe um tempo nas redes. Pare de novo e pense em como você está se sentindo”, diz. Dessa forma, você começa a entender quais conteúdos na rede te fazem bem ou não. 

“A internet está o tempo inteiro nos causando uma roleta russa de emoções, mas quando você se conecta com você mesmo, consegue entender aquilo que te eleva e aquilo que te causa frustrações”, afirma.

3. Mapear a rotina pode ajudar a encontrar espaços invisíveis

Pare por alguns minutos e liste tudo o que você está fazendo e tudo o que acredita que ainda precisa fazer. Separe essas tarefas em duas listas: da sua vida pessoal e profissional. Larissa Rodrigues, do Hábitos que Mudam, lembra para colocar até mesmo aquelas atividades invisíveis, que tomam o seu tempo, mas que a gente esquece de anotar, como lavar a louça, lavar roupa, organizar a casa, ir ao mercado. Mapeie tudo.   

Segundo Larissa, entender como a rotina funciona tem duas funções principais: perceber que nem tudo é importante e abrir espaço para aquilo que você entendeu que faz mais sentido para o seu momento de vida.

“Desacelerar, às vezes, é entender que fazer crossfit cinco vezes na semana não funciona. Mapear a rotina nos coloca em contato com a realidade e nos faz entender que está tudo bem se não couber tudo na semana”, diz Rodrigues. 

4. Considere a atividade física 

“A primeira coisa que a gente faz quando acelera é justamente cortar aquilo que nos permite agir em cima de uma lista de tarefas, que é o exercício e a alimentação mais saudável. A gente pensa que o corpo e a mente estão separados, mas eles são uma coisa só. Os neuroquímicos que circulam no seu corpo circulam no seu cérebro, por isso o exercício físico é importantíssimo para conseguir aprender a respirar e a se concentrar”, reforça Drulla. 

E não importa qual é essa atividade física. Não precisa ser uma academia, se você não gosta desse ambiente. Escolha uma forma de movimentar o corpo que faça mais sentido para a sua rotina e que você goste. Só assim fica mais fácil manter a consistência nesse movimento. Pode ser uma caminhada, uma aula de dança, andar de bicicleta, por exemplo.  

Autoconhecimento é parte fundamental do processo de desaceleração da vida.

5. Encontre um espaço na agenda para você

“Por mais irônico que pareça, para desacelerar você precisa criar esse espaço de parar. E esse ‘parar’ é diferente para cada um”, afirma Luiza Voll. 

Esse espaço na agenda, inclusive, não precisa ser preenchido com alguma atividade. “Desacelerar não tem a ver com praticar alguma coisa. Muitas vezes é revisar a sua lista de tarefas, ter clareza de que nem tudo é tão importante como parece e fazer pequenas mudanças. Não precisa dar grandes saltos”, afirma Larissa. 

Ou seja, você não precisa abrir uma hora por dia para encaixar um passeio no parque: 15 minutos de pausa no meio tarde, diante da janela da sua casa, já é um gatilho para desacelerar.  

6. Dizer não e lidar com a frustração de que não dá para fazer tudo é parte do processo

 “Desacelerar passa pela nossa capacidade de dizer não para muitas coisas que a gente gostaria de dizer sim. É dessa forma que conseguimos escolher com mais intenção aquilo que a gente vai fazer. Ao dizer não, a gente exercita a nossa capacidade de escolha”, explica a psicóloga Adriana Drulla.

Nesse processo, você não precisa largar a aula de inglês diária, se ela é muito importante para você, mas reduzir de cinco para três vezes na semana pode te permitir colocar na agenda outras atividades que te ajudam a desacelerar – ou simplesmente ter um tempo para não fazer nada, apenas respirar. 

No trabalho, contudo, dizer não pode ser um desafio. Drulla lembra que, neste caso, a questão é a forma como se nega um projeto no ambiente profissional.  

“É como eu vou comunicar esse ‘eu não consigo’, de forma que a pessoa entenda que não é um ‘eu não me importo’. E se faz isso negociando datas, encontrando uma solução em conjunto. É sobre a gente saber se comunicar e lembrar que os líderes também são pessoas e são capazes de entender a sobrecarga. A ideia, então, seria aprender a comunicar não de um lugar de culpa, mas de um lugar de respeito”, afirma a psicóloga. 

7. Pedir ajuda faz bem

Na vida pessoal ou profissional, a rotina pode ficar mais fácil com ajuda. “Começar a pedir ajuda e falar sobre desacelerar é importante porque, caso você acelere de novo, vai lembrar que é possível voltar a desacelerar. E é um passo depois do outro porque o descanso não vem em um clique, como as coisas na internet. O descanso precisa ter intenção e ser ativo. É uma nova forma de viver mesmo”, considera Luiza Voll. 

8. O estilo de vida ou a rotina de outra pessoa pode não funcionar para você

Em tempos de redes sociais, é fácil admirar a rotina daquele influenciador que você gosta e tentar replicar o estilo de vida dele. Mas é aí que mora a frustração e a aceleração sem sentido, porque o que aparece na rede não representa o dia daquela pessoa e o que ela faz pode não funcionar para você. 

“A gente tem muito acesso a informação, mas precisamos analisar se precisamos mesmo seguir determinada regra e estilo de vida. Faz uma lista daquilo que realmente você gosta de fazer, considerando o que o seu corpo e a sua mente estão pedindo, sem a responsabilidade de cumprir uma expectativa do mundo, e respeitando a sua realidade cultural e geográfica”, afirma Larissa. 

“O amadurecimento da internet passa por a gente entender que as fórmulas lidas no álbum do Instagram são pouco úteis quando a gente aplica na nossa vida”, reforça Voll.

9. Respirar é preciso 

“Às vezes, a única coisa que você pode fazer é parar e respirar de forma consciente por um momento, porque desacelerar não tem a ver com uma atividade específica, e nunca teve. Respirar é um lembrete diário de que tudo é temporário”, reforça Larissa.

Segundo a psicóloga Adriana Drulla, respirar é uma das ações mais simples para reiniciar o corpo. Na correria, o estresse toma conta e os níveis de noradrenalina aumentam, afetando, dentre outras coisas, a atenção. 

A noradrenalina é um hormônio liberado como resposta ao estresse. Ela ajuda o corpo a receber rapidamente a energia que precisa para lidar com essas situações. Ela também atua no sistema cardiovascular, aumentando tanto os batimentos cardíacos como o fluxo sanguíneo.  

É comum, nessa hora de estresse, “esquecermos” de respirar de forma adequada. Por consequência, os níveis de dióxido de carbono no sangue aumentam, o que ajuda a elevar ainda mais os níveis de noradrenalina. É um ciclo sem fim, que pode ser interrompido quando respiramos profundamente e devagar.

A respiração profunda reduz o estresse, a ansiedade, ajuda na tomada de decisão, melhora o sono e ajuda no funcionamento adequado de todo o corpo. É por isso que a meditação está sempre na lista de ideias para desacelerar. 

10. Repetir todos os passos anteriores pode te ajudar a manter o foco na desaceleração  

Desacelerar é um processo contínuo e sobre o qual é preciso ficar atento, porque é fácil voltar a acelerar sem perceber.

“Claro que tem momentos simbólicos, que você se deixa levar pela demanda mesmo, mas é um esforço cotidiano, porque não existe um antes e depois. A gente acelera e desacelera, aperta e afrouxa, é o correr da vida, por isso é uma constante vigília para não acelerar demais”, considera Luiza Voll.

Para a psicóloga Adriana Drulla, a sua lista de tarefas não vai ter fim se você não colocar um fim nela, e que é preciso entender que nem tudo cabe no dia e endereçar as suas atividades dentro daquilo que faz realmente sentido para você. 

“É mais sobre aceitar que eu vou ter sempre algo importante, e por isso sempre vou ter a vontade de acelerar e dar conta desse objetivo, mas se eu não aprender a parar, eu vou entrar num processo de adoecimento. Preciso aprender a desacelerar, mesmo quando estou numa fase importante da vida”, diz.

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