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Quanto custa uma viagem ...

Quanto custa uma viagem para a Disney? Dicas e custos

Quer passear na Disney e não sabe por onde começar? Confira um roteiro com dicas, valores e tudo que você deve considerar antes de fazer as malas.



Quanto custa ir para Disney: imagem de um céu de fim de tarde, com nuvens, visto pela janela de um avião.

Qual é o seu grande sonho? Se você cresceu assistindo aos filmes da Disney, talvez a resposta seja visitar os parques de diversões da empresa em Orlando, nos Estados Unidos. Mas, ao contrário da ficção, onde tudo acontece em um passe de mágica, chegar lá na vida real envolve planejamento e organização. Daí surge a pergunta: quanto custa uma viagem para a Disney?

Bater o martelo nesse tipo de cálculo pode ser desafiador, já que existem variáveis na equação. Entre passagem, hospedagem, passeios e lembrancinhas, muita coisa influencia o preço final da experiência – principalmente a cotação do dólar e o perfil do viajante. 

Mas uma coisa é certa: é bom preparar o bolso para entrar na brincadeira. Descubra, a seguir, quanto custa uma viagem para a Disney e como se organizar para realizar esse sonho. 

Quanto custa uma viagem para a Disney?

Para saber quanto custa uma viagem para a Disney, você precisa considerar todas as categorias de gastos que farão parte do roteiro. Sua lista deve contemplar:

  • Passaporte e visto;
  • Passagens;
  • Hospedagem;
  • Ingressos para os parques;
  • Alimentação;
  • Deslocamento e transporte para os parques;
  • Seguro viagem;
  • Chip de celular;
  • Compras e lembrancinhas;
  • Passeios extras;
  • Número de viajantes;
  • Número de dias de viagem;
  • Perfil de viagem.

Com esse checklist preparado, fica mais fácil saber como se organizar, quais categorias são mais ou menos prioritárias e quanto tempo de antecedência você precisa para se planejar. Conheça abaixo um detalhamento de cada um desses pontos. 

Passaporte e visto

Se você deseja ir à Disney e ainda não tem um passaporte, programe-se: garantir o documento deve ser a primeira etapa do seu roteiro, já que a entrada nos Estados Unidos só é permitida com passaporte e visto. 

A taxa de emissão de um passaporte é de R$ 257,25, enquanto que o valor do visto é de US$ 185. Clique aqui para conhecer o passo a passo de como tirar um passaporte. Em geral, o processo de emissão do passaporte é curto – o Governo Federal estima que tudo pode levar entre 10 e 20 dias. 

No entanto, o tempo necessário para conseguir o visto é muito maior, dependendo da região onde você mora. Em São Paulo, por exemplo, são necessários, pelo menos, 80 dias (quase dois meses) entre o início do pedido e a aprovação final. Para conferir o tamanho da fila na sua cidade, basta acessar o site do consulado norte-americano.

É muito importante que você não avance muito no planejamento da viagem antes de ter o passaporte e o visto em mãos, já que existe a possibilidade do visto ser negado e você pode acabar perdendo dinheiro.

Passagens aéreas

Se você já tem passaporte e seu visto está dentro do prazo de validade (a validade do visto de turismo norte-americano é de até 10 anos), é hora de procurar por passagens aéreas. Nesta etapa, você precisa definir quantos dias ficará no destino e qual será a data da viagem. 

Vale dizer também que esse será um dos maiores custos, já que os preços de bilhetes na classe econômica podem variar entre US$ 700 e US$ 1200, dependendo da data escolhida.

Qual é a melhor época para ir à Disney?

Para encontrar passagens a preços mais atrativos e ainda evitar muvuca, a dica é fugir de períodos de alta temporada, de março a abril e de junho a setembro, que costumam coincidir com as férias escolares norte-americanas. 

As passagens fora da alta temporada, por exemplo, podem custar entre US$ 700 e US$ 800, contra os US$ 1200 de meses mais cheios como julho, segundo a média de preços calculada pelo buscador de passagens aéreas TurismoCity.  

Além disso, se possível, separe entre 10 e 15 dias para aproveitar tudo com tranquilidade. Essa dica é da jornalista Bianca Vendramini, que já foi à Disney quatro vezes. “Assim você tem tempo de conhecer tudo com calma e ainda pode separar dias livres para descansar e fazer compras”, diz. 

Esse equilíbrio é importante pois cada dia de visita aos parques é como uma maratona. “Tinha dias em que eu andava mais de 20 km indo de brinquedo em brinquedo, então acaba sendo uma viagem cansativa. Se você tiver flexibilidade, alterne dois dias no complexo e um dia de descanso”, diz.

Caso você não possa permanecer tanto tempo no destino, não se preocupe: escolha apenas os parques que você realmente deseja conhecer e otimize o tempo em cada um, saindo do hotel com um roteiro pré-estabelecido para cada dia. Assim, você perde menos tempo dentro do complexo e garante presença nas suas atrações favoritas. 

Hospedagem

A escolha de hospedagem pode variar consideravelmente de acordo com o estilo do viajante. Se você busca economia, opções não faltam, já que a região hoteleira de Orlando é regida pela velha lei da oferta e demanda. Agora, se o seu orçamento permite um gasto maior, pode valer a pena escolher os hotéis da Disney.

Uma das vantagens dessa escolha é que todos os hóspedes da Disney podem entrar nos parques 30 minutos antes do público geral. Caso você fique em um dos hotéis de luxo do complexo, a saída também é estendida, permitindo até duas horas extras de diversão depois que o parque fecha para o público em geral. 

Os hotéis da Disney oferecem transporte cortesia de ida e volta dos parques. Se você estiver de carro, o estacionamento também sai na faixa. Nesta escolha, a hospedagem é um show à parte, pois os quartos dos hotéis são temáticos e refletem a magia do parque, como uma verdadeira experiência imersiva. “Quando fui pela segunda vez, em 2014, fiquei hospedada em um quarto da Pequena Sereia e pude aproveitar essas facilidades”, diz Bianca. 

O valor da hospedagem em um hotel da Disney varia de US$ 80 a US$ 815 por noite, de acordo com o estilo de hospedagem, que pode ser econômico, moderado ou de luxo. Uma viagem de 15 dias no hotel mais econômico gira em torno de US$ 1200, por pessoa, enquanto que o mais caro ultrapassa os US$ 12 mil. Ao todo, são 25 opções de hotéis para todos os bolsos.

Ingressos para os parques da Disney

O complexo Walt Disney World é composto por quatro parques temáticos e dois parques aquáticos, e os ingressos para cada atração vão consumir uma boa fatia do seu orçamento. Os parques temáticos são: Magic Kingdom, EPCOT, Disney’s Hollywood Studios e Disney’s Animal Kingdom. Já os parques aquáticos são chamados de Blizzard Beach e Typhoon Lagoon

Cada um deles tem um perfil diferente e brinquedos exclusivos, que mudam quase todo ano – é por isso que tanta gente gosta de repetir o roteiro. A assessora Izabela Ares também viveu o sonho Disney quatro vezes e garante que nenhuma delas foi igual. “É mágico porque você pode ir com qualquer idade, em qualquer ano, e ainda vai se surpreender. Lá tudo muda o tempo todo, então é sempre uma experiência diferente”, conta.

O preço dos ingressos pode variar de acordo com o canal de venda e a cotação do dólar. Além de comprar direto no site da Disney, você pode fechar o pacote em agências e outros pontos de vendas referenciados, como o VPD Travel. Em média, o ingresso para os quatro parques temáticos principais custa em torno de US$ 400 por pessoa. Caso queira incluir os parques aquáticos no roteiro, a média sobe para US$ 700 (considerando um dia inteiro para cada parque). 

Você pode tentar comprá-los com antecedência, durante um período de baixa do dólar. Pesquise e compare em pelo menos três pontos de vendas diferentes antes de fechar negócio. Algumas agências oferecem descontos e promoções do tipo “compre dois dias e pague um”. Mas vale tomar bastante cuidado para não cair em golpes e promoções falsas

Você também deve prestar atenção em todos os custos envolvidos na compra, pois além do valor do ingresso, algumas entradas podem ter frete (caso você compre um cartão físico) ou taxas como IOF.

Que tal conhecer outros parques temáticos?

Uma vez em Orlando, você pode esticar o roteiro para conhecer outros parques temáticos nos arredores, como o Universal Orlando, o SeaWorld Parks, o Legoland (destinado a crianças menores) e o Kennedy Space Center (conhecido como parque da NASA). Uma opção é prolongar a estadia na cidade e montar um roteiro para além da Disney. Em média, os preços são:

Alimentação

Os gastos com café da manhã, almoço e jantar podem variar de acordo com o seu perfil de viagem e as escolhas no planejamento. Os hotéis, em geral, já oferecem café da manhã. Ao longo do dia, você pode comer nos restaurantes que ficam dentro dos parques, buscar opções de shoppings ao redor ou até fazer uma compra de supermercado e levar sua própria comida aos passeios (confira abaixo o que é permitido levar aos parques). 

Considerando tudo isso, você pode estimar um gasto de cerca de US$ 60 por dia com alimentação. Antes de sair de casa, vale a pena ler as avaliações dos restaurantes para fazer a melhor escolha. 

Quais comidas posso levar para os parques da Disney?

As opções de alimentação dentro dos parques da Disney são bem amplas, mas podem encarecer o passeio. Se você está afim de levar a própria comida, deve seguir algumas regrinhas. Confira abaixo.

O que não pode:

  • Bebidas alcóolicas;
  • Mochilas grandes: é proibido entrar com mochilas, bolsas e malas maiores do que 61 cm x 38 cm x 46 cm (comprimento x largura x altura);
  • Garrafas e potes de vidro (com exceção das papinhas de bebê embaladas neste tipo de recipiente);
  • Facas, abridores de lata, tesouras e objetos pontiagudos em geral.

A lista de itens proibidos é bem extensa, e não se restringe a alimentação: os parques não permitem que visitantes entrem com bastões de selfie, drones, bandeiras, faixas, brinquedos com controle remoto e até canudos de plástico em alguns dos parques. Para conferir a lista completa de itens proibidos, clique aqui.

O que pode:

  • Salgadinhos e bolachas;
  • Frutas;
  • Saladas;
  • Wraps;
  • Embalagens e garrafinhas de plástico: dentro dos parques, o fornecimento de água é gratuito. Você também pode pedir por copos de gelo nos restaurantes e fast-foods sem pagar nada por isso.

Deslocamento

A oferta de transporte público em Orlando não é muito grande: a cidade tem apenas duas opções de empresas de ônibus e nenhum metrô. Mesmo custando pouco (cerca de 2 dólares cada passagem), essa opção pode limitar e atrasar o seu roteiro.

Por isso, considere alugar um carro ao chegar em Orlando ou deixe uma reserva separada para gastos com táxis e corridas de aplicativo. Se optar pelo aluguel de carro, inclua os gastos com estacionamento. “O preço dos estacionamentos é bem alto e gira em torno de 20 dólares por dia. Mas alugar um carro nos permitiu conhecer cidades próximas a Orlando e deu mais autonomia para ir no mercado, fazer compras e circular sem depender de mais ninguém”, afirma Bianca Vendramini. 

O Castelo da Cinderela no parque Magic Kingdom, no Walt Disney World Resort. Foto: Bianca Vendramini

O aluguel de um carro compacto para 10 dias começa em US$ 300, sem contar estacionamento, combustível e pedágio. Existem ainda opções de transfer e vans particulares, que você pode fechar com mais de uma pessoa caso faça a viagem em um grupo maior, pagando cerca de US$ 50 cada um – mas geralmente eles se restringem ao itinerário de ida e volta dos parques, o que pode te impedir de incluir outras cidades e pontos turísticos no roteiro. 

No fim, uma coisa é certa: todas essas opções têm seus prós e contras, mas ainda compensam muito em relação ao transporte público. 

Seguro viagem

Se engana quem pensa que o seguro viagem é algo dispensável. Além de não ter um impacto tão significativo no valor total do roteiro, ele pode te poupar de dores de cabeça caso algum imprevisto médico aconteça na viagem. 

Os valores de um seguro variam de acordo com a cobertura, mas é possível encontrar boas opções a partir de US$ 50 por semana. Alguns cartões de crédito também oferecem seguro viagem: consulte sua operadora de cartões para entender as coberturas e com quanta antecedência você precisa ativar o benefício. 

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Chip de celular

O chip de celular é um item dispensável, mas pode ser interessante para se manter conectado à internet fora das redes Wi-Fi. Dentro dos parques, a conexão não é um problema, já que as instalações oferecem Wi-Fi gratuito e confiável. 

Mas, caso seja necessário, reserve pelo menos US$ 40 para comprar um chip que garanta conexão o tempo todo. Você também pode dividir o valor com outros integrantes da viagem e comprar um único chip para todo o grupo. 

Compras e passeios extras

O seu roteiro de viagem não precisa se restringir à Disney: uma vez em Orlando, que tal expandir a experiência e conhecer a costa da Flórida? Você pode fazer passeios de até uma hora para praias como Cocoa Beach e Ocala, por exemplo. Caso tenha mais tempo, dá para esticar e fazer uma viagem de carro de cerca de três horas até Miami. 

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Orlando também é uma cidade conhecida por seus outlets, um tipo de loja que costuma ter diversos produtos com valores mais baixos. Mas, se você emendar um passeio de compras, Bianca Vendramini tem um alerta: “No penúltimo dia, quando comecei a arrumar as malas, percebi que não ia dar para colocar tudo que eu e minha irmã tínhamos comprado. Precisei comprar uma mala extra e ainda pagar para despachar. Nessa brincadeira gastei US$ 250 a mais do que o previsto”, diz. 

A sorte da jornalista foi ter separado um dinheiro extra para imprevistos. “Mesmo achando que não ia ser necessário, eu levei porque algo talvez pudesse acontecer”. 

Ou seja: preste atenção no limite de bagagem estipulado pela sua companhia aérea e também nas regras de alfândega para não perder produtos ao retornar ao país. 

Afinal, quanto custa ir para a Disney?

Feitas todas as considerações e usando como base um roteiro de 10 dias no destino, prepare-se para gastar cerca de US$ 4 mil por pessoa. Novamente, esse valor pode ser mais alto ou mais baixo, dependendo do seu perfil de viajante. Essa média considera uma viagem de perfil moderado, com aluguel de carro, seguro e chip de celular. 

Vale destacar que esse valor se dilui ao longo do planejamento: ou seja, você não vai gastar tudo isso de uma vez. Organizando sua viagem com um ano de antecedência, por exemplo, você consegue acompanhar a cotação do dólar e escolher o melhor momento para pagar por cada detalhe. 

E não se esqueça: se este é o seu grande sonho, invista nele. Como o próprio Walt Disney disse uma vez, “se você pode sonhar, você pode realizar”. 

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