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Qual é a profissão do fu...

Qual é a profissão do futuro? As habilidades que podem fazer a diferença no mercado de trabalho

Boa comunicação, adaptabilidade e mentalidade inovadora são algumas competências necessárias. Mas, para além da técnica, os profissionais do futuro devem também despertar seu lado humano para se destacar. Entenda.



Qual é a profissão do futuro? Ilustração de pontinhos roxos conectados por linhas pretas. O fundo da imagem é cinza.

Pode parecer estranho, mas profissões como operador de drone, cientista de dados ou influenciador digital simplesmente não existiam há 15 anos. Esses são exemplos de como o mercado de trabalho tem se transformado com rapidez, exigindo essa mesma agilidade de seus profissionais. Em meio às mudanças, é normal se perguntar qual é a profissão do futuro – e tentar se preparar para ela antes de todo mundo.

Se você quer saber quais são as exigências do mercado nos próximos cinco ou dez anos, aqui vão algumas dicas e opiniões de especialistas sobre o que esperar do futuro.

Afinal, qual é a profissão do futuro?

De tempos em tempos, o relatório The Future of Jobs, feito pelo Fórum Econômico Mundial, tenta adivinhar a resposta. O último, publicado em maio de 2023, apresenta perspectivas para o mercado até 2027. No estudo, foram entrevistadas 803 empresas ao redor do mundo, que empregam mais de 11 milhões de trabalhadores. 

Os resultados são animadores para as áreas de tecnologia: o estudo estima que o número de vagas de analistas e cientistas de dados, profissionais de segurança cibernética e especialistas em inteligência artificial e machine learning cresça em média 30% até 2027. 

Por outro lado, funções de secretariado (como atendentes de caixas e balconistas) e funções administrativas (como escriturários de contabilidade e assistentes de registro de produtos) figuram entre as mais ameaçadas. Confira o ranking abaixo. 

10 profissões do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial

  • Especialistas em Inteligência Artificial (AI) e Machine Learning;
  • Especialistas em Sustentabilidade;
  • Analistas de Business Intelligence (BI);
  • Analistas de Segurança da Informação;
  • Engenheiro de fintech;
  • Analistas e cientistas de dados;
  • Engenheiros robóticos;
  • Especialistas em Big Data;
  • Operadores de equipamentos agrícolas;
  • Especialistas em transformação digital.

10 profissões em declínio, segundo o Fórum Econômico Mundial

  • Digitador de dados;
  • Secretários administrativos e executivos;
  • Escriturários de contabilidade, escrituração contábil e folha de pagamento;
  • Segurança;
  • Zeladores e governantas;
  • Atendentes de caixa e cobradores;
  • Assistentes de registro de produtos e estoquistas;
  • Trabalhadores de montagem e fábrica;
  • Funcionários de serviços de correios;
  • Caixas de banco e funcionários relacionados.

Então meu trabalho pode desaparecer?

De fato, é esperado que alguns postos de trabalho deixem de existir à medida que novas tecnologias se desenvolvem. Segundo o relatório, das 673 milhões de vagas analisadas, 87 milhões delas devem desaparecer, enquanto outras 69 milhões serão criadas. Apesar de grande, esse número representa uma diminuição líquida de apenas 2%. 

Ou seja: é sim verdade que a tecnologia veio para ficar, mas a automação de tarefas anda em ritmo mais lento do que o imaginado. As empresas estimam hoje que 34% de todas as tarefas relacionadas aos negócios são executadas por máquinas, sendo os 66% restantes realizados por humanos. Isso representa um aumento insignificante de 1% no nível de automação que antes era previsto pelas empresas na edição de 2020 desta mesma pesquisa.

“Números como esse demonstram uma preocupação válida com as novas tecnologias, mas ao mesmo tempo eu diria que não é motivo para pânico, sabe?” diz Raphael Costa, responsável pela área de Produto e Operações da escola de inovação, negócios e transformação digital Future Dojo.

“Acredito que existem diferentes formas de estudar essas novas tendências e até começar a usá-las, como já vem acontecendo com o Chat GPT, por exemplo – inclusive, o Brasil é o um dos países que mais usa a ferramenta de inteligência artificial. O profissional que vai sair na frente é aquele que consegue surfar nessas ondas e aplicar novos conhecimentos de forma útil para a realidade dele”, completa. 

O grande protagonista da inovação é o ser humano

Ainda que a interação entre humanos e máquinas tenha se estreitado ao longo dos anos, o futuro será, mais do que nunca, sobre pessoas.

“Existe um equívoco de que inovação significa que robôs vão fazer todas as coisas. Nós acreditamos que inovar é criar valor onde não há, e isso pode ou não estar associado à tecnologia. Você não precisa inventar a roda todos os dias para ser inovador, basta criar valor propondo modelos de operação mais eficientes. O grande protagonista da inovação é o ser humano”, explica Raphael Costa.

Quais são as habilidades exigidas pela profissão do futuro?

O relatório do Fórum Econômico Mundial também elencou as competências que as empresas julgam “essenciais para sua força de trabalho”. As dez principais são:

  • Pensamento analítico;
  • Pensamento criativo;
  • Resiliência, flexibilidade e agilidade;
  • Motivação e autoconsciência;
  • Curiosidade e aprendizagem ao longo da vida;
  • Alfabetização tecnológica;
  • Confiabilidade e atenção aos detalhes;
  • Empatia e escuta ativa;
  • Liderança e influência social.

Raphael Costa complementa citando também a habilidade de exercer o que ele chama de comunicação estratégica: “É a capacidade de convencer as pessoas com uma argumentação clara. Isso está muito relacionado com a capacidade de inspirar, mobilizar e exercer a escuta ativa, além de saber adaptar sua comunicação para diferentes áreas e pessoas na empresa, gerenciando múltiplas partes interessadas”.

Como me preparar para a profissão do futuro? 

O primeiro conselho é não sucumbir à ansiedade. “Analise com calma o seu contexto na dinâmica do mercado como um todo. Depois, entenda como novas tecnologias, como IA por exemplo, podem afetar sua profissão especificamente. O Chat GPT pode ser extremamente útil para alguém que trabalha com conteúdo ou em uma área mais criativa, mas talvez nem tanto para quem está em uma mesa de operações no mercado financeiro”, diz Raphael Costa.

Você também pode buscar capacitação com cursos de inovação e tecnologia, usando as Caixinhas do Nubank como aliadas para organizar o dinheiro desse investimento. Existem opções de cursos na própria Future Dojo, além de MBA e pós-graduação alinhadas com a sua área de interesse. 

“Não é que, no futuro, a inteligência artificial vai substituir as pessoas. Talvez essas pessoas sejam substituídas por outras que possuem um conhecimento específico em relação às máquinas e que saibam fazer as perguntas certas”, completa. 

Ainda segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial, seis em cada dez trabalhadores precisarão de capacitação para as novas exigências do mercado, mas apenas metade deles terá acesso e treinamento adequado. 

Parafraseando a autora de ficção científica Octavia Butler, nessa corrida futurista por um lugar ao sol, “a única verdade perene é a mudança”.

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Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.

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