Quem vai investir está sempre de olho nos juros remuneratórios e em formas de aumentá-los – afinal, são eles que ditam o rendimento daquela aplicação e, quanto maior forem, maior será o rendimento. O problema é que esses juros costumam ser compostos – e nem sempre é fácil calcular de forma rápida quanto se vai ganhar. E aí que entra a regra do 72: um cálculo que ajuda a ter maior visibilidade disso.
Mas o que é, na prática, a regra dos 72? Para quê ela serve? E como usá-la?
O que é a regra dos 72?
De forma simples, a regra do 72 é um cálculo para saber em quanto tempo o valor que você investiu vai dobrar com rendimentos, a partir de uma taxa de juros. Como assim?
Esse cálculo ajuda a visualizar, de forma clara, qual a incidência de juros compostos naquela aplicação e também a estimar em quanto tempo (mais especificamente, em quantos anos) o valor que você investiu vai duplicar com rendimentos, considerando uma taxa de juros anualizada.
O contrário também vale: com a regra dos 72, é possível estimar qual o rendimento ou taxa de juros necessário para que você consiga dobrar seu patrimônio em determinado período de tempo.
Por se tratar de um cálculo que considera um rendimento anual fixo, ele tende a ser mais utilizado em aplicações de renda fixa que permitem ter essa visibilidade de rendimento, especialmente os prefixados – a previsibilidade é maior e mais certeira.
Como funciona a regra dos 72?
A regra dos 72 é um cálculo muito simples: basta dividir o número 72 pela taxa de juros da aplicação. O resultado, numérico, será o número de anos que serão necessários para dobrar o montante investido.
O montante investido não importa no cálculo – é importante só ter em mente qual é ele e qual é o seu dobro.
Um exemplo de cálculo: você investiu R$ 5 mil em um ativo cujo rendimento, prefixado, é de 5% ao ano. Em quanto tempo será possível dobrar o valor investido com rendimentos, ou seja, fazê-lo render até o montante total ser R$ 10 mil? Usando a regra do 72, esse tempo é de 14,4 anos – o resultado de 72 dividido por 5.
Vale ressaltar que o resultado é preciso quando a taxa de juros é prefixada e, portanto, não mudará; no caso de ativos de renda fixa com taxa pós-fixada, é possível fazer o cálculo uma vez sabendo qual será a taxa de juros final.
É difícil, portanto, aplicar a regra dos 72 em ativos de renda variável, cuja taxa de rendimento varia frequentemente.
Com a regra, também é possivel descobrir qual a taxa de rendimento necessária para dobrar o valor investido em determinado período de tempo – o contrário do que foi feito acima. E a conta não muda muito: é só dividir 72 pelo período em anos e não pelo rendimento, como foi feito no exemplo acima. Por exemplo: para dobrar o valor investido em 5 anos, por exemplo, seria necessário um ativo com rendimento de 14,4% ao ano.
Encontrar um investimento de rendimento prefixado anual de 14,4% não é fácil, por isso, o mais indicado é usar a regra dos 72 para planejar seus investimentos e pensar no médio a longo prazo com títulos de rentabilidade mais tangível.
Regra dos 72 para dívidas
Outra finalidade da regra dos 72 é em relação às dívidas: descobrir em quanto tempo ela vai dobrar se nenhum pagamento referente a ela for feito.
Por exemplo: uma dívida com taxa de juros anual (você pode decobrir qual é no CET, Custo Efetivo Total, informado no contrato da dívida) de 15% dobrará em 4,8 anos, resultado da divisão de 72 por 15.
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