Fazer uma viagem (dentro do Brasil ou internacional) envolve um bom planejamento financeiro: da escolha do destino ao orçamento, do tipo de dinheiro a ser usado às pequenas bobagens que podem custar caro, há uma série de gastos que devem ser levados em conta antes de cair na estrada. Um destes gastos que costuma ser deixado de lado é o seguro-viagem. A seguir, esclarecemos dúvidas e explicamos a importância deste serviço.
1. O que é seguro-viagem?
O seguro-viagem é uma espécie de plano de saúde contratado para um período específico de tempo. O tipo de cobertura que ele oferece e as condições de pagamento são itens determinados no contrato entre o cliente e a seguradora. Além de despesas de saúde, boa parte dos seguros-viagem abrange também problemas com bagagens, passagens aéreas e hotéis.
2. Como usar o seguro-viagem?
Existe o seguro e a assistência de viagem: o primeiro reembolsa despesas já pagas pelo próprio viajante de acordo com a apresentação de recibos; o segundo funciona de acordo com uma triagem e encaminhamento (online ou por telefone) a uma instituição médica credenciada, sem custo. Hoje em dia, a maioria das seguradoras “mistura” os dois produtos, orientando o cliente dependendo do caso. Em ambos os casos, fique atento às exigências de documentos, prazos e circunstâncias para receber o reembolso ou assistência.
3. Como contratar um seguro-viagem?
O primeiro passo é saber se você já tem direito a um seguro-viagem gratuito pelo cartão de crédito (o MasterCard Platinum, por exemplo, dá este benefício). Mesmo que seja o seu caso, leia o contrato para saber exatamente o que está sendo coberto e quais as condições. Alguns cartões possuem limitações, como a obrigatoriedade de serem o método de pagamento das passagens aéreas ou a impossibilidade de alterar o valor de cobertura.
Para contratar o serviço de uma seguradora, valem as regras de qualquer empresa: pesquise preços, mas também credibilidade.
Leia com atenção as condições da cobertura, verifique se vale a pena comprar um produto específico (pode ser o caso de gestantes, idosos e pessoas com doenças preexistentes, por exemplo) e entenda como funciona o reembolso. Cheque sempre se a seguradora possui licença ativa e está registrada na SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
4. Preciso do seguro-viagem no exterior?
Sim, se você vai viajar para fora do país, precisa do seguro-viagem. Estamos tão sujeitos a doenças e acidentes fora de casa quanto na vida normal, e este serviço garante que um imprevisto de saúde não vire também uma dor no bolso – uma cirurgia emergencial nos Estados Unidos, por exemplo, pode custar centenas de milhares de dólares.
Importante: o seguro-viagem, apesar de altamente recomendável, não é obrigatório na maioria dos países.
Fora da Europa, as nações que exigem o seguro são:
Venezuela |
Cuba |
Austrália |
Na Europa, são os países pertencentes ao Tratado de Schengen:
Alemanha | Itália |
Áustria | Letônia |
Bélgica | Liechtenstein |
Dinamarca | Lituânia |
Eslováquia | Luxemburgo |
Eslovênia | Malta |
Espanha | Noruega |
Estônia | Países Baixos |
Finlândia | Polônia |
França | Portugal |
Grécia | República Tcheca |
Hungria | Suécia |
Islândia | Suíça |
5. Preciso do seguro-viagem no Brasil?
Depende. O seguro-viagem não é obrigatório para brasileiros visitando outras regiões do país, mas a mesma regra se mantém: se você precisar de assistência médica, vai agradecer por ter se precavido. Verifique se o seu convênio médico já presta o serviço; se a cobertura se estender ao destino, o seguro-viagem pode não ser necessário. Lembre-se de checar quais são as condições fora da sua cidade para ter certeza de que estará coberto.
Vale lembrar, novamente, que o convênio médico tradicional cobre despesas de saúde, enquanto o seguro-viagem pode abranger outros problemas. Portanto, antes de viajar, faça uma lista das suas necessidades e entenda qual funciona melhor para você.
6. E se os gastos forem maiores que a cobertura?
O seguro-viagem é essencial para evitar imprevistos, mas, às vezes, não tem jeito: mesmo com a contratação do serviço, uma parte do dinheiro sairá do seu bolso. Não existe nenhuma lei que obrigue as seguradoras a cobrirem uma despesa além do valor contratado. Por isso, estude as circunstâncias. Se vai a um país caro, talvez seja melhor investir um pouco mais na cobertura – melhor prevenir do que remediar.
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