O Nubank nasceu, em 2013, para desafiar o status quo e transformar a relação das pessoas com o próprio dinheiro. Para chegar nesse objetivo, sabemos que é necessário desenvolver produtos que dialoguem com as necessidades reais das pessoas e que sejam capazes de refletir a diversidade que existe na sociedade.
É por isso que, nessa jornada, nos cercamos de profissionais e iniciativas inovadoras, que contribuem para a criação de um mundo menos complexo, mais igualitário, com acessos para todas as pessoas, plantando sementes que vão germinar e florescer no futuro para as próximas gerações.
Em novembro de 2022, o Nubank patrocinou a segunda edição da Boogie Week como parte deste objetivo. O evento de inovação, tecnologia e cultura levou convidados para o Auditório do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, no dia 1º de novembro, em uma programação recheada de atrações.
A Boogie Week é uma iniciativa de inovação que dialoga com o passado, o presente e o futuro da cultura negra brasileira e abre o calendário do Nubank de iniciativas para o mês da Consciência Negra. Veja, a seguir, tudo o que rolou durante o evento.
Boogie Week: um espaço de pertencimento
“Eu quero que as pessoas fiquem bem e fiquem felizes. Essa é a base da Boogie Week”.
A expectativa de Eliane Dias, empresária e criadora da Boogie Week, para as mais de 650 pessoas que circularam pelo Auditório do Ibirapuera no dia 1º de novembro, era exatamente essa: oferecer um dia com muita música, cultura preta, reflexão, literatura, inovação e, principalmente, amor.
A urgência de criar um evento dessa magnitude, que abraça a diversidade e permite que as pessoas (sobretudo negras) se sintam à vontade para serem quem são, aflorou em Eliane a partir de experiências ruins que ela viveu em outros festivais.
“Eu pensei: a gente precisa de um festival que acolha. Então comecei a fazer um estudo empírico. Fui a festivais no Brasil, na África do Sul, nos Estados Unidos, e mapeei todas as coisas que eu queria fazer diferente”, diz Eliane Dias.
A pesquisa, que começou em 2016, culminou no que hoje é a Boogie Week. Ao longo da empreitada, outros dois profissionais se juntaram a ela para idealizar tudo: a produtora e diretora executiva Marina Deeh e o diretor de comunicação e criativo Luiz Félix.
Em 2021, o evento fez sua primeira edição, ainda no formato virtual, em função da pandemia de covid-19. Neste ano, com as vacinas no braço e o fim do distanciamento social, era hora de ganhar as ruas – ou melhor, a grama do Parque Ibirapuera.
Mais de 10 horas de programação ao vivo
O evento, que começou às 14h30, se estendeu para além da meia-noite, alternando entre shows e rodas de conversa que ocuparam o auditório. Do lado de fora, no saguão do piso térreo, havia espaço para o hip hop, gastronomia e também literatura, onde o stand da HG Publicações vendia livros de mais de 20 autores negros. Os títulos foram cuidadosamente escolhidos pela escritora e livreira Juliana Borges.
No auditório, os trabalhos começaram com uma mesa sobre os desafios e oportunidades da música preta, conduzida por Kaire Jorge, produtor executivo da Boogie Naipe, produtora fundada por Eliane Dias e o rapper Mano Brown.
Jorge conversou com as rappers Tasha e Tracie e com a representante de Comunicação, Diversidade & Inclusão da Sony Music, Mayara Almeida.
Na sequência, foi a vez das cantoras Jup do Bairro e Tati Quebra Barraco conversarem com a dermatologista Katleen Conceição. O trio abriu um papo sincero e necessário sobre autoestima negra. Para elas, o autocuidado é mais do que uma rotina de beleza, é ferramenta revolucionária capaz de recuperar os sonhos e desejos de mulheres negras.
Entre um painel e outro, houve também espaço para música ao vivo, teatro e história, com performances da cantora revelação Karen Francis, a peça “Cria Di Outro Planeta”, encenada por Domênica Dias e OdaSilva, uma breve aula sobre história da diáspora africana com a historiadora Carolina Maíra Morais e o agito do rapper Rincon Sapiência.
A noite se encerrou com a gloriosa presença de Mano Brown, apresentando show do disco Boogie Naipe com dois convidados ilustres: Seu Jorge e Carlos Dafé, que também foi um dos homenageados. Além de Dafé, o evento exaltou o legado da atriz Léa Garcia e da cantora Lady Zu.
A apresentação do evento ficou a cargo dos humoristas Bruna Braga e Marcos Machado.
O Nubank na Boogie Week
Sob o comando de Tassya de Paula, gerente de diversidade e inclusão no Nubank, aconteceu a mesa Inovação: Tecnologia Preta no Comando, que reuniu Helena Bertho, diretora global de diversidade e inclusão do Nubank, Samantha Almeida, diretora de criação no Grupo Globo e Konrad Dantas, o KondZilla, que é diretor de criação, produtor musical e empresário.
Durante uma hora, os quatro conversaram sobre criação, inovação, construção de legado e o significado de tecnologia preta. Para Helena Bertho, inovar é entender o espírito do tempo e saber agir dentro daquilo que atenda às necessidades reais de cada pessoa.
“Para mim, os processos de inovação precisam ter perspectivas plurais. Só é inovador se for pra todo mundo. Se não, a tecnologia só vai nos ajudar a replicar as mesmas estruturas excludentes que não consideraram todas as perspectivas. Tá todo mundo discutindo o metaverso, mas ainda vivemos num mundo com um bilhão de pessoas que não tem banheiro em casa”, explica Helena Bertho.
Já Samantha Almeida compartilhou um pouco dos aprendizados que tem tido ao liderar pessoas. “Acho que nós temos que ser capazes de determinar o que está por vir e também o que falta. Quando você é uma liderança capaz de pensar o mundo a partir do que falta, você busca proativamente pessoas que possam contar as histórias que precisam ser contadas”, conta.
Ao final da conversa, Kondzilla reforçou a importância de uma boa história e como elas são capazes de criar conexões reais com pessoas reais. Se a narrativa é envolvente e bem contada, ela é capaz de funcionar em qualquer lugar, em qualquer plataforma. “Na minha criação, busco entender o porquê de contar uma histórias conversando com pessoas que eu admiro, tentando absorver e aproveitando as oportunidades”, finaliza.
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