Você começou a investir seu dinheiro. De repente, seu mundo virou um sapateado de CDI pra cá, RDB pra lá, renda fixa ou variável, fundo imobiliário e ações preferenciais. Tudo isso é suficiente para dar aquela dor de cabeça, mas calma: aos poucos, tudo vai começando a fazer sentido. Um dos primeiros conceitos para entender é o de carteira de investimentos.
Basicamente, uma carteira de investimentos é um conjunto de ativos que pertence a um investidor.
Saber como montar uma carteira de investimentos costuma ser um assunto recorrente no mercado financeiro. Em primeiro lugar, porque ao conhecer esse conceito, investidores iniciantes ou experientes conseguem tomar melhores decisões sobre os ativos que querem comprar.
Isso porque montar uma carteira de investimentos envolve uma série de técnicas, mas não é uma tarefa apenas para profissionais do ramo. Entenda melhor abaixo.
Afinal, o que é uma carteira de investimentos?
Uma carteira de investimentos é o conjunto de aplicações que todo investidor tem. Ela também é chamada de cesta ou portfólio de investimentos.
O objetivo da carteira de investimentos é fazer com que seu patrimônio como um todo se valorize ao longo do tempo.
Todo investidor precisa conhecer o conceito de carteira, pois ele dá as orientações sobre a melhor forma de montar a carteira.
Montar uma carteira de investimentos diversificada também é uma forma de proteger seu dinheiro.
Como funciona uma carteira de investimentos?
Para entender melhor como uma carteira de investimentos funciona, lembre-se da última vez que viajou. Imagine que, para evitar aborrecimentos, você dividiu o dinheiro da viagem e decidiu levar uma quantia em espécie, outra num cartão pré-pago, e ainda decidiu fazer alguns gastos no cartão de crédito.
Afinal, você não queria correr o risco de perder todo o seu dinheiro ou mesmo ser roubado. E também não ficaria dependente de uma única forma de pagamento.
Essa é a lógica da carteira de investimentos. Nela você divide e diversifica o seu dinheiro entre diferentes ativos e, com isso, corre menos riscos, já que ele se encontra em mais de uma aplicação.
Como funcionam os investimentos?
Como explicado de forma mais aprofundada aqui, investir nada mais é do que pegar uma quantia e colocá-la em um produto financeiro para fazê-la render.
Em essência, quem investe normalmente está emprestando dinheiro: pode ser para um banco ou uma instituição financeira realizar uma operação, ou, ainda, para uma empresa financiar projetos ou até mesmo para o governo. A contrapartida para esse “empréstimo” é receber juros de volta.
Quais são os tipos de investimentos?
Existem muitos, mas todos estão agrupados em duas modalidades essenciais:
- Renda Fixa: esse grupo reúne investimentos considerados de baixo risco, por muitas vezes terem proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e também por serem atrelados a índices conhecidos, como a taxa Selic. Saiba mais sobre eles aqui.
- Renda Variável: essa modalidade reúne aplicações mais arriscadas e que, portanto, têm potencial de oferecer retornos mais altos. Os produtos são voláteis e não estão presos a um índice específico que garanta um rendimento. Saiba mais sobre eles aqui.
E o que a carteira de investimentos tem a ver com isso?
Ao começar a investir – seja através de seu banco ou de outra empresa financeira especializada –, você provavelmente será apresentado a uma gama enorme de produtos. E a maioria dos consultores te dirá a mesma coisa: tenha uma carteira diversificada.
Uma carteira de investimentos diversificada significa, essencialmente, não botar todos os ovos em uma única cesta.
Por exemplo: você tem R$10 mil para investir, mas aplica todo o valor num único ativo, seja em ações de uma única empresa ou em um título privado. Ao fazer isso, as chances de você ganhar ou perder dinheiro dependem dessa única empresa. No mundo dos investimentos, isso significa que você está mais exposto.
Para proteger mais o seu dinheiro, ficar menos exposto e, ao mesmo tempo, aumentar suas chances de ter rendimentos maiores, a recomendação é diversificar: ou seja, variar os seus ativos, colocar produtos financeiros diferentes na sua carteira de investimentos.
Os ativos da sua carteira de investimentos precisam conversar com os seus objetivos e, principalmente, com o seu perfil de investidor.
Mesmo quem decide investir só em renda fixa se beneficia com a variedade.
Vamos supor, por outro lado, que você queira apenas aplicar seu dinheiro em renda variável. Como a volatilidade é mais alta, haverá meses em que alguns produtos sobem e outros descem. Ao investir em mais de um ativo, há mais chances de encontrar um equilíbrio e não perder tanto, na média, no caso de desvalorização de um produto.
Por que montar uma carteira de investimentos?
Quem está começando no mundo dos investimentos pode logo pensar que o mais seguro é escolher aquela aplicação de renda fixa da qual todos falam. No entanto, essa visão de que o dinheiro estaria seguro nem sempre faz sentido.
Se as variáveis da economia prejudicarem justamente a aplicação que você escolheu, podem ocorrer perdas financeiras. Assim, o mais lógico é que você coloque um pouco em cada investimento — aproveitando também a oportunidade de aplicar naqueles que têm rendimentos e riscos maiores.
Definitivamente, é fundamental que você pesquise bastante sobre os investimentos antes de escolher um. Ao montar uma carteira de investimentos diversificada, você reduz seu risco de perder dinheiro e aumenta as chances de conseguir resultados melhores.
Quais as vantagens de uma carteira de investimentos?
Uma carteira de investimentos bem construída pode trazer várias vantagens para o seu dinheiro. A principal, claro, é aumentar as chances de ter rentabilidade positiva independentemente do cenário econômico.
Em contrapartida, um portfólio de investimentos mal feito pode gerar prejuízos. Um exemplo disso é investir todo o seu patrimônio apenas em ações, por exemplo. Hoje, você pode ganhar muito e, amanhã, pode perder tudo.
Quando você diversifica, ou seja, reparte o seu dinheiro em mais de um investimento, consegue maior segurança financeira. Isso acontece porque, se você estiver perdendo em um deles, pode recuperar e ganhar mais em outro, e vice-versa. Além disso, riscos sempre farão parte de um investimento, mas é possível balancear a carteira para diminuí-los ao máximo.
Como montar a carteira de investimentos ideal?
Existem diversos perfis de investidor e cada pessoa tem um objetivo na hora de investir. Por isso, não existe uma carteira de investimentos ideal. Alguns estão construindo uma reserva de emergência, outros estão em busca de mais rentabilidade no longo prazo. Outros até estão investindo para financiar uma viagem ou a troca do carro.
Portanto, é muito importante montar uma carteira de investimentos que te atenda, ou seja, que funcione para os seu perfil de objetivos. Entenda alguns passos essenciais para montar uma carteira de investimentos que faça sentido para você.
Defina o seu perfil de investidor
O primeiro passo para montar uma carteira de investimentos é identificar o seu perfil de investidor.
Nem todo investidor iniciante é conservador. Conhecer seu perfil de investimentos é fundamental para escolher os ativos certos. O perfil do investidor é uma classificação que ajuda a determinar quais produtos são mais indicados para cada pessoa. Com ele, você consegue entender melhor qual é a sua tolerância para perder dinheiro, por exemplo.
Conheça aqui o seu perfil de investidor
Defina os seus objetivos na hora de montar uma carteira de investimentos
A finalidade do investimento também é um fator importante para ser considerado. Por exemplo, para a formação de uma reserva de emergência, dinheiro que você pode precisar caso alguma coisa aconteça, é mais apropriado um título com condições de resgate a qualquer momento. Essa é a chamada liquidez diária.
Mas se o investidor planeja um investimento para aposentadoria, pode optar por um produto com prazo mais longo e, eventualmente, maior possibilidade de retorno.
Quando você separa os objetivos em curto, médio e longo prazos, fica muito mais fácil distinguir as aplicações e suas respectivas datas de vencimento. Portanto, invista levando isso em consideração.
Outra dica é aproveitar esse momento para fazer um diagnóstico das suas finanças. Não é difícil. Basta compreender que a carteira de investimentos deve refletir tanto suas perspectivas futuras, quanto sua situação financeira atual.
Neste caso, faça uma planilha de controle e anote ganhos e gastos, além das despesas para os próximos meses e anos, como financiamentos de imóvel e carro.
Defina o risco dos seus investimentos antes de montar uma carteira
Os investimentos de alto risco são, em geral, da renda variável. E nessa modalidade, não dá para saber qual será o retorno no momento da aplicação.
Os investimentos de médio risco também têm oscilações, mas com intensidade menor. Eles procuram encontrar um ponto de equilíbrio. Para escolhê-los, você deverá ficar atento à rentabilidade e à liquidez (tempo que você gastará para resgatar o dinheiro) de cada opção, garantindo uma previsibilidade do rendimento.
O baixo risco é caracterizado pela proteção máxima ao investimento. Na prática, é quando você destina todo o capital ou a maior parte dele para aplicações de renda fixa, como CDBs ou títulos públicos, por exemplo. Você pode usar o rating como apoio para entender melhor sobre riscos ou mesmo a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Na hora de montar sua carteira de investimentos, considere o total que pretende investir
A partir desse montante, é possível selecionar diversas opções nas instituições financeiras de sua escolha. Mesmo com pouco dinheiro, você já pode iniciar um investimento.
Vale sempre lembrar: se você está entrando nesse mundo, busque profissionais qualificados que te ajudem a tomar as melhores escolhas para as suas finanças.
Além disso, não é indicado colocar todos os ovos na mesma cesta. Afinal, não importa o seu perfil de investidor, um carteira de investimentos diversificada é o caminho para você ter mais chances de ganhos.
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