Se você nunca caiu em um golpe do Pix ou teve a conta de uma rede social invadida por hackers, provavelmente conhece alguém que já viveu algo parecido – e casos assim vêm sendo cada vez mais frequentes. Com as novas tecnologias e mais gente conectada à internet, o cibercrime, também conhecido como crime cibernético, se tornou uma ameaça real e constante.
Hoje, as vítimas deixaram de ser só as grandes corporações ou instituições governamentais, e os cibercriminosos passaram a atacar também pessoas comuns. Por isso, dados sigilosos, informações financeiras e até mesmo a sua privacidade pessoal podem estar em risco se você não tomar as medidas de cibersegurança necessárias.
A seguir, descubra em detalhes o que é um cibercrime, como ele funciona e quais são as principais formas de se proteger.
O que é considerado cibercrime?
Um cibercrime é todo tipo de atividade criminosa que acontece ou começa no ambiente virtual, em que os criminosos usam a tecnologia para cometer golpes e invadir sistemas para roubar informações pessoais e financeiras.
De acordo com o Panorama de Ameaças, o Brasil é o maior alvo de cibercrimes entre os países da América Latina. E esse uso indevido de tecnologias digitais e da internet é passível de punição, segundo a legislação brasileira.
Algumas das práticas que são consideradas cibercrimes incluem:
- Acesso não autorizado a sistemas ou dispositivos informáticos: o acesso indevido a sistemas ou dispositivos informáticos, para obter, adulterar ou destruir dados sem autorização do titular do dispositivo;
- Disseminação de vírus de computador: a criação e disseminação de programas maliciosos que possam prejudicar sistemas informáticos e dados de terceiros, como malware e outros softwares;
- Falsificação de documentos: a criação, distribuição ou uso de documentos falsos, como clonagem de cartões de crédito, certificados digitais ou outros documentos eletrônicos, a fim de enganar ou prejudicar outras pessoas;
- Fraudes online: a prática de golpes e fraudes a partir de meios eletrônicos, como phishing, engenharia social, ou outras práticas fraudulentas.
Onde surgiu o termo cibercrime?
As atividades criminosas no ambiente digital estão por aí há mais tempo do que você imagina. O termo foi criado no final da década de 1990, depois de uma reunião do subgrupo do G8, em Lyon, na França, que discutia sobre esse tipo de crime online. Na época, o processo de globalização estava crescendo e a internet já era um ponto importante dessa transformação.
Ao mesmo tempo, o Conselho da Europa dava os primeiros passos na Convenção Sobre o Crime – um conjunto de técnicas de vigilância necessárias para lutar contra os cibercrimes e que vieram à público pela primeira vez em 2000.
Lei Carolina Dieckmann
No Brasil, mais providências foram tomadas para acompanhar a tendência mundial e controlar as possíveis ameaças. Assim, no início dos anos 2010, a Lei dos Crimes Cibernéticos (12.737/2012) – conhecida como Lei Carolina Dieckmann – surgiu para dar visibilidade a mais um capítulo da batalha contra os cibercrimes.
A lei foi criada em 2012 após a atriz Carolina Dieckmann ter fotos pessoais roubadas e divulgadas na internet. O código tipifica atos como invadir computadores, violar dados de usuários ou derrubar sites. Ele também estabelece penas mais rigorosas para os crimes de violação de privacidade e difusão não autorizada de imagens ou vídeos íntimos.
Mesmo que tenha aparecido com mais força na mídia por conta do caso da atriz, o texto já era reivindicado pelo sistema financeiro devido ao grande volume de golpes e roubos de senhas pela internet desde aquela época.
Como um cibercrime acontece?
Vira e mexe um novo vírus de computador aparece, um novo golpe surge na praça e até uma nova tática de “engenharia social” faz inúmeras vítimas pelo país – ou seja, os cibercrimes podem acontecer de várias maneiras. Mas uma coisa eles têm em comum: todos acontecem no ambiente digital.
Por exemplo, você está navegando pela internet e encontra uma promoção, que parece ser da loja oficial de um grande varejista. Você faz a compra e seleciona a retirada do produto na loja física, mas, quando chega lá, o pagamento não foi confirmado, porque o link em que você clicou era falso.
Por mais que a descoberta do golpe tenha sido pessoalmente, toda a técnica e os processos fraudulentos aconteceram online. E é assim que um cibercrime se dá.
Quais são os cibercrimes mais comuns?
Quando falamos de cibercrimes também estamos falando dos velhos conhecidos golpes e vírus da internet, que acontecem bastante no Brasil. Então, entre os cibercrimes mais comuns estão:
- Roubo de identidade;
- Phishing;
- Malware.
No roubo de identidade, o criminoso usa informações pessoais roubadas para se passar pela vítima, acessar suas contas e cometer fraudes – como o popular golpe do WhatsApp.
Assista ao vídeo abaixo e descubra dicas para evitar cair em golpes na internet:
Já o phishing é um tipo de fraude em que uma pessoa – ou um grupo – envia mensagens falsas que parecem legítimas, com um certo senso de urgência ou de assuntos atrativos para quem está do outro lado da tela, com objetivo de enganar e fazer alguém fornecer informações pessoais ou financeiras.
Saiba identificar um golpe de phishing no vídeo abaixo:
O malware, por sua vez, é um software malicioso que pode ser instalado em um computador sem o conhecimento do usuário, permitindo que o criminoso acesse dados pessoais ou controle o computador remotamente.
Quem são os cibercriminosos?
De maneira simples e direta, os cibercriminosos são pessoas que usam a internet e outras soluções digitais para cometer crimes. Eles podem agir de forma isolada ou em grupos, com táticas para conseguir dados pessoais ou financeiros das vítimas.
Alguns também usam suas habilidades para causar danos a empresas ou governos, por razões políticas ou ideológicas.
Como evitar cibercrimes?
Se proteger de cibercrimes pode ser mais simples do que parece. Implementar práticas de segurança digital no dia a dia é o primeiro passo para te ajudar a ter uma vida online mais segura, como:
- Criar senhas fortes;
- Utilizar a autenticação de dois fatores nos aplicativos;
- Ter cuidados ao compartilhar dados pessoais;
- Pagar compras online com cartão virtual;
- Ficar atento à legitimidade e segurança de um site;
- Instalar apps ou baixar documentos apenas de fontes confiáveis.
Além das ações pessoais para se proteger e as leis contra cibercrimes, outras medidas já foram tomadas para que o ambiente digital seja mais seguro para todos.
A criação da Lei de Proteção Geral de Dados (LGPD), por exemplo, veio em resposta aos questionamentos sobre uso e armazenamento de dados pessoais por instituições, e garantiu que as empresas passassem a tratar desses dados seguindo regras específicas.
Conheça tudo o que o Nubank pode fazer para te ajudar a se proteger.
Leia também:
Nunca confie em alguém que te manda instalar algo no celular: é golpe