Terminar o mês com a conta zerada (ou pior, abaixo de zero) é uma situação estressante. Infelizmente, essa é a realidade mês após mês para a maioria dos brasileiros, muitos dos quais não sabem como sair do vermelho.
O Brasil tem hoje 67,5% de sua população endividada. Some-se a isso o desemprego que hoje afeta quase 15 milhões de pessoas adultas, e sair dessa situação se torna ainda mais desafiador.
Entender como sair do vermelho é, antes de tudo, entender que não existem receitas prontas. Mas um bom planejamento e organização podem resolver o rombo nas finanças – ou, quando isso não for possível, pelo menos ajudar para que ele não aumente demais.
Segundo uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Banco Central, 62% dos entrevistados afirmam que a maneira como se cuida do dinheiro pode não permitir aproveitar a vida como gostariam. Por isso, vale entender algumas dicas para melhorar a relação com as finanças para sair do vermelho.
A importância da educação financeira
A falta de educação financeira desde cedo faz com que as pessoas não tenham conhecimento na hora de cuidar de algo tão importante como o dinheiro. É o que mostra um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em que 46% dos entrevistados disseram que não controlam o seu próprio orçamento.
Dinheiro também é motivo de briga entre casais: o principal incômodo é com o fato de uma das pessoas gastar além de suas condições, o que gera desequilíbrio nas contas da família e prejudica os planos que foram traçados em conjunto.
Por outro lado, um exemplo de boas práticas – dada a importância desse conhecimento – é a iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para ensinar finanças pessoais desde cedo. Cerca de 500 mil professores serão capacitados para estimular a educação financeira nas escolas do ensino básico das redes pública e privada.
Como sair do vermelho?
Buscar conhecimento para mudar este cenário é o primeiro passo para sair do vermelho. Para desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro, é preciso começar a falar mais sobre isso.
Veja, abaixo, alguns conselhos para você deixar o cheque especial para trás.
1. Anote todas as suas dívidas
Você precisa mapear e conhecer quais são as suas dívidas. Anote em um caderno ou em uma planilha o valor atualizado de cada dívida, qual é a taxa de juros daquele contrato, quantas parcelas estão em atraso, e quantas ainda restam.
Entre em contato com as pessoas ou empresas com quem você tem dívida, questione quais são os valores atualizados (com os juros), e anote no seu controle. Esse é o primeiro passo para conseguir identificar quais dívidas deverão ser priorizadas, no caso de não ser possível pagar todas elas de uma só vez.
2. Negocie sempre suas dívidas
Comece renegociando aquelas dívidas com taxa de juros mais altas (ou seja, que a cada dia que passa o valor vai aumentando e gerando o efeito bola de neve), já que elas são os maiores empecilhos para sair do vermelho.
Entre em contato com a instituição financeira, loja, ou pessoa física informando seu interesse em negociar a sua dívida. Mantenha a calma: é natural ficar incomodado ou envergonhado ao falar sobre dívidas financeiras. Mas lembre-se de que todo mundo está sujeito a passar por isso, e não há nada para se envergonhar em buscar uma solução.
Uma regra é sempre válida: acordos à vista são mais vantajosos. Se não for possível, tente negociar com um valor de entrada para reduzir os juros e o número de parcelas.
Crie uma conexão com a pessoa do outro lado da linha, do chat ou do e-mail, pois é ela quem poderá te ajudar a entender todas as possibilidades de negociação do valor em aberto.
3. Corte gastos de forma inteligente
Nesse momento da sua vida financeira, é importante rever todas as despesas: separar os gastos essenciais daqueles desnecessários é um ótimo começo para sair do vermelho e quitar as dívidas de uma vez por todas.
Cuidar das finanças não é uma tarefa fácil, mas existem diferentes tipos de orçamento que ajudam você a se organizar. O orçamento ABCD, por exemplo, funciona como um guia para te dar segurança na hora de usar o seu dinheiro.
4. Encontre um tempo para cuidar do dinheiro
Existem algumas maneiras de garantir que você tenha controle sobre os seus gastos. Uma delas é checar a fatura do cartão de crédito toda semana, ou, então, marcando no caderno ou planilha todas as contas que você tem a pagar – ou as que já pagou no mês.
Além disso, automatizar suas contas por meio do débito automático, por exemplo, pode te ajudar a criar um melhor planejamento e controle na hora de pagar as contas, evitando gastos desnecessários com juros e mora. Mas faça isso apenas se você tiver confiança de que haverá dinheiro suficiente para cobrir suas contas todos os meses.
5. Tire um dia financeiro
Reserve um tempo, sem pressão, para organizar suas finanças. É nesse momento que você vai quitar boletos em aberto, administrar os gastos do mês, separar despesas fixas de variáveis, comparar com a renda, colocar metas…
Enfim, tarefas que ajudam a criar o hábito de cuidar do seu dinheiro. Entenda mais sobre o que é esse dia e como estruturá-lo.
Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.