Quem abre um negócio físico, em algum momento vai se perguntar: como vender pela internet? Não faz muito tempo que abrir um site parecia complicado. Agora, o mercado oferece ferramentas e soluções que simplificam essa etapa, mas isso não significa que é fácil. As vendas online já são uma realidade da rotina do brasileiro e se destacar nesse mar de concorrentes exige planejamento.
Abaixo, confira um guia com o que você precisa saber para começar a vender produtos e serviços pela internet e como usar aplicativos de vendas.
Como vender pela internet? 9 dicas para começar
1. Monte um plano de negócio
O primeiro ponto a se pensar para vender pela internet é montar um plano de negócio. Com esse documento, é possível estruturar os pilares de uma empresa – como propósito, missão, valores e produtos –, traçar seus objetivos e as ações necessárias para atingi-los, incluindo uma análise de mercado e planos de marketing, operacional e financeiro.
Apesar de ser uma etapa mais burocrática do processo, criar um plano de negócio é muito importante para ter uma visão geral da empresa e corrigir o que for necessário enquanto tudo ainda está no papel.
2. Defina seu canal de vendas
Por muito tempo, vender pela internet foi sinônimo de ter um site. Hoje em dia, entretanto, existem outros canais de vendas virtuais que ganham cada vez mais espaço, como redes sociais, aplicativos e marketplaces.
Na hora de definir em qual plataforma você irá vender online, é importante considerar onde seu público-alvo está e entender os prós e contras de cada canal. Uma boa opção pode ser começar em um lugar e, conforme o negócio crescer, expandir para outros.
3. Foque na experiência do cliente
Tudo no comércio online tem a ver com a experiência do cliente – desde o momento em que ele é impactado por um anúncio ou acessa o site, até a entrega do produto.
Por isso, para vendas pela internet, é importante ter atenção a cada detalhe e garantir que, em todas as interações com seu negócio, a experiência seja a melhor possível. Alguns itens para ficar atento:
- Experiência de navegação: se seu canal de vendas carrega rápido ou demora; se o visual da página desperta o desejo de compra ou não; se quem abre a página pelo celular consegue navegar bem ou tem dificuldade;
- Qualidade das imagens e das informações: se as fotos têm uma resolução boa; se é possível verificar os detalhes das peças; se todas as informações estão disponíveis de forma fácil;
- Fluxo de compra: quantos cliques são necessários entre escolher um produto e finalizar a transação; quanto tempo leva esse fluxo; quantas páginas ele precisa acessar; quais os meios de pagamento disponíveis;
- Atendimento ao cliente: quais canais estão disponíveis; qual o horário de funcionamento; se essas informações podem ser encontradas facilmente pelo consumidor; quanto tempo leva para ele ser atendido;
- Entrega: quanto tempo leva para o item chegar até o cliente; se o tempo estimado está correto; como é a embalagem; qual a experiência da pessoa ao abrir o pacote;
- Comunicação: como você se comunica com os clientes; qual a linguagem utilizada; se as imagens das redes sociais são boas e valorizam sua marca.
Todos esses elementos constroem a experiência do cliente e a imagem do seu negócio.
4. Escolha uma ferramenta
Se você decidiu montar um e-commerce, não precisa começar a montar o seu site do zero. Hoje, existem soluções que entregam a infraestrutura do seu site pronta, bastando apenas que você personalize de acordo com a sua marca.
Pesquise e compare essas ferramentas. Entenda tudo o que ela oferece do ponto de vista de estrutura e o volume que ela comporta de visitas.
5. Invista em segurança
Comprar pela internet de forma segura é uma preocupação real das pessoas e o papel das empresas é buscar formas de tornar as transações virtuais mais seguras.
Isso pode ser feito investindo em um certificado de segurança para o site e escolhendo uma plataforma segura para realizar os pagamentos, por exemplo.
Para isso, clientes da Conta PJ do Nubank podem utilizar o link de pagamento. A ferramenta é uma das formas de realizar as suas cobranças por produtos e serviços, oferecendo mais liberdade para o cliente fazer o pagamento da maneira que preferir.
Em poucos cliques, você gera a cobrança e envia o link direto para o seu cliente por mensagem de texto, WhatsApp ou pelas redes sociais. O pagamento pode ser feito de três formas: no cartão de crédito, Pix ou pelo NuPay.
6. Estruture uma gestão eficiente
Além de estruturar toda a parte do negócio que estará em contato direto com o cliente, é essencial criar uma gestão eficiente que vai garantir o funcionamento sustentável da empresa – como manutenção do estoque, logística, contato com fornecedores, processamento de pagamentos e gestão financeira.
Apesar de os clientes não terem acesso a essa parte dos bastidores, são esses processos que mantêm uma empresa funcionando de maneira saudável, por isso é essencial investir tempo, recursos e energia nisso.
7. Anuncie
Uma boa maneira de vender pela internet é começar fazendo testes com pequenos investimentos e medindo os resultados, analisando se houve aumento de cliques, de visitas e de vendas a partir de uma ação, por exemplo.
Existem diversas maneiras de anunciar e vender produtos pela internet, seja por links patrocinados, mídias sociais ou outros.
8. Invista em SEO
O trabalho de SEO (Search Engine Optimization, Otimização para Mecanismos de Buscas, em português) é direcionar as buscas para dar destaque ao conteúdo. Atualmente, os sites de busca são a principal fonte de procura de informação pelos que navegam na internet. Portanto, ter um site bem posicionado nesses buscadores é fundamental para ter sucesso ao vender pela internet.
9. Participe de um marketplace
Ter uma loja online não garante o tráfego de pessoas para o seu site, por isso, participar de marketplaces pode ser uma boa alternativa, além permitir que seu negócio fique exposto a maiores volumes de tráfego.
Aplicativo de vendas vale a pena para seu negócio?
Alavancar as vendas é um desafio que todo comerciante enfrenta e considerar utilizar um aplicativo de vendas talvez seja uma boa opção.
Estar presente em aplicativos te permite vender mais e apresentar seus produtos para públicos que você não conquistaria concentrando os esforços só nos seus canais próprios. Afinal, esses apps já têm clientes frequentes que podem descobrir seu negócio. Além disso, você não precisaria se preocupar com infraestrutura e manutenção dela.
Para quem compra, os aplicativos de venda costumam ser mais práticos. Em poucos cliques, o cliente consegue filtrar produtos, comparar lojas, escolher e pagar.
Mas existem outros pontos que devem ser considerados, como a concorrência com outras lojas semelhantes e as taxas cobradas pelas plataformas.
O que é um aplicativo de venda?
Aplicativos de venda são plataformas mobile, ou seja, destinadas ao tráfego pelo celular, e que reúnem produtos de várias lojas. Em alguns casos, elas também vendem produtos próprios.
A lógica do aplicativo de vendas é a mesma do site de vendas (também chamada de marketplace), só que especializada em vendas pelo celular. Em outras palavras, é uma espécie de shopping 100% online, que tem várias lojas dentro dele.
Quem tem o hábito de comprar pela internet lida com diversos aplicativos desse tipo o tempo todo. Alguns exemplos são os aplicativos especializados em comida, roupas, eletrodomésticos, etc.
Quais são as principais vantagens dos aplicativos de venda para lojistas?
- Visibilidade: você não vai depender apenas do seu marketing e dos seus canais para a sua loja ser vista pelos clientes. Ao hospedar o negócio em um aplicativo, você expande a área de influência da sua empresa, que pode ir além do estado ou região onde estão seus produtos;
- Infraestrutura: ao entrar em um aplicativo de vendas, você não precisa se preocupar com a estrutura tecnológica e nem com a manutenção do app.
- Mais vendas: alcançando maior visibilidade e para mais gente, sua loja pode receber mais visitas e suas vendas podem crescer;
- Credibilidade: estar em um aplicativo conhecido e respeitado empresta credibilidade ao seu negócio. Mas é preciso saber usá-la para manter a confiança dos clientes e da plataforma.
Quais são as desvantagens dos aplicativos de vendas para lojistas?
- Custos: para estar presente em um aplicativo de vendas, você precisa repassar um percentual do seu faturamento das vendas realizadas por meio daquele aplicativo. Esse valor varia de acordo com cada plataforma e com o plano contratado. As tarifas podem reduzir seu lucro se o preço dos produtos não for bem planejado;
- Dependência: depois de entrar em grandes plataformas, algumas lojas passam a vender muito, e concentram a maior parte dos esforços de divulgação naquele canal. Não é ideal que os aplicativos sejam sua única fonte de faturamento, já que você fica sujeito a eventuais mudanças de política, por exemplo. Seus canais proprietários precisam ser igualmente valorizados;
- Mais concorrência: ao entrar em um aplicativo de vendas, a sua loja e a do concorrente podem estar vendendo exatamente o mesmo produto, da mesma marca, na mesma lista de busca e, assim, fica fácil comparar. Nesse formato, o desafio de se diferenciar é diário, e a briga passa a ser pelo melhor preço e melhores avaliações.
Antes de tomar a decisão de firmar ou não uma parceria com aplicativos de vendas, pese os prós e contras e analise se, de fato, faz sentido para o seu negócio no momento.
Como vender produtos nos aplicativos de venda?
Vender em aplicativos também tem desafios muito particulares. Abaixo, confira algumas dicas do Sebrae que podem te ajudar a ter sucesso nessas plataformas:
- Escolha uma área de atuação: quanto mais especializado o seu negócio é, mais você se diferencia dos outros anunciantes e se destaca para os clientes;
- Cheque as tendências e os concorrentes: verifique os produtos mais buscados, adeque o seu portfólio, reflita sobre os seus diferenciais e aposte neles;
- Capriche no anúncio: é preciso esforço e dedicação para ter um anúncio que chame a atenção dos seus clientes. Imagens de boa qualidade e textos bem escritos ajudam;
- Confira as perguntas frequentes dos clientes feitas aos concorrentes e incorpore essas informações ao seu anúncio;
- Atenda bem: Boas respostas, atendimento rápido, entrega cuidadosa e dentro do prazo, tudo isso impacta nas avaliações dos clientes – e essas avaliações valem ouro em um aplicativo;
- Precifique bem: colocar o frete grátis, por exemplo, pode chamar a atenção sobre o seu anúncio, mas quem cobre esse custo é você. Garanta que sua loja tem um preço competitivo, mas que também vai te dar retorno.
- Tenha uma Conta PJ para os recebíveis das vendas: ao vender em aplicativos ou sites de vendas, o dinheiro precisa ir para uma conta. O ideal é que essa conta seja jurídica para que você não misture o dinheiro da empresa com o seu pessoal.
Para entender como separar a conta da pessoa física da conta da pessoa jurídica, assista ao vídeo abaixo:
Será que está na hora de vender pela internet ou por aplicativos de venda?
Algumas pessoas podem pensar que vender pela internet ou estar presente em aplicativos de venda é algo simples – afinal, não é necessário investir em um ponto físico nem ter os custos envolvidos numa operação deste tipo. Mas não é bem assim.
Ter um comércio eletrônico pode ser tão desafiador quanto ter uma loja física. Lembre-se que é necessário pensar na logística dos produtos, no estoque, na embalagem, na prospecção de clientes, no atendimento, no financeiro. São diversos fatores que influenciam diretamente o resultado do negócio e, consequentemente, impactam o bolso de quem está à frente da empresa.
Por isso, antes de vender produtos pela internet é importante entender se você está realmente preparado para isso. Caso contrário, essa empreitada poderá gerar mais frustração – para você e para os clientes – do que retorno financeiro.
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Este texto faz parte da missão do Nubank de lutar contra a complexidade do sistema financeiro para empoderar as pessoas – físicas e jurídicas. Com a Conta PJ, queremos ajudar donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos a focarem no que realmente importa. Saiba mais.