Investir significa destinar uma quantia de dinheiro a uma aplicação durante determinado período de tempo. A combinação de quanto dinheiro se tem e quanto tempo se está disposto a esperar é a base da chamada estratégia de investimento.
Definir o prazo do seu investimento, portanto, é um dos primeiros passos para investir.
Como o tempo afeta o seu investimento?
No mercado, o tempo é uma das variáveis que influencia o quanto o seu dinheiro vai render. Em muitos casos, quem está disposto a deixar os valores por um período maior tem opções mais rentáveis.
Por exemplo: uma aplicação com prazo de alguns meses pode render 2% ao mês, mas uma de dois anos pode render 2,5% a cada mês; consequentemente, o rendimento anual é maior e, quanto mais tempo ele ficar aplicado, mais vai render.
De forma simplificada, o tempo pode funcionar quase como uma garantia, ou voto de confiança: a instituição sabe que você confiou aquele valor nela por um longo período e está disposta a te remunerar mais por isso.
Existem dois fatores em investimentos, o vencimento e a liquidez, que são relacionados ao tempo e prazos:
- Alguns investimentos podem ter datas de vencimento específicas, permitindo que os investidores resgatem os valores investidos em determinada data;
- A liquidez é uma característica de todos os investimentos e indica quanto tempo demora até que os valores investidos fiquem disponíveis para uso depois do resgate – ela pode ser imediata ou superior a 30 dias e varia entre diferentes tipos de investimentos.
Esses pontos devem sempre ser analisados e considerados para que sua estratégia de investimentos esteja alinhada com seus objetivos e para que você tenha controle das suas aplicações, garantindo que será possível resgatar quando necessário.
Quais são os “prazos” para investimentos?
Na definição da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), são três os principais “prazos” para investimentos:
- Curto prazo: até 2 anos;
- Médio prazo: de 3 a 10 anos;
- Longo prazo: mais de 10 anos.
De forma geral, tudo deve partir do seu objetivo com aquele investimento: o que você pretende, no final das contas, fazer com aqueles valores que está investindo? Isso varia desde objetivos mais próximos, como comprar um eletrodoméstico ou fazer uma viagem, até os mais distantes, como se aposentar.
Abaixo, veja mais sobre cada uma dessas estratégias de investimento:
Investimentos de curto prazo
Como aqui entram os objetivos a serem atingidos em um espaço curto de tempo, são duas as principais características de que devem ser analisadas: o risco e a liquidez.
É importante que seja possível resgatar o dinheiro e seus rendimentos no momento que desejar ou precisar, sem dificuldades – por isso, quanto maior a liquidez, melhor.
Em relação ao risco, ele é basicamente a incerteza que se pode ter em relação ao rendimento: quanto maior o risco, maiores as chances de ter uma rentabilidade maior e de ganhar muito dinheiro, mas também de se perder e ter uma rentabilidade negativa, por exemplo.
No caso de estratégias de curto prazo, o recomendado é que o risco seja baixo para que sejam evitadas possíveis perdas – e se garanta uma rentabilidade mínima e segura. Afinal, com um período curto de tempo, pode ser difícil recuperar rentabilidade perdida.
Investimentos de médio prazo
Se para o curto prazo é importante garantir que será possível resgatar o investimento em um período menor de tempo, para estratégias de médio prazo isso deixa de acontecer.
Na prática, não é essencial que a liquidez do investimento seja imediata ou que seu vencimento esteja próximo, já que se tem um período maior de tempo para manter suas aplicações. Por isso, nessa estratégia é possível variar e pensar em investimentos que vão garantir uma rentabilidade melhor em troca de menor liquidez, por exemplo.
Dependendo do seu perfil de investidor, também pode ser o momento de escolher investimentos que tenham risco maior e, consequentemente, chances de rentabilidade mais alta.
Investimentos de longo prazo
O grande e maior exemplo de investimento pensando no longo prazo é a aposentadoria.
Para essa estratégia, prestar atenção nos vencimentos e na liquidez deixa de ser tão importante. O foco é garantir o maior rendimento possível para o longo prazo, então, as recomendações mais comuns são:
– Diversificar – ou seja, ter aplicações em diferentes ativos e tipos de investimentos, que vão garantir rentabilidades diferentes;
– Se expor a um risco maior, dependendo do seu perfil de investidor;
– E, o mais importante, garantir consistência nas aplicações (investir com certa periodicidade e, sempre que possível, investir mais).
Carteiras de investimento
É importante dizer que essas dicas não se aplicam somente a um único produto de investimento, mas também a uma carteira que tem mais de um ativo, de um tipo específico de investimento e com rentabilidades diferentes, principalmente para as estratégias de médio e longo prazo.
Uma carteira de investimento é, basicamente, um conjunto de ativos pertencente a um investidor. Ou seja: o investidor (pessoa física ou jurídica), ao colocar dinheiro em aplicações variadas, vai montando sua carteira; assim, pode ter dinheiro alocado em renda fixa, em fundos, em renda variável, e assim por diante.
É possível ter mais de uma carteira, inclusive – cada uma focando em uma estratégia e objetivos específicos.
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