O novo coronavírus afetou profundamente a vida da população mundial. Atualmente, são mais de 50 milhões de pessoas já infectadas e mais de 1 milhão que faleceram em decorrência da Covid-19. Uma crise desse tamanho impacta o dia a dia das pessoas de maneiras variadas. As finanças e a forma de gastar estão entre elas.
O Data Nubank, plataforma que analisa temas do universo financeiro e como eles impactam o cotidiano das pessoas, se debruçou sobre dados de mais de 30 milhões de clientes para o papel da pandemia no processo de digitalização e de inclusão financeira no Brasil.
Você pode acessar o estudo completo aqui. Abaixo, nós apresentamos os principais destaques.
O mundo dentro de casa – e as transações financeiras também
Uma das primeiras medidas a ser adotada para evitar a propagação da Covid-19 foi a restrição de circulação de pessoas. Dentro do sistema financeiro, isso acarretou, por exemplo, no fechamento de agências bancárias e redução de horários de atendimento.
A pandemia fez boa parte da população bancarizada precisar mudar hábitos financeiros como o de ir ao banco na hora do almoço ou sacar dinheiro no caixa eletrônico. As opções digitais passaram a ser priorizadas.
Do lado dos desbancarizados a necessidade também cresceu: o Brasil tem hoje 46 milhões de pessoas fora do sistema bancário, que realizam transações principalmente em dinheiro vivo ou através de amigos e familiares. Seja para receber o auxílio emergencial (como exploramos na primeira edição do Data Nubank) ou para pagar as contas da casa, soluções financeiras digitais viraram item fundamental em meio aos riscos de contaminação.
Principais descobertas do Data Nubank
Conforme a análise feita em nossa base de dados, alguns comportamentos se destacaram:
1. Três anos em uma pandemia
O novo coronavírus acelerou em três anos os gastos no cartão de crédito com compras online.
Com base no índice de crescimento de 9% ao ano observado entre 2018 e 2019, a expectativa era de que, em abril de 2020, essas compras representassem cerca de 34% dos gastos totais. Contrariando a estimativa, eles chegaram a 45% em 2020, um patamar que só era esperado para 2023.
2. Mudança na balança dos gastos
Enquanto as compras online subiram 13 pontos percentuais entre fevereiro e abril de 2020, as presenciais fizeram o movimento oposto. Estes gastos caíram para 55% em abril, uma redução de 13 pontos no mesmo período.
3. Popularização do virtual
O uso do cartão virtual em compras online avançou de 29,8% do total de gastos no cartão de crédito em fevereiro para 35,7% em agosto de 2020. Essa modalidade de cartão é considerada mais indicada para transações digitais – um dos motivos é a praticidade de bloquear e trocar caso o usuário sinta necessidade.
4. Comprar comida pessoalmente
Compras presenciais em supermercados subiram durante a quarentena: em março, abril e maio de 2020, elas representaram uma média de 29,9% do total dos gastos presenciais com cartão de crédito – neste mesmo período em 2019, eram apenas 18,8%.
O que tudo isso significa?
Sim, a pandemia acelerou a digitalização – mas o caminho ainda é longo.
A predisposição para economizar em um cenário de adversidades e o uso de tecnologias digitais aumentaram durante a pandemia, mas ainda é o início para grandes mudanças estruturais nos meios de pagamentos. Vale lembrar que um em cada quatro brasileiros não tem acesso à internet.
A busca por soluções que sirvam a toda a população passa pelo desenvolvimento e quebra de barreiras sociais.
Quer saber mais? Baixe o estudo completo do Data Nubank gratuitamente.