Qual foi a primeira compra que você fez pela internet? Hoje, o e-commerce faz parte da rotina de tantas pessoas que fica até difícil lembrar das primeiras compras online.
A estreia das plataformas de e-commerce no Brasil aconteceu ainda na década de 90, mas foi a partir dos anos 2000, com a expansão da internet discada, que esse modelo de negócio ganhou força. Hoje, mais de vinte anos depois, o comércio eletrônico ainda encontra oportunidades de crescimento – e vem ganhando cada vez mais adeptos.
Para se ter uma ideia, só entre 2020 e 2021, 91% dos internautas realizaram compras pela internet, de acordo com uma pesquisa da CNDL/SPC Brasil. Aliás, em 2020, o comércio eletrônico movimentou R$ 87,4 bilhões no Brasil, uma alta de 41% em relação ao ano anterior.
Abaixo, saiba como funciona o e-commerce e conheça suas principais características, vantagens e desvantagens tanto para consumidores quanto para vendedores.
O que é e-commerce e como funciona?
E-commerce (ou “comércio eletrônico”, em português) é uma modalidade de comércio em que transações de compra e venda são feitas pela internet. Nele, todo o processo é digital: desde a oferta do produto ou serviço até a finalização da compra com o pagamento.
Em outras palavras, o e-commerce é aquele ambiente onde você busca um produto, acessa os detalhes dele, escolhe, põe na sacola e conclui a compra – assim como em uma loja física, só que online.
Nesse tipo de negócio, a estrutura inteira é digitalizada, e as únicas coisas que existem no mundo físico são o estoque onde o produto está, e o processo de entrega para os compradores. Em alguns casos, nem isso: jogos online são comprados em e-commerce, por exemplo, e baixados direto no videogame ou computador, sem nenhum produto físico a ser entregue.
O comércio eletrônico funciona por meio de plataformas de vendas online, que podem ser tanto de uma única empresa (como costuma acontecer com grandes empresas de varejo) quanto de empresas menores que utilizam a estrutura de um site ou aplicativo para anunciar seus produtos.
No segundo caso, esse site que reúne anúncios de várias empresas ao mesmo tempo é chamado de marketplace, palavra que é a junção de dois termos em inglês: “market”, que significa mercado, e “place”, que significa lugar. Na prática, o marketplace funciona como um shopping em que várias lojas diferentes dividem um mesmo espaço.
Para que serve um e-commerce?
Um e-commerce serve como um ponto de venda onde as lojas anunciam seus produtos em um ambiente totalmente digital e os compradores efetuam a compra à distância, sem sair de casa – pelo computador ou celular, por exemplo.
Ele pode ou não estar vinculado a uma loja física: há lojas que funcionam tanto presencialmente quanto online, e há lojas que já nasceram exclusivamente digitais.
O que vender no e-commerce?
Assim como no comércio físico, os produtos e serviços disponíveis no comércio eletrônico podem abranger diversas categorias, como:
- Alimentos e bebidas;
- Casa e decoração;
- Construção e ferramentas;
- Eletrodomésticos;
- Eletrônicos;
- Esporte e lazer;
- Informática;
- Moda e acessórios;
- Perfumaria e cosméticos;
- Saúde;
- Telefonia, entre outros.
Como dissemos antes, nem sempre o produto ou serviço vendido precisa ser físico. Há lojas que vendem produtos digitais, como livros, cursos online, serviços de consultoria, etc.
Quais as vantagens do e-commerce?
O comércio eletrônico pode beneficiar tanto quem compra quanto quem vende um produto. As principais vantagens são a comodidade para o comprador e, no caso do vendedor, o alcance de um público maior e redução de custos da loja física.
Para o comprador, mais comodidade
Para quem compra, o e-commerce permite escolher o produto com calma, comparar os preços de diversos anúncios, concluir a compra pelo computador ou pelo celular, não importa o lugar em que estiver.
Comprar online significa, muitas vezes, ter acesso a produtos de outras regiões do país (ou do mundo), além de conseguir explorar os anúncios de uma loja e concluir uma compra no horário que a pessoa preferir. Ou seja: o comércio eletrônico também traz praticidade para quem não teria tempo para sair de casa ou do trabalho só para fazer uma compra.
Para o vendedor, mais visibilidade
Para quem vende, a grande vantagem é inserir o seu negócio no ambiente digital e alcançar mais pessoas. Por exemplo: se você tem uma loja física, pode ser que seu negócio fique restrito às pessoas que moram ou visitam sua região. Ao vender em um e-commerce, você pode alcançar pessoas de outras cidades, estados e até países diferentes do seu.
Essa visibilidade é especialmente vantajosa para empresas menores, já que, para vender online, não é necessário ter uma loja física.
Só é importante levar em consideração que, mesmo economizando com os custos que uma loja física teria, você ainda terá gastos com a própria plataforma de e-commerce, embalagens, ações de divulgação em redes sociais, etc.
Quais são as desvantagens do e-commerce?
Para os compradores, as principais desvantagens estão em não conhecer o produto pessoalmente e ter que arcar com o valor do frete para recebê-lo. Para os vendedores, o frete também pode ser um empecilho, assim como a concorrência com outras lojas no ambiente digital.
Por que não conhecer o produto pessoalmente é uma desvantagem?
Quem compra um produto em uma loja física normalmente pode tocá-lo, experimentar, ver se realmente é aquilo que esperava, se o material é de qualidade, etc. Na hora de comprar online, não dá para saber se o produto é exatamente como você imagina.
Para roupas e calçados, por exemplo, nem sempre a modelagem é aquela com a qual você está acostumado. Comprar móveis também pode ser difícil: muitas pessoas preferem vê-los pessoalmente antes de tomar essa decisão – por serem objetos mais caros e para entender se o produto tem a qualidade que você deseja.
Aliás, por isso é tão importante que os vendedores digitais descrevam o produto com a maior riqueza de detalhes possível. Quando alguém é um potencial comprador, ler a descrição, ver imagens desse produto a partir de vários ângulos e saber suas dimensões pode ser crucial para decidir se vai ou não comprar naquela loja.
Valor do frete
O frete também pode ser uma barreira e precisa ser levado em consideração. Isso porque, ao comprar em uma loja física, o consumidor vê um único preço, que é aquele que está na etiqueta já com todos os custos embutidos. Já na loja online, pode ser que o frete fique bem caro para a sua região – o que às vezes desmotiva uma pessoa a concluir uma compra.
Maior concorrência para quem vende
Assim como acontece com as lojas físicas, as lojas online precisam se preocupar com a concorrência. E, na internet, a concorrência vai muito além das lojas do seu bairro ou da sua cidade.
Por isso, para alcançar mais pessoas, não basta apenas anunciar o seu produto no e-commerce: existe também todo um trabalho de divulgação que precisa ser feito para que as pessoas saibam o que você oferece.
E-commerce B2B: o que é?
Além de e-commerces voltados para consumidores finais, que compram produtos e serviços para uso pessoal, vale lembrar que também existem empresas que vendem online para outras empresas: é o chamado e-commerce B2B (“business to business”, ou “empresa para empresa”, em tradução literal).
Alguns exemplos de e-commerces B2B são aqueles que vendem por atacado (como roupas para revendedoras ou alimentos para restaurantes e confeitarias), além de empresas de consultoria e até de equipamentos para indústrias e escritórios.
Em outras palavras, o e-commerce B2B é aquela relação entre comprador e fornecedor que já existe há muito tempo entre as empresas, mas no ambiente digital.
Vale a pena?
Com o avanço da digitalização nos mais diversos segmentos, o comércio eletrônico já se tornou um complemento ao comércio físico para muitas pessoas e empresas. Hoje, esses dois modelos existem juntos, e dá para aproveitar as vantagens dessas modalidades ao mesmo tempo.
Aliás, essa prática é bem comum entre os consumidores: 9 em cada 10 consumidores brasileiros com acesso à internet afirmam consultar a rede antes de realizar uma compra em loja física, segundo dados do SPC Brasil em parceria com o portal “Meu Bolso Feliz”.
E o inverso também acontece, ainda que em menor frequência: 6 em cada 10 brasileiros visitam as lojas físicas antes de concluir uma compra online.
Por exemplo: ao ver uma promoção de algum produto na internet, alguém pode se interessar e optar por vê-lo pessoalmente. Fica a critério da pessoa, a partir das melhores ofertas e condições de pagamento, se a compra será concluída na loja física ou virtual.
Por fim, para os vendedores, vender online significa ampliar suas oportunidades, e, dependendo do tipo de produto ou serviço que você oferece, anunciá-lo em um e-commerce pode ajudar a alavancar as vendas. Para isso, é fundamental ter planejamento, conhecer o seu mercado e montar uma estratégia que dê ao cliente uma boa experiência de compra.
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