Se a pandemia fez você ter a sensação que um monte de gente apareceu com bichinhos de estimação em casa… bom, não é só impressão. No início da quarentena, em março e abril de 2020, a adoção de cães e gatos, por exemplo, aumentou em 50%, segundo ONGs e protetores de animais.
Só que agora, quase um ano e meio depois, o movimento é inverso: o abandono de animais aumentou 70% até o fim de 2020, segundo a organização de direitos dos bichos AMPARA Animal.
Esse dado mostra, entre outros fatores, a falta de conhecimento das pessoas sobre quanto custa bancar um pet. A diminuição do auxílio emergencial, o aumento do desemprego e o retorno ao trabalho presencial são alguns dos principais motivos de abandono, ainda de acordo com a AMPARA.
Ter um animal em casa é coisa séria, e custa dinheiro. Abaixo, veja o que levar em consideração sobre gastos e algumas dicas para se organizar.
Necessidade de companhia
A pandemia em especial alimentou essa vontade de ter um bichinho por perto, já que a conexão entre as pessoas ficou limitada. Segundo um estudo publicado na revista PLoS One, ter um animal de estimação em casa pode ajudar a reduzir o estresse psicológico durante os períodos de confinamento.
Mas é importante saber se você consegue arcar com os gastos envolvidos em cuidar deles.
O Brasil tem a segunda maior população pet do mundo, com 37 milhões de lares com algum bicho de estimação, segundo com um levantamento do Radar Pet em 2020.
Quanto custa ter um bichinho de estimação?
Depende de vários fatores: a espécie, o tamanho, se ele tem alguma doença crônica etc. Mas, vale ter em mente que sempre vão existir custos, e eles devem ser incluídos no seu orçamento: alimentação, saúde, brinquedos, tudo isso precisa ser levado em conta.
O gasto mensal médio com um cão, por exemplo, é de quase R$ 340, segundo um levantamento do Instituto Pet Brasil. No caso de cachorros grandes, isso pode chegar a R$ 420 por mês. Gatos são um pouco mais econômicos, com custo em torno de R$ 200 mensais.
Não é à toa que em 2020 a indústria pet no Brasil faturou R$ 27,2 bilhões.
Por isso, ao tomar essa decisão, é importante listar as despesas. Isso pode ser feito em uma tabela no computador ou na ponta do lápis. Enumere as contas e pesquise os valores na região em que você vive. Isso vai te ajudar a visualizar quanto do seu orçamento precisa ser dedicado aos bichinhos.
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5 principais gastos envolvidos em ter um animal de estimação
Os principais gastos que você precisa considerar são alimentação, higiene, saúde, acessórios e imprevistos.
É impossível falar em valores médios, já que as necessidades variam muito dependendo do tipo de animal. É importante sempre consultar um veterinário para entender o que seu pet precisa para viver bem.
1. Alimentação
Após conversar com um veterinário para entender a dieta indicada para o seu bichinho, e quanto ele tende a consumir por mês, faça uma pesquisa nos principais pet shops. Assim, você descobre a média de preço e o gasto mensal.
2. Higiene
Higiene pode ser desde o banho no pet shop até pequenos equipamentos para se ter em casa, como cortador de unha, escova de pelos e filtro para aquário. Esses itens são muito importantes para garantir que o bichinho fique bem no dia a dia.
3. Saúde
Quando o assunto é saúde, com felinos e cães, considere pelo menos três consultas ao veterinário por ano. Pode ser por uma dor de ouvido, uma visita rotineira, aplicação de vacinas, antipulgas e vermífugos, ou ainda, alguma doença ou acidente inesperado.
4. Acessórios
Brinquedos, roupinhas, cama e coleira devem entrar no orçamento também. Eles não são itens frívolos – segundo veterinários, os animais precisam desses objetos para gastar a energia, melhorar habilidades motoras e estimular o crescimento cognitivo.
5. Imprevistos
Surgiu um compromisso urgente no fim de semana ou você pretende viajar nas férias e passar uns dias fora? Pode adicionar na conta um cuidador, ou outro serviço parecido, como de hotel. Afinal, nem sempre vai ter alguém pra dar uma mão com isso.
Reserva de emergência para pet?
Se for possível, vale a pena investir numa reserva de emergência para pet, aquele dinheiro que você guarda exatamente para uma urgência. A ideia é gastar apenas se houver um imprevisto, como uma questão de saúde inesperada.
É claro que isso não é uma possibilidade para todas as pessoas, e de modo algum significa que apenas quem tem renda sobrando deve ter bichinhos. No entanto, se você tem a possibilidade, vale deixar esse dinheiro separado para não se apertar em caso de necessidade.
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Diante disso tudo, vale reforçar: ter um animal de estimação é coisa séria. É uma vida pela qual você se torna responsável. E conhecer as necessidades dele é importante para planejar os gastos que você vai ter para proporcionar uma vida digna para o animal que você escolheu para ser seu companheiro.
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