Investimentos isentos de Imposto de Renda costumam ser atrativos para os investidores. É que nestes casos, não existe desconto de IR sobre os ganhos: a rentabilidade é líquida. Isso não significa que investimentos isentos de IR sempre vão ser mais vantajosos do que outros investimentos com cobrança do IR.
Por isso, é importante considerar se, para a sua realidade, investimentos isentos de IR fazem mais sentido do que outros ativos. Além disso, antes de investir, vale também entender qual é o seu perfil de investidor e alinhar as suas escolhas aos seus objetivos financeiros.
Abaixo, você confere quais são os investimentos isentos de IR.
Importante: as informações abaixo são um guia para ajudar na busca por informações. Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional qualificado para auxiliar na sua declaração.
O que são investimentos isentos de IR?
Investimentos isentos de IR são aqueles em que não há a cobrança de Imposto de Renda. Ou seja: os ganhos obtidos com esses investimentos não têm o desconto desse imposto.
Importante reforçar que mesmo que esses investimentos sejam isentos de IR, você precisa indicá-los na sua declaração do Imposto de Renda.
Saiba aqui como declarar investimentos de renda fixa
Investimentos isentos de IR são sempre vantajosos?
Não exatamente. Por isso, é importante analisar outros fatores na hora de investir, como o tipo de remuneração do título. Assim, você consegue entender melhor todas as possibilidades de ganhos e perdas. E ainda consegue comparar se um investimento isento de IR é mais vantajoso que algum título que não tem essa isenção.
Como encontrar investimentos isentos de IR?
É possível aplicar em investimentos isentos de IR em corretoras de investimentos. No Nubank, os clientes não precisam abrir contas em outras plataformas para conseguir investir. É possível encontrar muitos investimentos isentos de Imposto de Renda no mesmo aplicativo.
Investir pelo Nubank é simples e sem burocracia. Basta entrar na aba Planejamento (identificada pelo símbolo do cifrão $) do app para encontrar diferentes opções de ativos para momentos de vida, perfil e orçamento distintos.
Quais são os investimentos isentos de IR?
Em linhas gerais, os investimentos isentos de IR são os de renda fixa, modalidade de investimento que reúne títulos com remuneração mais previsível e conservadora, mas existem alguns ativos da renda variável que também têm essa isenção. A seguir, saiba quais são esses investimentos.
1. LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é isenta de Imposto de IR?
A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um dos investimentos isentos de IR. Isso porque o Governo quer incentivar as pessoas a investirem nesse título, uma vez que os recursos aplicados nesses ativos beneficiam o mercado imobiliário –um dos que mais empregam no país.
Quando chegar a data de resgate da sua Letra de Crédito Imobiliário, você não irá pagar Imposto de Renda sobre o valor recebido.
LCI é a sigla para Letra de Crédito Imobiliário, um título de investimento em renda fixa emitido pelos bancos. Basicamente, o dinheiro que você está aplicando em uma LCI é utilizado para financiar projetos no setor imobiliário – como a construção de um edifício ou galpão logístico.
Além de ser um investimento isento de IR, as LCIs possuem três tipos de remuneração: prefixada (você sabe o rendimento logo no momento da aplicação), pós-fixada (atrelada a um indicador do mercado como CDI e IPCA) ou híbrida.
Além disso, LCI é um investimento que conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ou seja, se o órgão emissor do título falir, por exemplo, você tem uma garantia de receber seu dinheiro investido, limitado a R$ 250 mil por instituição financeira e por CPF.
2. LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é isenta de Imposto IR?
Assim como a LCI, a LCA também é um dos investimentos isentos de IR. Esse ativo é muito parecido com a LCI. A diferença é o foco do dinheiro: todo o capital levantado por meio das LCAs é voltado ao financiamento do setor de agronegócio, como incentivo para compra de máquinas, industrialização de produtos ou até mesmo expansão da comercialização.
LCA é a sigla para Letra de Crédito do Agronegócio. Assim como a LCI, a LCA também representa um título de renda fixa emitido pelos bancos e tem regras parecidas, como a escolha do tipo de remuneração do investimento, a cobertura FGC e a isenção do Imposto de Renda.
Ou seja, ao investir em LCAs, você está indiretamente emprestando dinheiro para projetos do agronegócio e recebendo de volta um valor em juros.
3. CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) é isento de IR?
Assim como outros investimentos em renda fixa, os rendimentos dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são isentos de IR. Ou seja, o valor da rentabilidade será igual ao valor líquido de retorno do seu investimento.
Contudo, o CRI não possui cobertura do FGC. Esse é um fator de risco que deve ser colocado na balança.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são utilizados como instrumento de captação de recursos para financiar as transações do mercado imobiliário. Ou seja, quando você está investindo em CRIs, você está emprestando seu dinheiro para as construtoras levantarem prédios, construírem galpões, com a garantia de receber juros de volta sobre o valor investido.
4. CRA (Certificado de Recebível do Agronegócio) é isento de Imposto de Renda?
O Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA) também é uma opção na hora de escolher investimentos isentos de IR. Ele funciona de forma similar ao CRI, mas é focado em projetos do agronegócio.
Esse certificado é emitido por empresas securitizadoras (que compram dívidas de construtoras e as transformam em papéis de dívidas, ofertando-as ao mercado para serem compradas pelos investidores) e não possui cobertura do FGC.
5. Debêntures incentivadas são isentas de Imposto de Renda?
As debêntures são, também, uma opção de investimento isento de IR. Assim como outros investimentos de renda fixa, elas também possuem rendimentos prefixados, pós-fixados ou híbridos.
As debêntures incentivadas são investimentos de renda fixa usados para captação de recursos para as empresas que atuam em obras de infraestrutura, como na construção de rodovias, ferrovias, metrô etc. Na prática, é como se você emprestasse dinheiro para empresas privadas e, depois de um determinado prazo, elas devolvem esse dinheiro corrigido.
Atenção: debêntures que não são incentivadas – ou seja, que não atuam no setor de infraestrutura – têm a cobrança de IR.
6. Poupança é isenta de IR?
Ainda que o rendimento da poupança seja menos vantajoso em relação a outros investimentos de renda fixa, ela também é uma opção de investimento isento de IR.
Os juros da caderneta são calculados segundo a seguinte regra:
- Se a Taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial;
- Se a Taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, por outro lado, a poupança rende 0,5% ao mês sobre o valor depositado + Taxa Referencial.
Ou seja, com a Selic acima dos 8,5%, a poupança se torna cada vez menos interessante conforme a Selic aumenta – já que outros investimentos listados aqui passam a render mais em comparação a ela.
7. Dividendos de ações e de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) são investimentos isentos de IR?
Aqui, é importante se atentar a alguns pontos relacionados à isenção desses investimentos. Existem casos em que eles estarão isentos, mas outros não.
Os FIIs funcionam como outros fundos de investimentos: existe um grupo de pessoas interessadas em investir que compram cotas do fundo – ou seja, é uma modalidade de investimento coletiva, que investe no mercado imobiliário.
Quem investe em FII precisa declarar Imposto de Renda?
O investidor pessoa física que investe em FIIs está livre de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Mas, para isso, é preciso seguir alguns critérios:
- O cotista deve ter menos de 10% das cotas do fundo;
- O fundo deve ter, no mínimo, 50 cotistas;
- As cotas do fundo devem ser negociadas, exclusivamente, na Bolsa de Valores.
Essa é uma alternativa para não pagar Imposto de Renda sobre os rendimentos e seguir investindo em renda variável. Mas, vale ressaltar que a venda de uma cota de FII não está livre de Imposto de Renda. Nesse caso, é necessário fazer o pagamento de 20% sobre o valor da venda — e sobre esse valor é que incidirá o IR.
Os dividendos das ações são isentos?
Sim. Os dividendos de ações são uma parte do lucro que uma empresa da Bolsa distribui aos seus acionistas, e elas são isentas para quem recebe.
Mas não se esqueça: não é porque esse rendimento está isento que ele não precisa ser declarado. Entenda aqui quando declarar os dividendos.
8. Títulos do Tesouro Direto são isentos de Imposto de Renda?
Não. Todos os títulos do Tesouro Direto têm cobrança de Imposto de Renda. Essa cobrança segue a tabela regressiva do IR –ou seja, quanto mais tempo você ficar com o título, menos imposto você paga. Confira as taxas abaixo:
Prazo do investimento | Alíquota de IR |
Até 180 dias (6 meses) | 22,5% |
De 181 a 360 dias (1 ano) | 20% |
De 361 a 720 dias (2 anos) | 17,5% |
Acima de 720 dias (+ de 2 anos) | 15% |
Quando vale a pena escolher um investimento isento de IR?
Um investimento que não tem cobrança de Imposto de Renda não rende, necessariamente, mais do que outras aplicações. É importante entender quais são as possibilidades de investimentos com características semelhantes (rentabilidade, liquidez e nível de risco) e fazer as contas.
Sempre faça o cálculo do retorno líquido de cada opção, ou seja, desconte o Imposto de Renda e as taxas que, eventualmente, você precisará pagar. Assim fica mais fácil entender quando vale a pena escolher um investimento sem Imposto de Renda, de forma que o rendimento continue atrativo.
Importante: as informações acima são um guia para ajudar na busca por informações. Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional qualificado para auxiliar na sua declaração.
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