Investir na Bolsa ainda é algo distante da realidade de milhões de brasileiros. Mas, nos últimos anos, dado um cenário de juros baixos, o número de pessoas que optaram por esse tipo de investimento cresceu muito.
Nos cinco primeiros meses de 2020, a B3, a bolsa do Brasil, contabilizou a entrada de mais de 650 mil novas contas abertas na sua depositária, chegando a um total de 2,4 milhões. Para se ter uma ideia, há dois anos, em abril de 2018, eram apenas 600 mil contas.
Em geral, esses novos investidores são pessoas mais jovens, que se preocupam em diversificar seus investimentos e começam a montar sua carteira com valores baixos, segundo um estudo da B3 sobre o perfil dos investidores pessoas físicas.
No entanto, investir em renda variável é diferente de investir em aplicações tradicionais, como a poupança, e é preciso entender alguns pontos para fazer uma boa escolha.
Abaixo, a própria B3 divide comportamentos que devem ser evitados.
1. Comprar ações de uma empresa antes de pesquisar sobre ela
Comprar ações de uma empresa nada mais é que colocar dinheiro numa companhia e ser seu acionista. Portanto, é necessário saber em que você está investindo.
Procure informações sobre a companhia e invista apenas se você se identificar com o negócio e considerá-lo promissor.
Para isso, procure os balanços contábeis divulgados semestralmente, pesquise notícias da empresa e do setor em que atua.
Isso vai ajudar a determinar se ela tem boas perspectivas para o futuro e se está de acordo com seus valores. Afinal, faz muito mais sentido investir em empresas comprometidas com as causas que você valoriza.
2. Avaliar uma ação considerando apenas seu preço inicial
Hoje em dia, é possível encontrar investimentos de diversos valores – sejam ações, fundos imobiliários, ETFs etc. Ainda assim, um erro comum é acreditar que um investimento trará retorno apenas porque ele cabe no seu orçamento.
Na verdade, de acordo com a B3, o importante é pesquisar sobre a empresa e analisar o seu portfólio e seus ativos.
O desempenho de uma ação ou de um fundo não depende de seu preço. O que determinará os resultados positivos ou negativos de uma ação passa pela capacidade de a empresa gerir bem seus negócios e dar lucro, além de fatores externos da economia que afetam esse desempenho.
Por isso, é importante ter a ajuda de um profissional para escolher seus investimentos e saber quanto realmente vale pagar por um ativo considerando suas perspectivas futuras.
3. Deixar-se levar pela opinião de quem não é especialista
Existem vários especialistas no mercado, como agentes autônomos, planejadores financeiros, consultores de valores mobiliários e analistas certificados. A maioria deles é submetida a órgãos reguladores. Isso garante a seriedade do trabalho deles com padrões de conduta e ética.
Segundo a B3, é fundamental conhecer o escopo do serviço prestado por cada um deles. Dessa maneira, você pode escolher com consciência que tipo de profissional deseja ter ao seu lado.
Por isso, é importante não se deixar levar por falsos especialistas, que não se enquadram em nenhuma das categorias acima ou não têm certificação para atuar na área.
Ah, e desconfie sempre daqueles que prometem ganhos estratosféricos em pouco tempo! Aplicar em ações pode sim trazer ganhos reais expressivos no longo prazo, superando a inflação e, também, aplicações conservadoras, como a poupança. Mas é preciso ficar claro que os riscos também são maiores.
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