Se você e sua família gostam de belas paisagens, boa gastronomia e destinos ricos em história, talvez um mochilão pela Europa seja a desculpa perfeita para encontrar tudo isso em uma viagem só.
Além de experiências culturais e gastronômicas inesquecíveis, a Europa oferece vantagens durante o planejamento do viajante, já que os deslocamentos entre os países podem ser feitos com mais de um meio de transporte e a moeda é a mesma em 20 dos 27 países do continente. Tamanha flexibilidade torna quase irrecusável a ideia de conhecer mais de um país quando se viaja até lá.
Se você não sabe como organizar um mochilão pela Europa, ou ainda tem dúvidas se esse é o melhor estilo de viagem para você e sua família, criamos um guia completo para te ajudar. Você também pode usar o menu ao lado direito para navegar pelo conteúdo.
Mochilão pela Europa: como planejar?
Para começar a planejar o seu mochilão pela Europa, você precisa organizar o que fará parte do roteiro. Aqui vão alguns pontos para te ajudar. Comece por:
- Passaporte e documentos obrigatórios;
- Seguro viagem;
- Destinos;
- Duração da viagem;
- Passagens (inclusive para se deslocar dentro do continente europeu);
- Hospedagem;
- Alimentação;
- Número de viajantes;
- Perfil de viagem e tipos de passeios.
Com essa relação, você consegue elencar quais países deseja visitar, quanto tempo dura o deslocamento entre cada um, quanta antecedência você precisa para se planejar e como criar um roteiro que combine com cada membro da família. A seguir, confira um detalhamento de cada ítem da lista.
Quais são os documentos obrigatórios para um mochilão pela Europa?
Para fazer um mochilão pela Europa, é indispensável ter um passaporte. Caso você já tenha um, confira a data de validade e programe-se para renová-lo, se necessário. O Acordo de Schengen (que é a política de abertura de fronteiras e livre circulação entre países europeus) exige que o passaporte tenha validade superior a seis meses para que viajantes possam desembarcar no continente.
Quase todos os países da Europa fazem parte do Acordo de Schengen e é graças a essa política que brasileiros não precisam de visto para entrar na região em viagens de turismo, caso a estadia não ultrapasse 90 dias.
Para passar pela imigração, você também precisa, obrigatoriamente, de um seguro viagem com cobertura mínima de € 30 mil. Se você é cliente Nubank Ultravioleta, não precisa se preocupar: para ter direito ao benefício, basta usar o seu cartão Ultravioleta para comprar as passagens áreas e ativar o Seguro Médico na aba de benefícios do seu aplicativo antes de viajar. Inclusive, o valor da cobertura ultrapassa a exigência necessária.
Seguros para viagem do Nubank Ultravioleta: saiba quais são as proteções para clientes de alta renda
Existem outros documentos não obrigatórios, mas recomendados, que podem facilitar a sua entrada durante a abordagem de um funcionário da imigração. Eles incluem comprovante de hospedagem (ou carta-convite, caso você fique hospedado na casa de alguém), passagem de retorno e garantias financeiras que indiquem que você poderá se manter durante a estadia no continente, seja em dinheiro físico ou saldo em conta.
Dica extra: guarde os documentos na sua bagagem de mão, pois você só terá acesso à bagagem despachada depois de passar pela imigração. Tenha todos esses comprovantes adicionais com você na hora de chegar ao guichê para ser atendido.
Como montar um roteiro para um mochilão pela Europa?
Começar definindo os destinos é algo primordial para o seu mochilão pela Europa, pois essa escolha vai guiar todas as outras. Existem diferentes fatores que podem te influenciar. Além do sonho de conhecer uma cidade específica, você também pode se basear na proximidade entre elas ou analisar condições de transporte.
Por exemplo: voos do Brasil em direção a países como Portugal e Espanha podem ser mais vantajosos, não só pelo preço mas também pela disponibilidade de horários e companhias áreas que cobrem essas rotas. Neste caso, você pode iniciar a viagem por um dos dois países, aproveitar para conhecê-los e costurar o restante do continente de trem ou com voos internos.
Caso faça um roteiro em família, é importante balancear os desejos e expectativas. Pode ser que alguma cidade ou atração fique fora do roteiro, mas faz parte do processo entender que todos precisam fazer concessões (e que nem por isso a viagem não será incrível).
É importante lembrar que tentar colocar destino demais no roteiro pode fazer com que você termine o mochilão com a impressão de ter visitado muitos lugares, mas não ter conhecido eles de fato. Você sempre pode se organizar para fazer um novo mochilão e conhecer os lugares que faltaram na sua lista.
Nesta etapa de planejamento, Clientes Nubank Ultravioleta podem contar com a ajuda de um concierge de experiências para facilitar a organização da viagem, procura de passeios que combinam com você e sua família, indicações de restaurantes e outros conselhos que só um expert poderia oferecer.
Quanto tempo dura um mochilão pela Europa?
Essa resposta não é exata, pois depende de quantos lugares você pretende visitar. Depois de elencar o que não pode faltar no roteiro, você pode calcular quantos dias são necessários para fazer o que deseja – mas é seguro estimar, pelo menos, 20 dias para explorar com calma.
Vale considerar também que os dias de chegada e partida em uma nova cidade costumam ser mais cansativos em função dos deslocamentos, tempo gasto com check-in, check-out e organização dos seus pertences. E sim, as cidades são próximas umas das outras, mas ficar apenas uma noite em cada pode te levar à exaustão justamente pelo vai e vem.
O que dizem as mochileiras
Em 2022, a mochileira Stephanny Guilande separou 31 dias para conhecer nove países. “Visitei Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália e Vaticano. Viajei sozinha, apenas com uma mochila de 25 litros e sem despacho de malas. Os países estão muito próximos e o transporte é fácil”, diz.
Mesmo saindo de casa, em Brasília, com um roteiro pré-estabelecido, ela se manteve aberta para ajustar a rota no caminho. “O planejamento de roteiros é algo mais fácil e divertido de fazer. Não demorei muito, mas confesso que não segui à risca: as oportunidades iam surgindo e eu ia mudando”.
Já a gaúcha Adriana Nascimento, criadora do canal Destino Improvável, teve a oportunidade de realizar dois mochilões pela Europa, com propostas distintas. “O primeiro, em 2019, fiz as capitais de Itália, Alemanha, Holanda, Bélgica e França. Foi uma viagem por lugares mais convencionais durante o inverno. Eu queria ver museus, arte e cultura. No segundo, passei 60 dias no verão entre Alemanha, Polônia, Hungria, Romênia, Bulgária, Turquia, Bósnia, Croácia, Malta e Espanha. Alguns países eram destinos dos sonhos, outros foram sendo visitados por estarem no caminho ou por conveniência”, afirma.
Por já ter viajado muito e por preferir o estilo mochileiro (no momento, ela está fazendo um mochilão pela Ásia), Adriana considera a etapa de pesquisa dos destinos primordial. “Gosto de ler e assistir conteúdos de viagem e estudar sobre os países que gostaria de ir. Quando tomo a decisão de ir para um lugar, aprofundo a pesquisa sobre atrações, atividades, transporte e comidas”, conta.
Quando comprar as passagens aéreas para um mochilão pela Europa?
A compra de passagens aéreas deve ser feita com antecedência, não só pelos custos mas também pela disponibilidade de voos. Mas não deixe se guiar pela emoção: faça isso somente após ter certeza do roteiro que deseja fazer, para não precisar perder tempo chegando e voltando de um país que você não queria tanto conhecer só porque se empolgou demais na primeira busca.
Os voos diretos são mais cômodos, mas caso você não encontre uma opção disponível, considere fazer um stopover, que é uma conexão mais longa, em que o passageiro pode ficar alguns dias na cidade até o próximo voo.
Você pode encontrar essa opção diretamente pelo buscador de passagem aérea da sua companhia, ou no Skyscanner – basta fazer uma busca por mais de uma cidade. Se as horas de espera forem longas e você e sua família toparem o desafio, é possível sair do aeroporto e explorar o entorno sem nenhum custo a mais por isso.
Viajar de trem, de avião ou de carro?
Cada meio de transporte tem seus prós e contras, mas tente separar pelo menos um trecho interno para ir de trem. Além de valer muito a pena para deslocamentos de até quatro horas, ele garante uma experiência diferente, é mais democrático e pode simplificar o trajeto entre cidades durante um mochilão pela Europa.
Cobrir distâncias curtas de trem é mais vantajoso pela praticidade, já que quase todo lugar possui uma estação bem localizada, próxima aos centros e pontos turísticos. Assim, você pode embarcar com mais rapidez, sem perder tempo em todos os processos necessários para viajar de avião (como chegar com antecedência no local de embarque e despachar bagagem, caso sua mochila seja maior do que o permitido pela companhia aérea).
Já o carro pode ser interessante quando você deseja se aventurar por cidades menores, longe do agito das capitais. Os pequenos vilarejos europeus escondem tesouros que, às vezes, só podem ser acessados de carro mesmo. Mas não se esqueça de contabilizar os custos além do aluguel, com combustível, pedágio e estacionamentos. Algumas cidades não possuem área disponível para estacionar no centro histórico, e talvez seja preciso buscar um lugar distante. Nesses casos, o bom e velho ônibus pode ajudar.
Para ter mais segurança, você pode acionar o seguro de automóveis disponível para clientes Nubank Ultravioleta ao pagar pelo aluguel com o seu cartão – é só entrar no app e consultar as condições.
Uma boa dica para viajantes é o site Rome2Rio, que faz uma busca de transportes disponíveis entre destinos e aponta qual o melhor custo-benefício.
Onde se hospedar em um mochilão pela Europa?
Se você é um mochileiro ou mochileira “raiz”, o hostel (ou albergue) será a sua primeira opção. Pelo menos essa é a opinião de Stephanny Guilande. Nesse tipo de hospedagem, os quartos e banheiros são compartilhados e você paga apenas pela sua cama, o que deixa a hospedagem mais barata e, de quebra, você pode encontrar companhia para sua viagem.
“Eu fiquei em hostels, com quarto compartilhado. A vantagem desse tipo de hospedagem é que você acaba fazendo amizades para algum plano inesperado e conhece pessoas do mundo todo”.
Stephanny Guilande, mochileira
A viajante Adriana Nascimento concorda. “Eu amo hostels, me sinto bem com a ideia de compartilhamento que eles oferecem e me sinto mais segura também”. Ambas concordam que quanto antes as reservas forem feitas, melhor.
Hotéis e aluguéis são opções para um mochilão em família
Se você quer viajar em família ou é do time que prefere mais privacidade, pode fazer como a paulista Jéssica Lins e procurar por hospedagem em hotéis, de preferência os que oferecem banheiro privativo e opções de café da manhã. Assim, você não precisa se preocupar com a primeira refeição do dia, e já sai do local pronto para aproveitar os passeios. “Sou casada e viajo sempre com o meu marido, então colocamos isso como uma prioridade para ter mais conforto”.
Ela também acredita que a localização é essencial para a escolha. “Gosto de locais estratégicos. Se eu sair muito cedo ou muito tarde para o próximo destino, escolho uma opção de hotel perto da estação de trem ou aeroporto. Se chego no meio do dia, escolho algo próximo de um ponto turístico para não perder tempo de deslocamento”.
Outra opção é alugar um quarto ou apartamento inteiro em plataformas de aluguel, como o Airbnb. Os preços podem ser melhores do que opções mais tradicionais de hospedagem e você ainda consegue ter quartos separados para os filhos e a possibilidade de economizar em uma ou outra refeição em casa.
Para fazer a busca, leve em consideração o valor que pode pagar, a localização, mas não deixe de ler as avaliações de visitantes anteriores na plataforma. Se o preço estiver bom demais para ser verdade, evite.
Dá para fazer um mochilão pela Europa em família?
Segundo a viajante Jéssica Lins, sim: é possível fazer um mochilão pela Europa em família. Ela vive na Inglaterra, em Stanford-le-Hope, uma cidade há 50 minutos de Londres, e justamente por isso as viagens no estilo mochilão se tornaram rotina. Em seu canal no YouTube, ela narra as descobertas que faz ao lado da família e amigos.
No último mochilão que realizou com o marido, inclusive, ela descobriu que estava grávida e precisou alterar parte dos passeios previstos. “Visitamos sete países: Alemanha, República Tcheca, Áustria, Hungria, Eslováquia e Suíça, onde paramos para um bate e volta de um dia até Liechtenstein, o quarto menor país da Europa. A gente queria esquiar na Suíça e já tínhamos pago a experiência, mas cancelamos por causa da gravidez”, lembra.
Jéssica também já fez mochilão em um país só – a França, no caso, com a mãe e a sogra. “Nós tínhamos dois dias em Paris e montei um roteiro que fizesse sentido com o que elas iriam gostar. Nessa viagem, por exemplo, não inclui museus e privilegiei passeios ao ar livre, com direito a uma visita à Torre Eiffel”.
Quanto custa um mochilão pela Europa?
Não existe resposta fácil para essa pergunta, pois ela depende de todos os outros fatores listados até aqui. Mas é possível traçar uma estimativa a partir da experiência de cada viajante.
Se você prefere hostel e comida de rua, provavelmente irá gastar menos do que quem não abre mão de um hotel e bons restaurantes – e tudo bem. Você sempre pode adequar o seu estilo de viagem de acordo com as possibilidades, fazendo escolhas mais inteligentes pelo caminho. O importante é não deixar de viajar.
Um jeito seguro de estimar quantos euros você vai precisar por dia é usando a própria regra estabelecida pelo Acordo de Schengen. Durante a estadia, você deve comprovar que possui, no mínimo, 60 euros diários por pessoa. Comece por aí e vá ajustando conforme suas preferências. Você pode levar esse dinheiro em espécie, no cartão de crédito ou pode usar uma conta global.
Já o restante dos gastos pode ser estimado com a ajuda de plataformas como a Quanto Custa Viajar.
Dicas essenciais para um Mochilão na Europa
Invista em uma boa mochila
Essa dica pode parecer óbvia, mas é importante. Escolha uma mochila que aguente o trajeto inteiro e que permita que você organize suas coisas com praticidade. Privilegie mochilas com divisórias e que podem crescer de tamanho, caso seja necessário. Existem no mercado vários modelos de mochilas focados em viagens como um mochilão pela Europa.
Só tome cuidado para não levar coisas demais e precisar despachar a mochila em voos internos, cujas regras podem ser mais restritas em relação ao tamanho da bagagem de mão.
Leve pouca coisa
Você não precisa de tantas roupas e sapatos para um mochilão. Foque no que é confortável e leve o essencial. Use uma lavanderia local para repetir as roupas e exercite sua criatividade na hora de combinar as peças.
Mesmo que você vá para um destino muito frio, aposte em um casaco reforçado e em roupas “segunda pele” com efeito térmico, que pesam menos na mala. Caso você compre algo novo, desapegue de uma peça no caminho.
Planeje com antecedência
Ao fechar hospedagem, passagem, deslocamentos internos, passeios e tudo o que é possível com antecedência, você pode pagar a viagem toda antes mesmo de embarcar. Desse modo, quando o roteiro realmente começar, você não precisará carregar muito dinheiro vivo e terá uma reserva maior para imprevistos e gastos com alimentação, por exemplo.
Aproveite os benefícios da sua conta e cartão de crédito
Seu cartão de crédito é um grande aliado no planejamento – e se ele for Ultravioleta, melhor ainda. Além de cashback que cresce a 200% do CDI em qualquer compra, você tem outros benefícios exclusivos como sala VIP em aeroportos, seguro viagem, concierge de experiências e muito mais.
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Compre um chip internacional
O chip internacional é a melhor saída para manter sua conexão com a internet e não ficar refém de redes Wi-Fi gratuitas, que nem sempre são confiáveis.
Você pode comprar antes de viajar ou quando chegar ao destino – mas tome cuidado com a cobertura. Alguns chips pré-pagos locais só funcionam em um país. Tenha a certeza de que o seu chip vai ser útil para toda a estadia.
Outra opção é conferir se a sua operadora no Brasil oferece roaming internacional. Às vezes, pode ser mais vantajoso fechar um pacote e manter o chip que você já usa.
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