O Open Banking, também chamado de Open Finance, vem sendo assunto cada vez mais frequente. O sistema facilita a conversa entre instituições financeiras, deixa o mercado mais competitivo e dar às pessoas mais liberdade para levar seus dados para onde quiserem – e se quiserem.
Com o início da implementação do sistema no Brasil, em fevereiro de 2021, muita gente ficou animada com a liberdade que ele vai trazer, e também várias dúvidas surgiram. Uma das perguntas comuns é se o Open Banking vai considerar o histórico financeiro atual e o antigo também – ou se esse histórico só começa a ser construído a partir da instituição do sistema.
Veja a resposta dessa pergunta abaixo.
Primeiro, o que é Open Banking?
De forma simplificada: o Open Banking é um sistema que permite que você, cliente de uma instituição financeira (um banco, uma fintech, uma corretora etc) tenha liberdade para levar seu histórico financeiro para onde quiser.
Hoje, se você quiser trocar de banco, vai ter de construir um relacionamento e um histórico do zero, porque não pode levar a maior parte das suas informações – as contas que pagou em dia, os salários depositados, as prestações…
Todas essas informações ajudam as instituições a te conhecerem melhor e oferecerem produtos (e condições) mais adequadas ao seu perfil.
O Open Banking considera as informações financeiras antigas e atuais?
A resposta é curta e simples: sim!
Lembre das suas movimentações financeiras como se fossem parte de um filme. Seu primeiro cartão de crédito, talões de cheque, as contas que você pagou, a compra daquele carro, o dinheiro que você pediu emprestado no seu banco…
Todo esse filme da sua vida financeira são informações que estão registradas, e pertencem a você. E se você quiser utilizá-las para pesquisar no mercado, analisar propostas e encontrar opções mais adequadas à sua realidade, será possível mostrar a história dos seus últimos doze meses nesse novo lugar.
Na segunda fase de implementação do Open Banking no Brasil, que começa no dia 13 de agosto, o cliente já poderá compartilhar seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone e endereço.
Também será possível compartilhar informações sobre transações relativas aos produtos e serviços das contas que tem em um banco ou instituição específica.
Como será o Open Banking no Brasil?
No Brasil, o cronograma de 2021 foi dividido em 4 etapas, de acordo com o Banco Central.
- Fase 1: A primeira fase teve início no dia 1/02. Nela, foram abertos os dados das instituições participantes, seus canais de atendimento e os produtos e serviços que oferecem – como contas de depósito à vista, poupança, pagamento e operações de crédito. Essa 1ª fase não envolve o compartilhamento de dados de clientes.
- Fase 2: Na segunda fase, que começou no dia 13/08, o cliente pode compartilhar seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone, endereço e dados de transações relativas aos produtos e serviços de suas contas. Tudo isso acontece somente com a autorização da pessoa.
- Fase 3: Na terceira fase, com início em 29/10, é possível iniciar um pagamento fora do ambiente do banco via Pix. Clientes poderão ter acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito por um aplicativo de mensagem, por exemplo.
- Fase 4: Na quarta fase, que teve início em 15/12, de forma gradual, é possível o compartilhamento de outros dados de produtos e serviços, como informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.
Ainda há um cronograma previsto para 2022. Veja as datas:
- 15 de fevereiro de 2022: Possibilidade de iniciação em pagamento com TED e transferência entre contas na mesma instituição;
- 4 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados referentes a seguros, previdência complementar aberta e capitalização;
- 11 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados referentes a serviços de credenciamento em arranjos de pagamento;
- 18 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados referentes a operações de câmbio;
- 25 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados de contas de depósito a prazo e outros produtos com natureza de investimento;
- 30 de junho de 2022: Possibilidade de iniciação em pagamento de boletos;
- 30 de setembro de 2022: Possibilidade de iniciação de pagamentos com débito em conta.
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