Peça seu cartão de crédito agora, preencha as informações abaixo:

em menos de 1 minuto e grátis

Precisamos do seu nome completo. Precisamos do seu nome completo.
Precisamos do seu CPF Precisamos de um CPF válido
Precisamos do seu celular. Digite somente números.
Precisamos do seu e-mail. Aqui precisamos de um email válido.
Ops. Está diferente do campo acima.
Para prosseguir, você deve concordar com as políticas de privacidade.

Complete as informações abaixo para pedir sua conta PJ

Precisamos seu nome completo. Precisamos seu nome completo.
Precisamos do seu CPF Precisamos de um CPF válido
Precisamos do seu CNPJ Precisamos de um CNPJ válido
Precisamos do seu e-mail. Aqui precisamos de um email válido.
Ops. Está diferente do campo acima.
Para prosseguir, você deve concordar com as políticas de privacidade.

Pix internacional: tudo ...

Pix internacional: tudo sobre o sistema de pagamentos globais

O BIS, conhecido como o Banco Central dos bancos centrais, está desenvolvendo o Nexus, um programa que permitirá transações de qualquer lugar do mundo em segundos.



Ilustração com fundo preto mostra símbolos internacionais do mercado, como o touro de wall street, a estátua da liberdade e grandes prédios de Nova York.

O Pix já faz parte da vida financeira dos brasileiros. Em novembro de 2022, ele completou dois anos em operação com números que comprovam o seu sucesso: no segundo trimestre deste ano, a quantidade de transações feitas com o sistema de pagamentos instantâneo ultrapassou aquelas realizadas com cartões de crédito, segundo dados do Banco Central. Foram mais de 5,4 bilhões de transferências que tornaram o Pix o meio de pagamento mais popular do país.

Mas quando o assunto é enviar dinheiro para outros lugares do mundo, velocidade não é exatamente a principal qualidade – sem contar os custos envolvidos. Ao menos esta é a conclusão de um relatório do BIS (Bank Of International Settlements, ou Banco de Compensações Internacionais, na tradução para o português), conhecido como o Banco Central dos bancos centrais.

Por isso, o centro de inovação do banco está criando o Nexus, uma espécie de Pix internacional.

Entenda, abaixo, tudo o que se sabe até agora sobre o sistema global de pagamentos instantâneos.

O que é o Pix internacional? 

É uma iniciativa do BIS para conectar os países que têm sistemas rápidos de transações. A ideia é criar uma única plataforma de transferências internacionais, através da qual seja possível enviar dinheiro entre países em segundos e sem muita burocracia.

“Ele seria um sistema de pagamentos instantâneos como o nosso Pix, capaz de enviar dinheiro de forma imediata, 24 horas por dia e sete dias por semana, para qualquer outro destinatário final, em qualquer parte do mundo.”

Ronaldo Lemos, advogado e especialista em tecnologia

Como vai funcionar?

Da mesma forma que o Pix que você já conhece. O BIS afirma que o objetivo do projeto Nexus é que as transações sejam realizadas em até um minuto tanto entre pessoas físicas como em compras online. 

Para isso, o projeto precisa trabalhar dois elementos principais: 

  1. Uma plataforma de integração de diferentes sistemas de pagamento: o Nexus está criando um conjunto de normas técnicas e diretrizes operacionais que permitam que qualquer Banco Central no mundo conecte seu sistema ao programa sem qualquer problema. 

Ou seja, é como se essa plataforma funcionasse como um adaptador de tomadas. Os bancos centrais só precisam ter esse adaptador para ter acesso ao sistema do Pix internacional. De acordo com o plano, os países participantes só precisarão adotar esses protocolos uma única vez para conseguir se conectar à rede global de pagamentos. 

  1. Conversão de moeda: conectar países diferentes num mesmo sistema também esbarra na questão cambial e na tradução de mensagens. A ideia é que a plataforma faça essa conversão e essa tradução em tempo real.

Vou precisar ter outro aplicativo? 

Não, porque o objetivo é que os bancos centrais dos países se conectem à plataforma, abrindo “portas” para as instituições financeiras. São os bancos que precisam se conectar ao Nexus e assim você também estará conectado. 

Segundo o desenho atual do projeto, para fazer a transferência, você vai precisar apenas entrar no aplicativo do banco onde tem conta, selecionar a opção de transferência internacional e escolher o país de destino. 

A partir daí o aplicativo deve mostrar a taxa de câmbio do momento da transação, você coloca um valor e os dados da pessoa ou da empresa para quem está fazendo a transferência, e pronto. 

Os consumidores não vão precisar se inscrever no Nexus e nem criar novas chaves para as operações. Ou seja, as chaves-Pix que você tem hoje serão válidas para essa transação. Mas tudo isso ainda está sendo testado.

O Pix internacional vai ter custo? 

Um dos objetivos desse sistema é reduzir os custos com transferências internacionais. O BIS estima que as taxas devem ficar menores com o Nexus, porque a ideia é que o Pix internacional aumente a eficiência do processo. 

Contudo, não há uma previsão de quanto será essa redução. Além disso, a plataforma não impede que as instituições financeiras cobrem taxas pelo processamento do pagamento.   

Quais as vantagens do Pix internacional?

De acordo com o BIS, o objetivo é melhorar a velocidade, o custo e a transparência das transações internacionais. Este é um dos pedidos do G20, o grupo dos 20 países mais ricos do mundo. Veja outras vantagens do Pix internacional, segundo o banco. 

Inclusão financeira: um sistema internacional integrado e mais rápido reduziria os custos dos serviços de transferências e, assim, permitiria que mais pessoas acessem serviços de remessas.

Transparência: as taxas de transferência e as taxas de câmbio devem sempre ser mostradas antes de o consumidor completar o pagamento.

Confiança e segurança: o sistema vai garantir alguma forma de confirmação dos dados de quem vai receber o dinheiro. A ideia é que o consumidor tenha a certeza de que está fazendo a transferência para a pessoa ou empresa correta.  

O Brasil inspirou o Pix internacional?

“O sucesso do Pix e sua adoção extremamente rápida certamente é uma grande inspiração. Poucas tecnologias alcançaram 100 milhões de usuários em poucos dias como o Pix alcançou. Nesse sentido, o Pix prova que existe uma demanda universal por facilitação de pagamentos, o que abre um espaço gigantesco para um Pix global.”

Ronaldo Lemos

Quando o Pix internacional será lançado? 

Ainda não existe uma data oficial para o lançamento do projeto. O Nexus, o sistema do Pix internacional, está em fase de testes. Neste ano, o BIS está conectando os sistemas de pagamento rápido de Cingapura, da Malásia e da Zona do Euro, por meio do Banco da Itália, para fazer testes simulados – ou seja, sem envolver dinheiro de verdade. 

A expectativa é de que os testes terminem ainda em 2022 e que, a partir de 2023, o BIS amplie a lista de países ligados à plataforma. 

Quando estiver pronto, o Pix internacional deve conectar os sistemas instantâneos de pagamento de mais de 60 países, incluindo o Brasil. 

Quem pode fazer parte desse sistema? 

Em tese, qualquer país que tenha um sistema de pagamentos instantâneo ou rápido pode fazer parte do Nexus. E qualquer pessoa que tenha chaves de transferências, como a chave-Pix, pode fazer transações internacionais usando o aplicativo do próprio banco.  

Existem outros projetos de Pix internacional? 

Sim. O Nexus é o principal projeto do setor bancário, mas há empresas que também apostam num sistema rápido e integrado de transferências, segundo Ronaldo Lemos.

Ele destaca a iniciativa da organização não governamental norte-americana Stellar Development Foundation em parceria com a rede de pagamentos MoneyGram, também dos Estados Unidos. 

O projeto das duas empresas permite enviar e sacar dinheiro para 200 países usando o celular e a tecnologia blockchain

O que o Pix internacional tem a ver com as criptomoedas?

A tecnologia que possibilitou o surgimento das criptomoedas é a rede blockchain. De forma resumida, blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de criptomoedas, documentos e outras informações pela internet. Essas informações são “carregadas” em blocos e, nessa rede, um bloco é ligado a outro – daí o nome “blockchain”. 

Para Ronaldo Lemos, é justamente esta tecnologia que permitirá a criação de um Pix internacional.

“Hoje o blockchain está na frente nessa corrida pelo Pix global. Não tenho a menor dúvida de que a popularização das wallets [carteiras digitais na rede] e a integração delas com muitos serviços financeiros irão contribuir para, inclusive, ampliar o acesso a serviços financeiros, até mesmo para quem não tem conta bancária.”

Ronaldo Lemos

“Com a evolução dessas tecnologias fica mais fácil, rápido e seguro surgir um Pix global”, diz.

E o BIS sabe disso. Além do Nexus, ele está testando uma plataforma chamada mBridge, através da qual é possível usar criptomoedas para pagamentos internacionais. No dia 26 de outubro de 2022, o BIS informou que concluiu um projeto piloto junto com os bancos centrais de Hong Kong, Tailândia, China e Emirados Árabes.

Ao todo, 20 bancos desses lugares usaram a plataforma para realizar 164 transações de pagamento e câmbio totalizando mais de US$ 22 milhões ao longo de seis semanas. Essa plataforma faz parte de projetos que buscam oferecer sistemas de pagamentos globais mais rápidos, baratos e seguros, como é o caso do Pix internacional.  

Quais os desafios desse sistema? 

“O desafio é de adoção e popularização, porque a tecnologia já existe. Em breve vai haver também regulação, o que é muito bem-vindo. Regulação, quando bem-feita, é sempre um sinal de maturidade dessas novas tecnologias”, afirma Ronaldo Lemos.

Leia também 

Como investir em dólar? Tudo o que você precisa saber

Remessa internacional: o que é e como fazer?

Como a economia global afeta o seu bolso? 

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.

Esse artigo foi útil? Avalie

Obrigado pela avaliação

Média: 4.33 / 5

Você já votou neste post