O Pix já é o meio de transferência mais utilizado no Brasil, mas ainda enfrenta uma limitação importante: só pode ser utilizado por quem tem acesso à internet. Atualmente, o Banco Central estuda maneiras de implementar o Pix offline.
Pode parecer um detalhe pequeno em um mundo dito digital, mas quase 40 milhões de brasileiros não têm acesso à rede, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, existiam mais de 234 milhões de smartphones em uso no Brasil em 2020, segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas
Ou seja: usar o Pix offline poderá dar a milhões de pessoas essa opção de método de pagamento.
O que é Pix offline?
Offline significa “desconectado” em inglês. Pix offline, portanto, seria uma maneira de fazer transferências e transações instantâneas sem precisar de acesso à internet. Por enquanto, ainda não se sabe exatamente como isso vai acontecer na prática.
No dia 29 de junho, o Banco Central apresentou algumas alternativas para que o Pix possa ser usado sem internet – seja quando o pagador ou o recebedor não tiver acesso, seja quando ambos estiverem desconectados.
As possibilidades estudadas são QR Pagador, NFC e Pix por Aproximação.
O QR Pagador, por exemplo, vai funcionar como um meio de pagamentos offline quando uma das partes (a pessoa que está pagando ou que está recebendo o Pix) não tiver conexão.
Ainda existem poucos detalhes sobre como isso vai funcionar na prática, mas esta será a primeira funcionalidade do Pix offline (entregue ainda em 2021), de acordo com o Banco Central.
Já as outras possibilidades, como o NFC (sigla em inglês para Near Field Communication, ou comunicação por campo de proximidade em português) e o Pix por Aproximação, ainda estão sendo estudados pelo Banco Central e não têm previsão de lançamento.
A instituição também estuda uma maneira de realizar transações Pix quando tanto a pessoa pagadora quanto a recebedora estiverem sem conexão com a internet. Mas, por ser algo mais complexo, ainda não há definições de como isso funcionaria.
Outra possibilidade cogitada é o cartão Pix
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em um evento no dia 30 de junho que uma das tecnologias estudadas para o Pix offline é um cartão por aproximação.
Segundo ele, o cartão Pix funcionaria como um cartão de ônibus: as pessoas carregariam um valor nele usando o celular e fariam compras sem precisar de internet. Depois, poderiam transferir de volta para a conta o valor não utilizado.
Mas, de novo: essa é apenas uma das possibilidades do Pix offline. Até que o Banco Central divulgue as definições técnicas das funcionalidades, não dá para afirmar como elas vão funcionar na prática – nem quando estarão disponíveis.
Fique por dentro das novidades do Pix:
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