Imagine se dedicar ao trabalho com toda paixão, cuidado e carinho e, no fim, terminar o mês no zero a zero. Quem trabalha quer receber – e isso inclui os empreendedores. Pessoas donas de negócio devem contar com uma remuneração mensal, que caia diretamente na conta pessoal, separada do dinheiro da empresa. Esse valor é chamado de pró-labore.
Estabelecer esse pagamento e dividir bem o que é da empresa e o que é pessoal faz toda a diferença na saúde financeira do seu negócio.
Saiba, abaixo, mais detalhes sobre o pró-labore, qual a sua diferença dele para o lucro, qual deve ser o valor, e se existem impostos sobre esse tipo de remuneração.
Aproveite e confira mais informações sobre o pró-labore no vídeo:
O que é pró-labore?
Pró-labore é a remuneração do empreendedor. Esse valor não precisa ser fixo e pode variar conforme os ganhos da empresa, que podem ser maiores ou menores. No entanto, ele deve ser sempre considerado nas contas. O que sobrar depois do pagamento dele é considerado lucro.
A expressão pró-labore vem do latim e significa “pelo trabalho”. Todo empreendedor no começo do negócio corre o risco de fazer confusão entre o dinheiro da empresa e o seu próprio. Até algumas pessoas experientes seguem administrando assim. Mas isso é muito ruim para a organização financeira do negócio.
É preciso saber dividir bem as finanças pessoais das da empresa. Caso contrário, a tendência é que essa confusão gere dívidas para os dois lados – ou pelo menos leve a uma situação caótica. Para evitar que isso aconteça, a despesa total da empresa deve incluir itens como aluguel, salários de funcionários, despesas operacionais, insumos, incluindo o pró-labore nessa lista.
Qual o valor do pró-labore?
Se o seu negócio já está operando no azul, ou seja, com lucro, o pró-labore é obrigatório para os sócios administradores, de acordo com a Lei nº 8.212 de 1991. O valor deve ser de, pelo menos, um salário mínimo.
O mais comum é pegar uma média do valor de remuneração do mercado para uma vaga CLT do mesmo nível. Vale adicionar entre 20% e 30% para compensar os benefícios trabalhistas que o pró-labore não inclui. Mas essa quantia deve se adequar à realidade da sua empresa e pode ser revista, aumentando ou diminuindo o valor.
Como deve ser realizado o pagamento do pró-labore?
O pagamento do pró-labore deve ser efetuado por meio de transferência bancária da conta da empresa para a conta do sócio. Não é recomendado realizar uma única transferência para o pró-labore e a distribuição antecipada de lucros. É melhor fazer duas transferências separadas.
Qual a diferença entre lucro e pró-labore?
O lucro é o valor que sobra depois de todas as despesas serem pagas – inclusive a sua remuneração – ele pode ser retirado anualmente. Quanto maior o lucro, maior a quantia que distribuída aos investidores que confiaram no seu negócio, e também maior o valor reservado para reinvestir na sua empresa.
Se você tem um escritório de arquitetura, por exemplo, o pró-labore é o valor da sua remuneração considerada no projeto, e o lucro é o que sobrar além dos custos.
Imagine vender um projeto de reforma por R$ 50 mil, em que os custos com mão de obra e material giram em torno de R$ 30 mil. Nessa situação, é importante separar o seu pró-labore de R$ 10 mil e os R$ 10 mil que restam como lucro. É fundamental ter tudo dividido. Dessa forma, você tem mais organização financeira e tranquilidade no seu dia a dia.
Quem recebe pró-labore precisa pagar imposto?
Sim. No pró-labore incidem dois descontos:
- 11% de INSS;
- Imposto de Renda progressivo de até 27,5%, de acordo com a renda.
Se preferir, você pode contar com a ajuda de um profissional de contabilidade para te ajudar com este tipo de detalhe.
Como declarar o Pró-labore no Imposto de Renda?
Por ser um rendimento tributável, o pró-labore deve ser declarado anualmente no Imposto de Renda. Para isso, é necessário preencher a aba “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”, pelo titular, com o nome e CNPJ da fonte pagadora, a quantia do rendimento e o valor do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), e a respectiva contribuição previdenciária, se houver.
Pessoas empreendedoras que recebem pró-labore têm comprovante de renda?
Quem recebe pró-labore tem direito a um comprovante de renda equivalente ao holerite do trabalhador registrado. Ele é chamado de Decore, sigla para Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos. Você também irá usar seu Decore para recolher impostos e declarar o Imposto de Renda pessoa física no ano seguinte. Por isso, não esqueça de emitir seu comprovante de pró-labore.
Conheça a conta PJ do Nubank
A Conta PJ do Nubank foi feita para empreendedores sócios únicos do seu negócio (tipo societário MEI, EI, EIRELI ou LTDA Unipessoal) e também para quem tem múltiplos sócios. Ela foi desenvolvida para aqueles que precisam de uma conta prática, transparente e confiável para focar no que realmente importa: seu negócio.
Apenas empresas com múltiplos sócios têm como pré-requisito que todos eles já tenham uma conta do Nubank pessoa física antes de ser cliente Nubank PJ.
Quem pode ter uma conta PJ do Nubank?
Para abrir uma conta PJ, é preciso se encaixar nos seguintes critérios:
- Ter uma pequena empresa (com tipo societário MEI, EI ou LTDA, SLU); Empresa Individual Imobiliária e Sociedade Unipessoal de Advocacia com CNPJ;
- Ser uma empresa com dois ou mais sócios desde que todos os sócios administradores também tenham Conta no Nubank.
As validações desses critérios serão feitas no momento em que você pedir a conta. Caso o perfil do seu negócio não seja elegível, você receberá uma notificação no app ou no e-mail explicando o motivo. A justificativa também ficará disponível para consulta no próprio app.
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Este texto faz parte da missão do Nubank de lutar contra a complexidade do sistema financeiro para empoderar as pessoas – físicas e jurídicas. Com a conta PJ, queremos ajudar donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos a focarem no que realmente importa. Saiba mais.