Em algum momento de 2019, você provavelmente se deparou com notícias sobre a queda da taxa de juros básica da economia, a Selic. Isso porque, no aspecto financeiro, 2019 foi um ano de muitos acontecimentos – e todos os brasileiros sentiram, de alguma forma, o impacto.
Neste post, você confere alguns dos acontecimentos financeiros do ano mais importantes. São os mesmos que mais afetam a vida dos brasileiros de alguma forma.
Inflação baixa
Em 2019, a inflação brasileira, indicada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), chegou a ficar menor do que o piso estabelecido pelo governo brasileiro, que era de 2,75%; em outubro, ela fechou em 2,54%. No começo do ano, em janeiro, a estimativa era de que fechasse em 4% e, em novembro, ela terminou em 3,27%.
E isso é bom ou ruim? Depende. De forma geral, a inflação em patamares mais baixos ajuda o consumidor – afinal, os preços de bens e serviços variam menos e o poder de compra não cai.
No entanto, é importante ter em mente que a inflação ideal para a economia é aquela que está controlada e existe; ela indica que a economia de um país está crescendo. É por isso que todos os países possuem uma meta de inflação.
Quer saber mais sobre inflação e como ela influencia o seu bolso?
Selic na mínima histórica
A taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, é definida a cada 45 dias pelo Copom (Comitê de Política Monetária). É a Selic que serve de norte para as taxas de juros de cartão de crédito, financiamento, empréstimo, entre outras.
Em 2019, ela caiu de 6,5% para 4,5% em três quedas consecutivas. Esta é a menor taxa de juros da história do Brasil.
“E como isso me afeta?”
Com a Selic a 4,5%, a tendência é que as taxas de juros diminuam e fiquem próximas deste patamar; na prática, o crédito fica mais acessível. O CDI também diminui e passa a ficar mais perto de 4,5%, e a remuneração também fica menor para quem investe na poupança, em Renda Fixa e em títulos do Tesouro Direto.
Entenda mais sobre a queda da Selic e suas consequências.
Dólar na máxima histórica nominal
Ao mesmo tempo em que a Selic atingia seu menor patamar na histórica, o dólar, por outra vez, chegava na maior cotação nominal da história, de R$ 4,2584, no mês de novembro.
Vale dizer que a queda da Selic teve influência nesta alta – mas não foi o único motivo.Muitos atores da economia nacional e globalcontribuíram para a oscilação da moeda.
Um dos impactos mais imediatos da alta do dólar na vida financeira das pessoas é fácil de ser explicado: o principal é que produtos cujo preço é em dólar ficam mais caros, como os importados, passagens aéreas e a própria compra de moeda estrangeira.
Saiba mais sobre a cotação do dólar, suas altas e baixas aqui.
Saque do FGTS
Em 2019, o Ministério da Economia anunciou mudanças na regra de saque do FGTS liberando, neste ano e em 2020, os chamados saque imediato e saque-aniversário das contas ativas e inativas do FGTS.
1. Saque Imediato: que permite aos trabalhadores resgatar até R$500 das contas do FGTS (ou, em alguns casos, R$ 998 – entenda aqui). O saque poderia ser feito seguindo um calendário, organizado pelos meses de nascimento dos trabalhadores – e, desde o dia 18 de dezembro de 2019, todas as pessoas já podem sacar, como explicamos aqui.
2. Saque Aniversário (também conhecido como Saque Anual): permite que os trabalhadores saquem uma porcentagem do que possuem no FGTS uma vez ao ano, perto de sua data de aniversário.
As novidades permitem que os trabalhadores, ou qualquer pessoa que tenha uma conta no FGTS, saque parte dos fundos disponíveis – ou seja: dinheiro no bolso de quem optar por fazer o saque.
É importante, entretanto, ficar atento às regras do saque-aniversário e à maneira como ele funciona – confira aqui.
Mudanças na regra do cheque especial
O Banco Central anunciou que, a partir de janeiro de 2020, pretende limitar os juros do cheque especial para 8% ao mês. Em outubro de 2019, a média dos juros do cheque especial era de 305% ao ano, segundo o BC; com a mudança, eles devem cair para 150% ao ano.
Além de limitar a taxa de juros cobradas, o BC permitiu que as instituições financeiras cobrem uma tarifa para disponibilizar o limite do cheque especial – mas somente a partir de R$ 500 oferecidos em limite.
A notícia é boa para quem usa o cheque especial eventualmente, mas, mesmo com juros limitados, o valor ainda pode pesar bastante no bolso. Por isso, é importante entender tudo o que está por trás dessa linha de crédito antes de começar a usá-la.
E vale lembrar que, além dos juros, caso o cliente estoure o limite do cheque especial ou não tenha o dinheiro em conta no dia do pagamento, o banco pode cobrar uma multa em cima da dívida.
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