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Saúde mental: como cuida...

Saúde mental: como cuidar da sua

Excesso de trabalho e informação, necessidade de saber tudo o tempo todo e ausência de hábitos saudáveis podem prejudicar a sua saúde mental.



Imagem de vários cubos de madeira espalhados com imagens em roxo desenhadas, como uma casinha, um avião, dois arcos, um carro, uma venda e um cofre de porquinho.

A saúde mental de uma pessoa não depende apenas do aspecto psicológico e emocional, mas também da união de fatores fundamentais, como saúde física, apoio social, condições de vida, etc. Na América Latina, o Brasil é o país com maior casos de depressão, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Por isso, é importante ficar atento.

Coração acelerado antes de uma prova, nervosismo antes de uma apresentação importante ou mãos suando durante uma conversa difícil e falta de concentração no trabalho podem ser ocorrências comuns se não ocorrerem com frequência. No entanto, se sintomas parecidos com esses não passarem, pode ser um sinal de alerta. 

O que é saúde mental?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como “um estado de bem-estar mental que permite às pessoas lidar com os momentos estressantes da vida, desenvolver todas as suas habilidades, aprender e trabalhar bem e contribuir para a melhoria de sua comunidade”.

Ainda segundo a organização, a saúde mental é parte do que sustenta as capacidades individuais e coletivas das pessoas para tomar decisões, estabelecer relações e moldar o mundo. Em outras palavras da OMS,  “a saúde mental é um direito humano fundamental para o desenvolvimento pessoal, comunitário e socioeconômico”.

Trabalho e saúde mental: o que eles têm a ver?

O trabalho pode ser um ambiente bastante desafiador, que consome tempo e energia das pessoas. Com o tempo, esses fatores podem levar os profissionais a situações limite, em que as demandas comecem a pressionar demais, provocando problemas de saúde.

Estima-se que cerca de 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da ansiedade. Os dados são do relatório “Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho”, publicado pela Organização Mundial da Saúde.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também publicou uma nota, em que as diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas referentes a questões importantes relacionadas à inserção e à permanência de pessoas com problemas de saúde mental no trabalho. Além do estigma e das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de estruturas de suporte impacta na sustentação das atividades laborais.

Quais os problemas relacionados à saúde mental?

Segundo Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR (International Stress Management Association), associação internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de estresse no mundo, “os transtornos não ocorrem de forma similar para todas as pessoas porque cada um tem uma estrutura, um estilo de vida (que pode ser saudável ou não), um grupo de apoio, etc, que ajuda a canalizar as tensões”, explica.

Ainda segundo Rossi, “Mulheres tendem a ser mais sensíveis, externar mais o que sentem e procurar ajuda profissional Já os homens tentam de várias formas não encarar e fugir disso”, complementa.

O primeiro passo para qualquer tratamento e resolução do problema, é identificá-lo corretamente. Abaixo, confira algumas das principais questões relacionadas à saúde mental e emocional.

1. Ansiedade

A ansiedade é um sentimento natural e costuma estar associada a expectativas. Apresentações importantes, prazos apertados e urgentes no trabalho, um acontecimento muito esperado, como uma viagem, uma cirurgia delicada, a resolução de uma questão difícil, problemas familiares, financeiros, etc e vários outros motivos.

Já os transtornos de ansiedade são uma reação emocional ao medo do futuro, e afetam pessoas que costumam se preocupar intensamente e não conseguem lidar com a autocobrança, a espera ou a possibilidade da frustração, a ponto de isso comprometer a sua qualidade de vida e bem-estar.

O primeiro sinal é o sentimento de ansiedade em relação ao que irá (ou poderá) acontecer, acompanhado de pessimismo. Isso provoca no corpo e no cérebro humano uma sensação constante de perigo, urgência, medo e insegurança. Consequentemente, o organismo reage com um impulso de“luta” ou “fuga”.

Por exemplo, uma pessoa que sofre com cobranças intensas em seu trabalho pode apresentar irritabilidade, raiva e tensão muscular. Com o tempo, isso pode se transformar em insegurança, mudanças constantes de humor, tremores e transpiração excessiva, inclusive fora do ambiente de trabalho, afetar o sono e se tornar uma condição crônica se não for tratada.

2. Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como “resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações desgastantes, que demandam muita competitividade ou grandes responsabilidades, ineficácia, pessimismo. A principal causa do distúrbio é justamente o excesso de trabalho.

Como consequência desse problema, que pode afetar cada vez mais pessoas no mundo todo, os consumidores e empreendedores, por exemplo, estão em busca de empresas que os ajudem a evitar o burnout – ou a sensação de escassez de tempo.

Pode ser, por exemplo, um produto que facilite a vida do cliente, como é o caso do Assistente de Pagamentos do Nubank. A ferramenta funciona tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, e foi criada para ajudar a administrar as contas e manter os pagamentos em dia.

Esse assistente virtual paga contas que estão programadas – por boleto, débito automático ou Pix –, lembra de datas de vencimento, avisa quando boletos são cadastrados no CPF ou CNPJ da empresa e quais pendências já foram pagas ou ainda estão em aberto. Com ele, também é possível cadastrar os compromissos financeiros de maneira rápida e descomplicada, sem precisar se preocupar em perder prazos.

3. Síndrome do Pânico

Quando agravada, a ansiedade pode acarretar síndrome do pânico. O transtorno do pânico, como também é chamado, é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, e costumam durar entre 15 e 30 minutos.

O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações e mortes na família, experiências traumáticas na infância ou após episódios de assaltos e sequestros.

4. Depressão

A depressão é uma doença crônica que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima, culpa, distúrbios do sono e do apetite. Segundo dados da OMS, a depressão atinge mais mulheres do que homens. 

Diferentemente da tristeza causada por acontecimentos naturais da vida humana, como a perda de alguém querido, decepções amorosas, uma demissão, etc, nos quadros de depressão, a tristeza parece que não acaba, mesmo sem causa aparente. 

A pessoa permanece deprimida a maior parte do tempo, perde o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.

Como cuidar da saúde mental?

Em 2021, ainda durante a pandemia da Covid-19, o Google indicou que a pergunta “como manter a saúde mental” foi mais pesquisada do que em qualquer outro momento da história do navegador em todo o mundo.

Alguns hábitos, se implementados no dia a dia, podem contribuir para uma melhor qualidade de vida, menos estresse e até mais produtividade no trabalho.

5 dicas para cuidar da saúde mental

1. Tire um tempo para você

No meio das obrigações e atividades diárias, fazer uma pausa é essencial. Se for possível, reserve um tempo do seu dia para desfrutar de algo que lhe dê prazer: assistir a uma série, caminhar, ler um livro, cozinhar. Não fazer nada também pode ser uma ótima ideia quando o objetivo é, de fato, descansar (a mente e o corpo).

2. Busque o equilíbrio

Manter a organização entre os estudos, trabalho, atividades domésticas e questões pessoais é importante para entender o que é prioridade e o que pode esperar para ser resolvido. Utilizar plataformas de organização, como o miro e o monday.com, e métodos de gestão do tempo podem te ajudar.

Vale a pena ler: Gestão do tempo: 4 estratégias para aumentar a produtividade do seu negócio

Para a presidente do ISMA, Ana Maria Rossi, o uso excessivo do celular também influencia na saúde mental das pessoas. “A baixa tolerância à frustração, a falta de flexibilidade, a necessidade de ter todas as informações a todo momento, produz uma sobrecarga grande e uma dependência tecnológica”, diz. Por isso, é fundamental estabelecer horários e limites para utilização dos dispositivos.

3. Cuide do corpo 

Praticar atividades físicas auxiliam na liberação de substâncias no organismo que causam as sensações de bem-estar, conforto e melhoram o humor. Ter uma alimentação equilibrada e boas noites de sono também fazem bem à saúde e contribuem para a produtividade, além de ajudarem a tomar melhores decisões.  

“Não dividimos físico, mental, emocional, comportamental. Nosso corpo é integral”, afirma Ana Maria Rossi. “Com toda a sobrecarga que as pessoas têm no mundo atual, praticar a respiração abdominal ajuda a controlar as emoções. Pode ser algumas repetições de 15 a 30 segundos”, recomenda ela. “O nosso corpo precisa de 6 segundos para reagir ao estresse, por isso, a respiração diafragmática é importante para evitar agir impulsivamente quando se está sob tensão”. 

4. Mantenha boas relações

As relações influenciam na saúde mental, e isso é verdade tanto positiva quanto negativamente. Por isso, estabeleça limites e, sempre que possível, busque estar próximo de quem e do que você ama e te faz bem, como família, amigos, animais de estimação e atividades que te chamem a atenção. 

5. Procure ajuda

Fique atento aos sinais. Se estiver com dificuldades em lidar com as suas emoções, com a realidade do momento atual ou com frustrações, procure ajuda profissional de psicólogos e psiquiatras. Para situações emergenciais, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um serviço de atendimento gratuito feito por voluntários através do telefone 188, e-mail ou chat 24 horas por dia. A instituição também faz atendimento presencial e ações comunitárias.

Qual a importância de cuidar da saúde mental?

Cuidar dos sentimentos e emoções é tão necessário quanto cuidar do corpo. No final das contas, estar integralmente saudável é o que importa, de fato. Quem tem boa saúde mental e física pode desenvolver as atividades rotineiras de trabalho e estudos com mais produtividade e assertividade, sem esgotamento mental.

O equilíbrio emocional também melhora as relações interpessoais e é essencial para a construção da autoestima, autoaceitação e percepção da autoimagem. Pessoas com o psicológico abalado costumam enxergar a si mesmas de forma inferiorizada. Essa característica pode desencadear depressão, transtorno de ansiedade generalizada, fobia social, transtornos alimentares, entre outros distúrbios.

Cuidar da saúde mental é uma tarefa que pode parecer difícil no início, mas que os benefícios para a vida de uma forma geral são perceptíveis. É importante entender e aceitar que existe uma questão a ser trabalhada, e entrar em contato com um profissional que possa ajudar nesse processo.

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Este texto faz parte da missão do Nubank de lutar contra a complexidade do sistema financeiro para empoderar as pessoas – físicas e jurídicas. Com a Conta PJ, queremos ajudar donos de pequenos negócios, empreendedores e autônomos a focarem no que realmente importa. Saiba mais.

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