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O que é a taxa Selic e c...

O que é a taxa Selic e como ela afeta o seu dinheiro?

A taxa Selic aparece em investimentos, nos jornais, tem um papel importante na economia brasileira e afeta sua vida financeira.



Taxa Selic: ilustração mostra três pessoas vistas de cima sentadas em uma mesa roxa

A Selic, ou taxa Selic, é a taxa básica de juros da economia. A cada 45 dias, ela vira notícia em todo o Brasil – seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central.

Em março de 2024, por exemplo, a Selic caiu para 10,75% ao ano.

Abaixo, entenda o que o termo taxa Selic significa e qual a importância dele no seu dia a dia.

O que é a taxa Selic? 

Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Basicamente, ela influencia todas as demais taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos, e também afeta o retorno de aplicações financeiras.

Mas o que significa Selic?

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, um programa virtual em que os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente por instituições financeiras.

Além do Banco Central, apenas instituições financeiras têm autorização para negociar títulos nesse ambiente. Ou seja, pessoas comuns não têm acesso.

Já a taxa Selic é a taxa de juros dos títulos públicos que o governo oferece neste sistema.

E quem decide o valor dessa taxa?

É o Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ele se reúne a cada 45 dias para definir se a Selic aumenta, diminui ou se mantém estável.

Qual é a taxa Selic hoje?

A taxa Selic hoje está em 10,75% ao ano. Ela foi decidida no dia 20 de março de 2024 e representa uma queda em relação à reunião de janeiro, quando os juros estavam em 11,25% ao ano.

Confira na tabela abaixo o histórico mensal da Selic desde 2013 (arraste as colunas para o lado para ver a tabela completa). Para acessar os anos anteriores, clique aqui.

Mês/Ano20232022202120202019201820172016201520142013
Janeiro1,12%0,73%0,15%0,38%0,54%0,58%1,09%1,06%0,94%0,85%0,60%
Fevereiro0,92%0,76%0,13%0,29%0,49%0,47%0,87%1,00%0,82%0,79%0,49%
Março1,17%0,93%0,20%0,34%0,47%0,53%1,05%1,16%1,04%0,77%0,55%
Abril0,92%0,83%0,21%0,28%0,52%0,52%0,79%1,06%0,95%0,82%0,61%
Maio1,12%1,03%0,27%0,24%0,54%0,52%0,93%1,11%0,99%0,87%0,60%
Junho1,07%1,02%0,31%0,21%0,47%0,52%0,81%1,16%1,07%0,82%0,61%
Julho1,07%1,03%0,36%0,19%0,57%0,54%0,80%1,11%1,18%0,95%0,72%
Agosto1,14%1,17%0,43%0,16%0,50%0,57%0,80%1,22%1,11%0,87%0,71%
Setembro0,97%1,07%0,44%0,16%0,46%0,47%0,64%1,11%1,11%0,91%0,71%
Outubro1,00%1,02%0,49%0,16%0,48%0,54%0,64%1,05%1,11%0,95%0,81%
Novembro0,92%1,02%0,59%0,15%0,38%0,49%0,57%1,04%1,06%0,84%0,72%
Dezembro0,89%1,12%0,77%0,16%0,37%0,49%0,54%1,12%1,16%0,96%0,79%
Fonte: Receita Federal

Como funciona a taxa Selic?

Para explicar a taxa Selic, é preciso voltar a uma necessidade básica de qualquer governo: ter dinheiro para fazer investimentos e pagar dívidas. Apesar da principal forma de arrecadação ser por meio dos impostos, também é possível fazer isso com empréstimos –  ou seja, o governo pega dinheiro emprestado de empresas e pessoas físicas para aumentar os recursos em caixa. E ele faz isso com os títulos do Tesouro Nacional.

Os títulos do Tesouro são certificados de dívida emitidos e vendidos pelo próprio governo através do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic, lembra?) e também por meio do programa Tesouro Direto, focado em pessoas físicas. Quem compra um título ganha o direito de, em determinada data, receber o valor de volta com o acréscimo de juros.

É importante entender, entretanto, que a maioria dos títulos do Tesouro Nacional é comprada por grandes instituições financeiras.

Isso acontece porque, por lei, toda instituição é obrigada a depositar uma parcela do dinheiro recebido no dia em uma conta no Banco Central. Essa é uma forma de controlar a quantidade de dinheiro em circulação e evitar o aumento da inflação.

Como as instituições financeiras realizam milhões de operações diariamente, é comum chegar no fim do dia com uma quantia maior ou menor do que deveriam ter na conta do BC.

Neste caso, elas são obrigadas a pegar empréstimos com outros bancos para cumprir a lei.

Entendi. E o que isso tem a ver com a Selic?

Geralmente, esses empréstimos são de curtíssimo prazo (o tempo entre a retirada e o retorno do valor acontece em torno de 24 horas). Como garantia, as instituições oferecem os títulos públicos adquiridos do Banco Central.

Entender isso é importante para entender a diferença entre Selic Over e Selic Meta.

Taxa Selic Over

Basicamente, é a taxa de juros praticada quando uma instituição financeira empresta dinheiro para outra e usa, como garantia, os títulos públicos adquiridos no Banco Central (como explicado acima).

Taxa Selic Meta

Já a Selic Meta é a que você está acostumado a ouvir sobre: a taxa básica da economia Brasileira. Ela serve como parâmetro para outras taxas praticadas no mercado.

É sobre esta taxa a que este texto se refere – não à Selic Over.

Como a taxa Selic é calculada?

A Selic é definida a cada 45 dias pelo Copom (Comitê de Política Monetária), ligado ao Banco Central, que se baseia em inúmeros indicadores financeiros do país para chegar a uma taxa.

As mudanças na taxa de juros acontecem pois a economia não é estável – e, por isso, é preciso adequá-la ao cenário para garantir que o dinheiro continue circulando a um preço justo.

Por que a taxa Selic é importante?

A Selic foi criada em 1979, período em que a economia brasileira enfrentava um cenário de hiperinflação. Seu objetivo sempre foi ser uma ferramenta de controle da inflação: qualquer mudança que o Banco Central do Brasil fizer na taxa resultará em uma alta ou queda da inflação. 

Além disso, podemos dizer que o Banco Central:

  • Ao aumentar a Selic, o BC tem como objetivo desacelerar a economia. Ao elevar os juros, o custo do crédito fica maior e as pessoas e empresas tendem a comprar menos. A consequência é a queda dos preços. Ou seja, o Banco Central aumenta a Selic para controlar o aumento da inflação;
  • Ao baixar a Selic, o BC tem como objetivo estimular o consumo e aquecer a economia. Isso acontece quando a inflação já está mais controlada, não justificando, assim, juros maiores. Ao reduzir a Selic, o crédito fica mais barato e as pessoas tendem a voltar a consumir a prazo.

Até hoje, a Selic serve como uma referência para a economia brasileira – uma ferramenta para controlar a inflação do país que pode ser entendida como um indicador da nossa situação econômica.

Como a Selic afeta seu dinheiro e investimentos?

Os efeitos da mudança da Selic são sentidos por todos os brasileiros, bancos e até investidores estrangeiros. Basicamente:

Se a taxa Selic diminui:

  • O crédito fica mais acessível, já que os bancos tendem a baixar as taxas de juros de empréstimos e outros produtos de financiamento.

Se a taxa Selic aumenta:

  • Os preços tendem a baixar ou ficar estáveis, como uma consequência do controle da inflação;
  • Os juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos.

Em março de 2024, o Copom decidiu pela queda da Taxa Selic – foi para 10,75%.

Quais investimentos são afetados pela Selic?

Considerando que a Selic tem forte influência na remuneração de diversos investimentos, qualquer mudança na taxa impacta a rentabilidade desses produtos financeiros. São eles:

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público cuja rentabilidade está indexada à taxa Selic. Quando a taxa Selic é reduzida, também fica menor a rentabilidade do título – e o mesmo vale para a situação contrária: um aumento na taxa Selic torna os títulos públicos mais vantajosos.

Caderneta de poupança

A poupança também sofre os efeitos das mudanças na Selic. Isso porque seu rendimento, por definição, está atrelado à taxa:

  • Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano: a poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + Taxa Referencial;
  • Se a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano: a poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial.

Ou seja: com a Selic acima de 8,5% (como agora), a rentabilidade da poupança fica fixa em 6,17% mais a Taxa Referencial. Essa rentabilidade é menor (e muito!) do que a de outros investimentos de renda fixa.

Investimentos de renda fixa

Mudanças na taxa Selic impactam o CDI, um dos índices de rentabilidade mais usados por investimentos de renda fixa. Explicaremos abaixo sobre a relação entre as duas taxas, mas basicamente: quando a taxa Selic diminui, o CDI também fica mais baixo.

CDBs, LCIs, LCAs, LCs são os investimentos mais comuns que usam o CDI como indicador de rentabilidade. Esses investimentos terão sua remuneração afetada no caso de mudanças na taxa Selic.

Taxa Selic e CDI: qual a relação?

O CDI e taxa Selic andam lado a lads. Mas por quê? 

Primeiro, é importante dizer, rapidamente, o que é o CDI. CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário – o nome dos empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o caixa do dia no positivo. 

Por determinação do Banco Central, todo banco deve fechar o dia com mais dinheiro entrando do que saindo dele. Em outras palavras: fechar o dia com saldo positivo. Entretanto, dependendo das operações realizadas pelos clientes dos bancos, nem sempre isso acontece. 

Neste caso, os bancos precisam fazer um empréstimo para cobrir a diferença e deixar o caixa do dia positivo. Esse empréstimo é feito, por sua vez, de outras instituições financeiras. Como todo empréstimo, os bancos também pagam juros que, neste caso, são definidos pela taxa CDI.

Voltando à relação entre a taxa Selic e o CDI

  • Se a taxa Selic for muito maior que o CDI, os bancos podem preferir emprestar dinheiro ao governo, e não a outros bancos, já que assim terão uma rentabilidade maior;
  • Por outro lado, se a taxa CDI estiver muito acima da taxa Selic, a remuneração dos títulos que usam essa taxa sobe, o que também não é interessante para os bancos. 

É por isso que, por definição, as duas taxas são muito próximas. A diferença entre as duas é de 0,10 ponto percentual. Ou seja, com a Selic a 10,75% ao ano, a taxa CDI fica 10,65% ao ano.

Taxa Selic e IPCA: o que têm a ver?

O IPCA é o índice que aponta a inflação do país. Ele indica a variação nos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia das pessoas, como vestuário, alimentação, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.  

Ele é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitória, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Apesar de não ser calculado em todo o país, o índice é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades do Brasil.

Considerando que a taxa Selic é uma ferramenta de controle da inflação, qualquer mudança no IPCA orienta a taxa Selic (e vice-versa).

Um exemplo: quando a taxa Selic aumenta, o acesso ao dinheiro (crédito, empréstimos, financiamentos…) fica menor, porque fica mais caro. Assim, o consumidor para de fazer maiores gastos. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente, oferta mais barata.

Portanto, aumentar a taxa Selic ou mantê-la estável é uma maneira de conter o aumento do IPCA. 

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