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Vidas roxas pela Casa da...

Vidas roxas pela Casa das Kapulanas

Tecendo ancestralidade e africanidade, a empreendedora Toalá Antônia encontrou no seu negócio a reconexão com a família e um propósito de vida.



Toalá Antônia: imagem de Toalá, uma mulher negra, em postura pensativa com um brinco no formato do continente africano espelhado.

Uma mulher de muitas palavras, com uma presença alegre, enérgica e que sempre enxerga o lado bom das coisas. É assim que se apresenta para o mundo Toalá Antônia, 31 anos. Ambiciosa, ela tem traçado desde muito jovem as linhas que a trouxeram para o mundo do empreendedorismo. 

Nascida e criada em São Paulo, na Cohab de Itaquera, filha de pai angolano e mãe brasileira, é na família que ela encontra o incentivo e o suporte para o trabalho. 

Toalá é designer, mãe do Antônio e fundadora da Casa das Kapulanas – um e-commerce focado em tecidos e exclusividades africanas. Para ela, a maternidade, a família e o empreendedorismo caminham lado a lado.

“Minha vida é essa dinâmica de cuidar do Antônio e fazer o meu negócio acontecer, meu outro filho. Como a Casa das Kapulanas ainda é muito dependente de mim, é o meu bebê”, diz. 

Toalá encara o empreendedorismo como mais do que um estilo de vida, mas sim como sua vocação. “O empreendedorismo na minha família é ancestral. Minha mãe sempre foi empreendedora, a minha avó paterna vendia nas feiras de Luanda –  capital de Angola –, meu pai também é empreendedor, o meu avô paterno tinha uma oficina. Está no meu sangue, eu cresci vendo isso”, diz.

Conheça mais a história dela no terceiro episódio do Vidas Roxas, nossa série documental que conta as histórias de nossos clientes apaixonados.

A vontade de empreender

Os primeiros sinais de que o empreendedorismo entraria na sua jornada surgiram na infância, aos nove anos, quando Toalá resolveu “concorrer” com uma vizinha vendendo doces. 

“Todo mundo comprava com ela, inclusive eu. Eu achava aquela dinâmica de dar um produto e receber dinheiro em troca sensacional. Então pedi pra minha mãe comprar doces para eu vender. Metade eu comi e metade eu vendi, então meu negócio faliu muito cedo (risos), mas hoje eu entendo que essa dinâmica foi importante para a minha construção”.

Filha e neta de empreendedores, o contato com a correria de empreender vem desde muito cedo. Afinal, era assim que as pessoas que mais a inspiram sempre viveram a vida. 

“Eu sempre tive muito tesão de empreender e não queria parar. Fazer outra coisa  me deixava muito triste”, desabafa.

Nasce a Casa das Kapulanas

Antes da Casa das Kapulanas, Toalá teve uma outra empresa que vendia acessórios com estética Africana produzidos no Brasil e vendidos em Angola (Foto: Equipe Nubank)

Quando adolescente, Toalá foi trabalhar no setor de telemarketing. Depois, já na faculdade de design, passou a atuar no ambiente corporativo, trabalhando como designer em consultorias de treinamentos. Mas a vontade de empreender, que sempre esteve ali, acabou falando mais alto. 

Após um primeiro negócio que não vingou, Toalá criou em 2016 a a Casa das Kapulanas para comercializar aqui no Brasil produtos (principalmente tecidos) vindos de países africanos. 

Entre a criação do negócio e os dias de hoje, muita água passou por debaixo da ponte. Apenas um ano depois de fundar a empresa, Toalá engravidou do Antônio, e a necessidade de segurança financeira falou mais alto. Decidiu voltar para o mercado corporativo em busca de estabilidade.

Só no fim de 2019 ela percebeu que não dava mais para silenciar seus impulsos empreendedores e resolveu focar no negócio novamente. Poucos meses depois, veio a pandemia, mas quando ela achou que tudo iria por água abaixo, na verdade, começou a dar certo.

“Eu tinha tudo para fechar as portas, mas tentei entender como eu faria daquele rojão uma coisa boa. Aí minha mãe me deu a ideia de confeccionar máscaras de pano, e isso virou o jogo”.

Quando a pandemia começou, Toalá se viu sem poder viajar para Angola para trazer os tecidos, afinal, as fronteiras do país estavam fechadas. Então ela decidiu migrar o negócio 100% para o ambiente online – e isso deu muito certo.

Seu cliente e amigo, Felipe, foi a mola propulsora para essa mudança. Ele a impulsionou a tornar a Casa das Kapulanas um e-commerce, utilizando bem o site, assim como ferramentas de vendas online, como anúncios. Depois de seguir esse conselho, os pedidos nunca mais pararam de chegar.  E já foram mais de 2 mil deles até hoje.

A Casa das Kapulanas recebeu, inclusive, o reconhecimento do Google como uma empresa que foi eficiente na estratégia digital na pandemia.

Mais que um negócio: um elo familiar

Estar mais perto da África e da sua família: a trajetória empreendedora de Toalá inicialmente veio desse desejo de reconexão. “A Casa das Kapulanas existe desde 2016 e de lá até 2020 (quando a pandemia começou) eu sempre estive em Angola. É como se a vida tivesse me dado um presente de recuperar um tempo que eu não tive na infância”. 

Além da sua mãe, um dos maiores apoiadores que Toalá teve foi o avô angolano, que faleceu no ano passado. “Lá (casa do avô) era meu lugar de chegada e de partida, e ele tem um significado muito importante pra mim nessa construção de uma retidão ancestral. Meu avô me passou tudo isso e reforçou os pilares que eu tinha de amor”, conta.

A maternidade solo

Toalá em companhia do seu filho Antônio, de três anos, voltando da escola. (Foto: equipe Nubank)

Toalá é mãe solo do Antônio, uma criança de três anos. A chegada dele mudou tudo, desde a forma em que ela se organiza financeiramente, até as suas prioridades de vida. “Sou mãe solo e isso não foi uma escolha minha, então o Antônio chegou para virar a chave. Existem duas Toalás, uma antes e outra depois dele”.

Quando questionada sobre como dá conta de tudo: negócio, família e cuidar do filho, Toalá não titubea em dizer que, simplesmente, não dá conta. Isso só é possível graças a sua família, que é a sua rede de apoio.

“Eu trabalho muito, às vezes 12, ou até 18 horas por dia. Cuido do marketing, das vendas, da estratégia, mas a minha família me ajuda muito. Eu fico muito segura, porque o Antônio está bem com eles”, conta. 

A empreendedora complementa dizendo que, na sua família, as metas são de todos. “Toda a minha rede de apoio está focada no meu objetivo final, que é dar melhores condições de vida para mim, pro Antônio e para eles”.

Um presente e um futuro empoderador

Hoje, a Casa das Kapulanas já é um negócio consistente, com vendas frequentes em todo o país e um Instagram com mais de 40 mil seguidores, mas Toalá quer mais. Além do sonho de se tornar uma grande mulher de negócios, com a marca ocupando um prédio inteiro e sair na capa de revistas importantes, ela quer transformar vidas. 

Hoje, a empreendedora entende que precisa compartilhar um pouco do que aprendeu com outros empreendedores. Para isso, ela usa suas redes sociais pessoais e um canal no Youtube para dar dicas às pessoas que estão começando o seu negócio.

“Quero muito potencializar outras pessoas. Falar, ‘olha, deixa eu te contar como eu fiz pro meu site que não vendia nada vender mais de R$ 500 mil em um ano’. Um dos meus maiores objetivos é gerar impacto na vida das pessoas através do conhecimento”.

Imagem de uma das gravações que Toalá faz para suas redes sociais e canal do Youtube com o objetivo de ensinar algumas táticas para outros empreendedores (Foto: equipe Nubank)

Para finalizar, Toalá compartilha um outro sonho que tem a ver com a sua identidade, de mulher negra: o desejo de contribuir para que cada vez mais os brasileiros tenham orgulho da ancestralidade africana.

“Quero deixar um legado pras novas gerações, contando a nossa história sob outra ótica. A minha geração precisou se descobrir negra, mas o meu filho não vai precisar disso, ele só vai ser”.

Assim como Toalá, outras pessoas tiveram as suas histórias contadas no Vidas Roxas. Clique aqui e assista todos os episódios.

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