Dólar alto faz Banco Central manter taxa Selic em 10,50%

Dólar alto faz Banco Central manter taxa Selic em 10,50%

Esta é a segunda manutenção seguida. Preocupação é que inflação aumente por conta da alta do dólar. Entenda.

O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu manter, pela segunda vez seguida, a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano. Essa manutenção já era esperada.

Nas últimas semanas, o dólar valorizou muito em relação ao real, e atingiu o maior nível em quase três anos (de R$ 5,65). Um dólar alto interfere na inflação de médio prazo e, por consequência, afeta os juros.

O que aconteceu?

Muitos produtos consumidos no Brasil são produzidos no exterior ou têm suas principais matérias-primas compradas lá fora.

O que o dólar tem  a ver com a inflação?

Com o dólar valorizado em relação ao real, as indústrias pagam mais caro por esses produtos e, para não ficarem no prejuízo, repassam esse aumento para o consumidor. O resultado é uma inflação maior.

Com a expectativa de aumento da inflação, o Banco Central decidiu não reduzir a Selic. Segundo projeções do Boletim Focus, a inflação deve encerrar 2024 em 4,10% – acima da meta de 3%.

O Banco Central é o responsável por manter a inflação controlada, e ele usa a Selic para fazer isso. Com juros maiores, o crédito fica mais caro. Isso reduz o consumo e força a queda dos preços.

E o que a inflação tem a ver com a Selic?

Uma Selic elevada mantém as outras taxas altas, como a do seu cartão de crédito, financiamento, e daquele boleto parcelado com juros. Resumindo, ainda está caro consumir a prazo.

O que muda para o meu dinheiro?

Investimentos com rentabilidade amarrada à taxa Selic, como alguns CDBs e o Tesouro Selic, ainda estão pagando mais.

Já para quem investe...

Para quem investe, por outro lado, o cenário é positivo.