Taxa Selic cai para 12,75% ao ano: confira os efeitos da redução na sua  vida financeira

Taxa Selic cai para 12,75% ao ano: confira os efeitos da redução na sua  vida financeira

Este é o segundo corte seguido na taxa básica de juros e já era esperado pelo mercado.

O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. Esta é a segunda queda dos juros, depois de quase três anos de altas e manutenções da taxa.

Porque, apesar de a inflação ter cedido nos últimos meses, ela ainda deve ficar acima da meta tanto em 2023 quanto em 2024, segundo as projeções do Boletim Focus. A inflação deve fechar 2023 em 4,86% e 2024 em 3,86%. Por isso, o Banco Central tem sido cauteloso.

Por que a queda não foi maior?

O Banco Central é o responsável por manter a inflação controlada, e ele usa a Selic para fazer isso. Com juros maiores, o crédito fica mais caro. Isso reduz o consumo e força a queda dos preços.

O que a inflação tem a ver com a Selic?

Para conter a inflação dos últimos anos, o BC aumentou a taxa Selic 12 vezes seguidas desde janeiro de 2021. Depois, manteve os juros em 13,75% por sete reuniões para, somente em agosto de 2023, começar o ciclo de queda.

Se a inflação continuar em ritmo menos acelerado e o cenário externo começar a se estabilizar, é possível que ocorram novas quedas, mas elas não devem ser fortes. As projeções dos economistas ouvidos pelo BC mostram que a taxa de juros deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano.

Os juros podem cair mais?

E muita coisa pode mudar no meio do caminho. Dependendo da situação econômica dos próximos meses, o Banco Central pode voltar a aumentar os juros ou acelerar o ritmo de queda.

Apesar do Banco Central ter reduzido os juros, eles continuam altos. E uma Selic elevada mantém as outras taxas altas, como a do seu cartão de crédito, financiamento, e daquele boleto parcelado com juros. Resumindo, ainda está caro consumir a prazo.

O que muda para o meu dinheiro?

Contudo, já é possível encontrar alguns produtos financeiros com juros menores na comparação com algum tempo atrás, como o empréstimo pessoal, por exemplo. Isso ocorre por causa da perspectiva de mais quedas futuras nos juros.

Investimentos com rentabilidade amarrada à taxa Selic, como alguns CDBs e o Tesouro Selic, ainda estão pagando mais. Contudo, os movimentos de queda dos juros mostram que é hora de diversificar a carteira.

A renda fixa deixa de ser atrativa?

Não. Apesar da queda dos juros, eles seguem altos e favorecem quem investe em renda fixa.