Uma das recomendações para quem está começando a investir é priorizar aplicações mais seguras, como os títulos de renda fixa. Um dos motivos é a previsibilidade que esses ativos trazem, já que em muitos casos é possível saber logo no início qual será o rendimento. Nesta modalidade, o CDB é uma das opções mais conhecidas. Mas você sabe o que é CDB, como esse investimento funciona na prática e quanto rende um CDB?
O que é CDB?
CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa emitido por bancos. Essas instituições financeiras disponibilizam os CDBs para conseguir dinheiro e financiar suas atividades de crédito. Em outras palavras, ao aplicar nesse tipo de título, você empresta dinheiro ao banco e, depois de um prazo determinado, recebe o valor de volta com juros.
No aplicativo do Nubank, você encontra um portfólio amplo de CDBs para diferentes perfis e objetivos, com prazos e rendimento distintos. É possível investir nesse ativo de forma simples e rápida, sem sair do app ou acessar plataformas complicadas. Além disso, clientes Ultravioleta têm opções com rendimentos superiores. Para conhecer a prateleira de investimentos do Nubank, basta acessar a aba de Planejamento do app, que é identificada por um símbolo do cifrão.
Como funciona um CDB?
Um CDB funciona de maneira semelhante a outros investimentos de renda fixa. Ao aplicar nesse tipo de título, é como se estivesse emprestando dinheiro ao banco que emitiu o CDB. Todo CDB tem um prazo de vencimento e eles são bem variados. Além disso, existem diferentes modalidades de rendimento e de liquidez, que é quando você vai poder resgatar o seu dinheiro de volta depois de investir.
Abaixo, entenda melhor sobre as características do CDB.
Rentabilidade
A rentabilidade do CDB vai depender do tipo de ativo em que você vai investir. Existem três grandes tipos de CDBs, e eles são classificados justamente pela forma como pagam os juros, ou, em outras palavras, quanto rendem.
CDBs prefixados
Nesse tipo de CDB, os juros já estão, como o nome diz, prefixados. Ou seja, você já sabe, no momento da aplicação, exatamente quanto receberá no vencimento.
CDBs pós-fixados
Nos CDBs pós-fixados, os juros não são fixos e variam de acordo com outros indicadores da economia. No caso dos CDBs pós-fixados, esse indicador só pode ser a taxa DI (ou CDI), por determinação do Banco Central.
O que é taxa CDI e o que é render 100% do CDI?
O Certificado de Depósito Interbancário, ou CDI, é o nome dos empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o caixa do dia no positivo. Portanto, a taxa do CDI está ligada aos juros dessas operações entre instituições financeiras.
Esses títulos de empréstimos são emitidos por períodos curtos de tempo, para poder manter esse balanço de caixa diário.
Em outras palavras, o CDI é uma taxa que reflete o quanto os bancos estão ganhando de juros por emprestar dinheiro para outros bancos. Por isso, o CDI é normalmente classificado como uma taxa de juros no mercado financeiro.
Já render 100% do CDI significa que um investimento terá o mesmo rendimento do CDI durante o período em que ficar aplicado. Ou seja, se o CDI for de 2,75%, o dinheiro renderá esses mesmos 2,75% pelo mesmo período.
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CDBs híbridos
Os híbridos são CDBs cuja rentabilidade é a soma de uma taxa prefixada mais uma taxa pós-fixada, que normalmente é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. Por exemplo: um CDB que rende 3% ao ano (prefixada) + IPCA (pós-fixada) garante uma rentabilidade de 3% ao ano mais o IPCA do período, protegendo seu dinheiro da inflação.
Liquidez
Liquidez é um termo usado para definir o quão rápido você consegue ter o dinheiro de um ativo (como um investimento) de volta..
Por exemplo, muitas ações negociadas nas principais bolsas são consideradas bastante líquidas, uma vez que você pode convertê-las em dinheiro (vendê-las) de forma rápida e fácil, porque quase sempre há outro investidor disposto a comprá-las.
O CDB também tem, normalmente, alta liquidez, como a maioria dos investimentos de renda fixa. Isso significa que é fácil e rápido, na maioria das vezes, resgatar o dinheiro aplicado no CDB.
Existem CDBs com liquidez diária, aqueles que você pode resgatar o dinheiro no mesmo dia em que faz a solicitação, e outros com liquidez de até mais de 90 dias. Em geral, quanto maior o prazo de resgate, maior será a remuneração do CDB.
Normalmente, você pode resgatar o dinheiro antes do vencimento do CDB, a qualquer momento, mas não terá todos os juros prometidos, já que eles são pagos somente no vencimento do título. Em outras palavras, quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, maior será o retorno.
Liquidez acompanha os objetivos do investidor
Você pode ter alguns ativos com pouca liquidez, mas é muito importante ter parte do seu dinheiro investido em opções que possa resgatar rapidamente, se necessário.
Os CDBs que têm maior liquidez são recomendados para quem vai começar a investir e precisa manter uma reserva de emergência, afinal, o valor pode ser usado em caso de imprevistos.
A liquidez do CDB costuma ser informada no momento da aplicação, muitas vezes por meio de uma sigla.
- Liquidez diária (ou D+1): significa que, quando resgatado, o dinheiro entrará na sua conta no próximo dia útil do pedido de resgate;
- Liquidez imediata (ou D+0): significa que o dinheiro entrará na sua conta no momento do pedido de resgate;
- No vencimento: o dinheiro só retornará no fim do prazo de vencimento;
- D+N: significa que o dinheiro só retornará N dias após o pedido de resgate;
- Liquidez nula: o dinheiro não tem prazo para entrar na sua conta.
Quando o CDB de liquidez diária é mais indicado?
Investimento mínimo
O aporte inicial do CDB, ou seja, o valor mínimo de investimento, costuma ser acessível. Portanto, é possível começar com pouco dinheiro. No app do Nubank, por exemplo, você encontra CDBs com aplicação mínima inicial a partir de R$ 100. A partir da segunda aplicação, é possível investir quanto quiser.
Quanto rende o CDB hoje?
O rendimento do CDB vai depender de dois fatores: os juros (pré ou pós-fixados) do seu título e a liquidez dele. O dinheiro começa a render assim que é aplicado e, quanto mais tempo o valor ficar investido, maior será o retorno.
Geralmente, antes de você aplicar o seu dinheiro, os bancos e corretoras oferecem ferramentas que simulam o rendimento do CDB. Isso permite que você compare os títulos e escolha o que achar mais vantajoso para os seus objetivos.
Quanto rende o CDB prefixado?
O rendimento do CDB prefixado funciona de forma parecida com o rendimento do Tesouro Prefixado. Ao investir nesse ativo, você já sabe quanto vai receber depois de determinado prazo.
Ou seja, aqui não tem segredo: ao aplicar num CDB que paga 10% ao ano, você vai receber 10% ao final de 12 meses.
O prazo de vencimento desse tipo de CDB varia muito. Existem aqueles de curtíssimo prazo, que vencem em dois meses, por exemplo, e os de longo prazo, cuja data de vencimento fica acima de cinco anos.
Como é definida a taxa do CDB prefixado?
Os bancos definem o quanto vai ser pago ao investidor no CDB prefixado com base nos juros futuros, que são projetados em contratos e negociados diariamente na Bolsa de Valores.
Os juros futuros são, basicamente, projeções para a taxa Selic, que é a taxa de juros que guia todas as outras taxas do país.
Quem faz essa projeção é o mercado financeiro, que leva em conta o risco de se investir no Brasil. Quanto maior esse risco, maiores são as projeções dos juros no futuro. É como se os investidores cobrassem uma taxa a mais pelo risco de colocar dinheiro no país.
Essa projeção tem como base a taxa de curto prazo dos juros, que é o valor atual da própria Selic. Se o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, sobe ou reduz os juros agora, o mercado se ajusta a essa nova realidade.
Quanto rende o CDB pós-fixado?
O CDB pós-fixado rende conforme o indicador que o acompanha, que é o CDI (ou a taxa DI). Como essa taxa é muito próxima à Selic, a variação do CDB pós-fixado acompanha o sobe e desce dos juros.
Ou seja, quando os juros sobem, o CDB pós-fixado paga mais ao investidor, e quando os juros caem, o ativo rende menos. O que diferencia um CDB pós-fixado do outro é o quanto do CDI eles pagam. Por exemplo: 100% do CDI, 110% do CDI, 80% do CDI e por aí vai.
Quando um CDB paga 100% do CDI, ele está pagando exatamente a taxa CDI. Por exemplo: se durante o período em que o dinheiro ficou aplicado o CDI foi de 10%, ele renderá esses mesmos 10% pelo mesmo período se o investimento pagar 100% do CDI.
Mas se o rendimento oferecido é de 80% do CDI, o que você vai receber é uma fatia proporcional a 80% dos 10% do período – ou seja, 8%.
Quanto rende o CDB híbrido?
Neste caso, o rendimento desse ativo é a soma de duas partes: uma prefixada, já conhecida no momento da aplicação, e outra pós-fixada, que acompanha algum indicador da economia. Esse indicador pode ser o IGP-M, o próprio CDI ou a inflação, medida pelo IPCA.
A parte pós-fixada mais comum desse CDB acompanha o sobe e desce do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do país. Se a inflação sobe, a rentabilidade desse título fica maior. Quando o IPCA cai, o rendimento desse título cai junto.
Já a parte prefixada considera os juros reais futuros. Juros reais são aqueles que já têm o desconto da inflação.
Traduzindo: aquele percentual que você vê no CDB híbrido é a projeção para a Selic menos a projeção para a inflação para a data de vencimento do título.
É seguro investir em CDB?
O CDB é, sim, considerado um investimento seguro. Em primeiro lugar, ele é o que o mercado financeiro chama de “aplicação menos volátil” (ou seja, ele varia menos).
Para comparar: o preço das ações na Bolsa, por exemplo, pode mudar muito em um único dia por estar sempre sujeito às oscilações constantes na economia, no mundo e na situação atual da companhia. São, portanto, consideradas muito voláteis.
Já o CDB está atrelado a índices que variam menos (como Selic e CDI) e é, portanto, mais estável.
No caso do CDB prefixado, o investidor já sabe quanto terá de rendimento logo no início, o que torna essa opção mais segura e sólida.
Além disso, o risco de qualquer empréstimo é o de que o devedor não cumpra com o compromisso. No CDB, o devedor é um banco, e as chances de que ele quebre e não te pague são pequenas. E vale lembrar: o CDB conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, o FGC, no caso de a instituição financeira que o emitiu quebrar.
Como funciona a proteção do FGC para CDBs?
O principal risco de um CDB é o risco de crédito. Ou seja, é a chance de a instituição financeira que emitiu o papel ter problemas, acabar falindo e não pagar os investidores. É por isso que esse investimento tem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O FGC é uma espécie de “seguro” do investidor e entra em ação em caso de falência do banco emissor do CDB, por exemplo. O valor total coberto pelo fundo é de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, com um limite de R$ 1 milhão por CPF renovado a cada período de quatro anos.
Lembrando que as chances desse tipo de problema acontecer são pequenas, mas a proteção é sempre bem-vinda.
Também é importante destacar que a rentabilidade de um CDB está atrelada ao risco que você vai correr. Ou seja, quanto maior o risco, maior será o seu ganho.
Bancos grandes e conhecidos oferecem menos risco de quebrar. Em contrapartida, eles costumam oferecer taxas de remuneração pequenas.
Bancos de menor porte oferecem um pouco mais de risco. Mas, por outro lado, para atrair mais investidores, oferecem taxas de rendimento maiores. Cabe a você decidir o que vai priorizar, risco ou retorno.
Quais os impostos de taxas para investir em CDB?
O Imposto de Renda (IR) para investimentos em CDBs vai de 15% a 22,5%, de acordo com uma tabela regressiva. Ou seja, quanto mais tempo você mantiver o seu dinheiro investido, menor será o imposto. Além disso, a cobrança acontece na hora do resgate somente sobre o lucro do investimento.
A tributação de IR também é direto na fonte. Em outras palavras, ela é descontada diretamente da sua conta do banco, corretora ou plataforma de investimento. Então, você não precisa fazer nada, nem se preocupar.
Confira abaixo a tabela regressiva do IR:
Tempo de investimento | Alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% |
IOF
Além do Imposto de Renda, nos CDBs há também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse tributo incide sobre os rendimentos dos resgates feitos com menos de 30 dias a partir da data de aplicação.
A alíquota do IOF também é aplicada de acordo com uma tabela regressiva, que vai do primeiro ao trigésimo dia do resgate.
CDB prefixado, pós-fixado e híbrido: entenda as diferenças e semelhanças
Leia na tabela abaixo as diferenças e semelhanças entre os tipos de CDBs.
CDB prefixado | CDB pós-fixado | CDB híbrido | |
Quanto rende? | Taxa fixa ao ano | Rentabilidade atrelada ao CDI | A rentabilidade é a soma de uma taxa prefixada + uma taxa pós-fixada |
Como a rentabilidade varia? | Não varia. É fixa e conhecida no momento da contratação | Oscila de acordo com o CDI, taxa próxima à Selic | Somente a fatia pós-fixada varia de acordo com um indicador |
Resgate | A qualquer momento | A qualquer momento | A qualquer momento |
Segurança | Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) | Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) | Garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Imposto de Renda | Somente sobre o rendimento | Somente sobre o rendimento | Somente sobre o rendimento |
IOF | Isento após 30 dias | Isento após 30 dias | Isento após 30 dias |
Como investir em CDB?
O investimento em CDBs é feito por meio de um intermediário, como um banco, corretora de valores ou plataforma de investimentos. Normalmente todo o processo pode ser feito de maneira prática, pela internet.
Na hora de escolher um CDB, é preciso escolher a opção que mais se encaixe nos seus objetivos. Para isso, leve em consideração alguns fatores.
Um dos mais importantes é a liquidez: você vai precisar desse dinheiro a qualquer momento ou ele pode ficar preso por um período? Verifique também o tipo de rentabilidade e o índice econômico atrelado a sua aplicação. Também vale checar a credibilidade da instituição que emitiu o papel.
No Nubank, por exemplo, o processo para investir em um CDB é bem simples e seguro, e todas as etapas trazem informações claras e descomplicadas. Um time de analistas escolhe todos os CDBs disponíveis no aplicativo, avaliando constantemente o mercado e as taxas para oferecer diferentes opções de rendimentos aos clientes.
O objetivo é sempre contribuir e facilitar a tomada de decisões dos investidores. Por isso, as sugestões de CDBs poderão mudar diariamente.
Como investir em CDBs pelo Nubank?
- Abra o seu app e vá até a seção de Investimentos – ela está na aba de Planejamento do seu app, identificada pelo símbolo do cifrão ($). Toque em “Investir”;
- Em seguida, toque em CDBs e escolha a modalidade que preferir (CDI, prefixado ou IPCA);
- Uma lista de títulos vai aparecer para você. Se você for cliente Ultravioleta, terá acesso a CDBs com rendimentos superiores. Escolha o que deseja investir e toque em “Aplicar”;
- Depois, digite o valor que pretende aplicar e finalize o fluxo colocando sua senha de quatro dígitos.
Investimentos realizados até as 15h de dias úteis são processados no mesmo dia. Depois desse horário e aos sábados, domingos e feriados, a conclusão acontece no próximo dia útil.
Para checar a sua aplicação antes da conclusão, basta entrar na tela de investimentos e clicar em “Em processamento”. Assim que concluir o processo, você poderá verificar o valor na tela principal do seu app.
Lembrando que os clientes Nubank Ultravioleta têm acesso a CDBs com taxas de rendimentos superiores. Para encontrar esses ativos, basta entrar na seção “Benefícios Ultravioleta”, que aparece na tela inicial do seu aplicativo ou na área de Configurações. Depois, basta entrar na seção “Conhecer investimentos exclusivos”.
CDB ou poupança: qual escolher?
Muitas vezes, a poupança é a porta de entrada para pessoas que querem manter o seu dinheiro guardado em segurança e com alguma rentabilidade. Mesmo assim, os CDBs costumam oferecer condições mais vantajosas do que a poupança.
Isso acontece porque o rendimento da poupança está diretamente atrelado à taxa Selic.
- Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + Taxa Referencial;
- Se a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic.
Ou seja: com a Selic acima de 8,5% a rentabilidade da poupança fica fixa em 6,17% mais a Taxa Referencial. Essa rentabilidade é menor do que a de outros investimentos de renda fixa. Por isso, considera-se que um CDB que oferece rentabilidade de 100% do CDI já é mais vantajoso do que deixar o dinheiro na poupança.
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Quanto rende R$ 1 mil na poupança, no Tesouro Direto e em CDBs?
Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.
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