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12 curiosidades e fatos ...

12 curiosidades e fatos sobre a economia do Catar

No imaginário popular, o país-sede da vigésima segunda edição da Copa do Mundo da FIFA™ é cheio de milionários do setor do petróleo. Será que é verdade?



Veja fatos e curiosidades e fatos da economia do Catar.

Imagine ver o sol praticamente o ano inteiro e enfrentar um calor que pode chegar aos 50ºC no verão. No Catar, país-sede da Copa do Mundo da FIFA 2022™, é assim. Por lá, andar na rua é difícil em qualquer estação. Não foi à toa que os jogos do mundial, que normalmente acontecem entre junho e julho, serão realizados entre novembro e dezembro pela primeira vez na história do evento.  

Mas não é o sol que faz a economia do Catar andar. Quando o assunto é dinheiro, o país gira em torno do mercado de hidrocarbonetos – um dos principais componentes do petróleo – e seus derivados, como o gás natural. Segundo dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, 83% das receitas do governo catare vêm desse setor. 

Então, o Catar não é o país do petróleo? E os sheiks milionários? O país é mesmo rico? Veja as curiosidades sobre a economia do Catar.

1. Petróleo sim, mas nem tanto 

Sim, o Catar é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, segundo a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), mas essa produção passa bem longe de ser a maior. 

Considerando dados de 2020, o país produzia em torno de 2 milhões de barris por dia. Enquanto os Estados Unidos produziam mais de 16 milhões e a Arábia Saudita em torno de 11 milhões. Naquele ano, o Catar estava na 14ª posição entre os produtores. Até o Brasil estava melhor: na nona posição, com 3 milhões de barris por dia – mesmo patamar de 2022.

Em 2018, o país saiu da Opep, depois de 60 anos, para concentrar sua produção em gás natural liquefeito. Hoje, o Catar é o principal exportador desse produto no mundo. Ou seja, a economia do Catar gira em torno do gás natural, e não do petróleo.

2. Renda por habitante é 10 vezes maior que a do Brasil 

Segundo o dado mais atualizado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB per capita do Brasil, ou PIB por habitante, é de R$ 35,16 mil. No Catar, esse valor é US$ 61,27 mil – ou em torno de R$ 318 mil, considerando o dólar a R$ 5,20. 

Ou seja, em média, cada habitante do Catar tem uma renda anual dez vezes maior que a do brasileiro. Com isso, o país tem o maior PIB per capita entre os 22 países árabes. 

Então, a população do país é rica? 

Não exatamente. O PIB per capita apenas divide o PIB do país pelo número de habitantes. Em outras palavras, esse valor é apenas uma média e não traduz as diferenças de renda da população. Ainda assim, essa comparação é usada por muitos rankings para definir os países mais ricos do mundo. 

3. Já foi o país mais rico do mundo

Nesse sentido, o Catar já foi o país mais rico do mundo – considerando o PIB per capita. A renda per capita atingiu US$ 124 mil em 2017. Em 2021, a economia do Catar caiu para a quarta posição, e quem ocupa o primeiro lugar é Luxemburgo, um pequeno país europeu, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) 

O Pearl-Qatar, em Doha, é um dos maiores empreendimentos imobiliários do Oriente Médio (Foto: Deepak Siva/Unsplash)

4. 90% dos habitantes são estrangeiros que buscam trabalho

Segundo Marcus Vinícius, gerente de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, apenas 10% dos 2,9 milhões de habitantes do país são catares – ou seja, que nasceram no país.  

Os outros 90% são imigrantes que buscam trabalho no setor de serviços, que está crescendo. São pessoas de países como Índia, Blangadesh e de alguns países da Europa.

“Por causa disso, existe uma diferença social [entre os catares e os imigrantes], assim como existe em qualquer país”, diz. Dados da ONU (Organização das Nações Unidas), de 2019, colocavam o Catar como o país com maior concentração de renda do mundo: naquele ano, os 1% mais ricos concentravam quase 29% de toda a renda do país. 

5. O dinheiro está nas mãos dos catares 

Segundo Marcus, as empresas catares são muito familiares, e é difícil ver um presidente de uma empresa que não seja alguém da família. 

“Não é uma regra em 100% dos casos, mas isso existe. E são as famílias catares que são as donas das empresas, são as que têm dinheiro. A desigualdade está entre os 90% da classe trabalhadora.” 

Marcus Vinícius

6. O “real” do Catar

A moeda do catar é a riyal catarense e a pronúncia é a mesma da moeda brasileira: “real”. O símbolo do riyal catarense é QR e o código no mercado financeiro é QAR – como comparativo, o símbolo do real é R$ e o código é BRL. 

Como qualquer moeda, o “real” do Catar tem suas oscilações e, em setembro de 2022, ele está desvalorizado em relação ao real brasileiro: R$ 1 vale em torno de 0,68 QAR. 

Segundo o Banco Central do Catar, o país tem em circulação notas de QR 1, QR 5, QR 10, QR 50, QR 100, QR 200 e QR 500. 

Nota de QR 1 (Fonte: Banco Central do Catar)
Nota de QR 500 (Fonte: Banco Central do Catar)

7. País quer desenvolver a indústria do turismo

Para reduzir a dependência do setor de gás e diversificar sua economia, o Catar tem feito esforços para ampliar o setor de serviços (restaurantes, comércio e hotéis) e, assim, desenvolver a indústria do turismo. E o mundial de futebol é peça importante nesse jogo. 

Segundo Marcus Vinícius, o país investiu US$ 190 bilhões em projetos de infraestrutura para receber a Copa do Mundo da FIFA™, mas já pensando em transformar o país em um polo turístico, à exemplo de Dubai, nos Emirados Árabes, e do Bahrein, país considerado o parque de diversões árabe.  

Marcus afirma que o país não tem estimativas de quanto pode ter de retorno financeiro desses investimentos.  

8. Produtos de luxo são os itens mais desejados pela população

Relógios, vestuário, acessórios, calçados, eletrônicos. Os catares adoram um item de luxo. Segundo dados da consultoria de pesquisas de mercado indiana Mordor Intelligence, o Catar tem um dos mercados consumidores de luxo mais fortes do Oriente Médio.

Somente em Doha, capital do país, existem mais de 30 shopping centers, para uma população de 1,3 milhão de pessoas. Para você ter uma ideia, a cidade de São Paulo tem quase o dobro de shoppings (54), mas para uma população dez vezes maior que a de Doha: são quase 13 milhões de habitantes na capital paulista.

Segundo Marcus Vinícius, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, os catares são muito antenados nas tendências mundiais, tanto de consumo como de tecnologia.   

9. Moradia é desejo e desafio dos trabalhadores

Os apartamentos luxuosos que podem ser vistos em filmes e documentários não são para todo mundo. Assim como ocorre no Brasil, os trabalhadores do Catar encontram preços altos e falta de boas condições para comprar um imóvel.  

“O custo de moradia nos países árabes é alto e a população que trabalha lá vive em nichos de apartamentos, que são moradias mais humildes. Os catares têm um consumo de luxo, mas a classe trabalhadora enfrenta os mesmos desafios que enfrentamos aqui.” 

Marcus Vinícius

Cidade de Doha: não é todo mundo que mora nos prédios de luxo (Foto: Radoslaw Prekurat/Unsplash)

10. Juros seguem as “finanças islâmicas”

Quando a inflação sobe, os bancos centrais normalmente aumentam a taxa de juros para controlar o aumento dos preços. O Catar também tem sua taxa básica de juros, mas ela não sobe ou desce com base apenas em números. A política monetária do país também considera o que se chama de finanças islâmicas. 

Esse conceito, criado em 1970, define que as relações financeiras no país não devem ter como fim o lucro pelo lucro, mas sim o acordo e o bem-estar entre os envolvidos. 

Em um artigo publicado pela faculdade Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), o professor Ahmed Sameer El Khatib, coordenador do Instituto de Finanças da faculdade, explica que as finanças islâmicas são um conjunto de princípios que vai além de “questões econômicas e financeiras puras, alcançando a sociedade e visando o seu bem-estar social”.

O que isso quer dizer na prática? Que os bancos islâmicos do país não cobram juros. O que existe é um acordo de compartilhamento de lucros entre quem concede o crédito e quem contrata. 

“Isso significa que, se um banco emprestar dinheiro a uma empresa, o negócio paga o empréstimo sem juros, mas dá ao banco uma participação em seus lucros. Se a empresa não cumprir com o empréstimo ou não ganhar lucros, o banco também não recebe nenhum lucro.” 

professor Ahmed Sameer El Khatib, em artigo

E os bancos internacionais que estão no país, e que cobram juros, não aumentam as taxas no mesmo ritmo da inflação. A taxa de juros básica do país, por exemplo, não passou de 5% nos últimos 10 anos. Hoje, está em 4,5% ao ano. 

11. Japão e China são os principais parceiros comerciais 

Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Japão, China, Índia, Coréia do Sul e Cingapura são os que mais compram do Catar. E os produtos mais exportados do país são gás de petróleo, petróleo bruto, petróleo refinado, polímeros de etileno e fertilizantes. 

Entre os 22 países árabes, o Catar é o quarto maior exportador e o sétimo maior importador – considerando os números de 2021. 

Na hora de comprar, o país importa produtos de alto valor. Os itens mais buscados são maquinário, aparelhos elétricos, automóveis, ferro ou aço e aeronaves. E os principais países fornecedores, em 2021, foram Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha e Índia.

12. Brasil está comprando mais do Catar e vendendo mais para o país  

No balanço geral das compras e vendas do Brasil, o Catar, sozinho, não tem um grande peso, se comparado com outros países. De janeiro a agosto, o Brasil vendeu produtos que trouxeram US$ 224 bilhões para o caixa do país, segundo dados do Ministério da Economia

Desse valor total, US$ 282,73 milhões são do Catar – apenas 0,12% do total das exportações no período.

Apesar disso, o Catar foi o nono principal destino das exportações brasileiras no período, entre os 22 países árabes. E esse valor de 2022 já é 53% maior que o registrado de janeiro a agosto de 2021. 

Olhando para as importações, o Brasil pagou US$ 181 bilhões por produtos de outros países de janeiro a agosto de 2022. O Catar recebeu US$ 774,24 milhões desse bolo. Esse valor representa 0,43% do total das importações brasileiras.

Ainda assim, essa fatia cresceu 78,2% em relação ao mesmo período de 2021. Assim, o Catar foi o quarto principal fornecedor das importações brasileiras, entre os países árabes. E foram os fertilizantes, enxofre, e instrumentos e aparelhos para medicina que impulsionaram esse crescimento. 

Entrou no clima do mundial e quer fazer um bolão? Entenda como funciona esse jogo:

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