Na tradução literal, Open Finance significa “finanças abertas”. Esse conceito tem um princípio simples: o de que é preciso abrir o leque de opções disponíveis para o consumidor e permitir que ele tenha mais liberdade para levar suas informações financeiras para onde quiser.
Tudo isso é feito em um ambiente seguro, no qual o cliente tem total controle das informações que decide compartilhar com outras instituições ou empresas.
No Brasil, a primeira fase do Open Finance, que no início era conhecido como Open Banking, começou em fevereiro de 2021. Atualmente, o projeto já está na quarta fase. Saiba mais abaixo.
O que é Open Finance?
O Open Finance é um sistema financeiro aberto que permite a comunicação entre diferentes plataformas. Na prática, é um processo de compartilhamento de dados entre instituições financeiras que tem como objetivo melhorar o relacionamento entre as empresas e o consumidor.
Imagine todo o histórico de crédito construído ao longo do tempo com um banco: as contas pagas em dia, os salários depositados, as prestações, empréstimos, perfil de gastos no cartão de crédito etc.
Tradicionalmente, o acesso a essas informações é restrito ao banco que registrou tais movimentações. Com o Open Finance, o cliente pode compartilhar esses dados com qualquer outra instituição que tenha aderido ao sistema.
Qual a diferença entre Open Banking e Open Finance?
No dia 24 de maio de 2021, o Banco Central do Brasil anunciou que o modelo de negócio do Open Banking seria substituído pelo Open Finance – que nada mais é do que uma expansão da ideia original.
Até então, apenas bancos e fintechs faziam parte dos planos. Com essa mudança no sistema, mais instituições foram incluídas, como corretoras de valores, companhias de câmbio e fundos de previdência.
Em outras palavras, o Open Finance é uma evolução do Open Banking, capaz de promover mais diversidade e abrangendo todos os setores financeiros do Brasil.
Qual o objetivo do Open Finance?
O maior objetivo do Open Finance é facilitar a vida dos clientes que desejam migrar de instituição ou simplesmente adquirir um novo produto financeiro. Esse processo pode ser burocrático e desconsiderar todo seu histórico, o que exige que você inicie um novo relacionamento do zero.
Isso acontece porque, muitas vezes, falta à nova instituição ou produto o contexto para conseguir oferecer às pessoas algo mais personalizado, como um limite de crédito ou um pacote de investimentos adequado a cada perfil.
Com o Open Finance, um cliente que pede um empréstimo em um banco, por exemplo, poderia usar seu histórico já existente em outros lugares para conseguir melhores taxas de juros ou limites.
Além disso, fica muito mais fácil desenvolver novos produtos e serviços quando todo o mercado fala a mesma língua e tem um padrão.
Isso não significa que toda a tecnologia, de todas as instituições, será a mesma – e muito menos que as informações ficarão soltas no sistema. O compartilhamento de dados acontece em apenas uma das camadas dessa tecnologia, conhecida como API.
O que são as APIs do Open Finance?
API – ou Application Programming Interface, interface de programação de aplicativo, em tradução livre – é parte de um sistema que funciona justamente como uma área compartilhada por várias plataformas, que podem conversar entre si por meio desse ambiente.
O Open Finance propõe que todo o mercado financeiro tenha APIs abertas. Isso significa que o código usado para desenvolver um certo sistema é compartilhado, possibilitando integrar diversas plataformas.
As empresas continuam tendo autonomia para decidir qual tecnologia será usada para construir seus sites, aplicativos e produtos. O que muda é que, a partir do Open Finance, devem ser seguidos padrões que permitam que as instituições financeiras conversem entre si.
O Open Finance é gratuito?
O Open Finance é gratuito para todos os clientes. O consumidor não terá nenhum custo ao solicitar o compartilhamento dos seus dados de uma instituição para outra. Ou seja, o banco transmissor da informação não poderá fazer cobranças diretas.
Open Finance vale a pena?
Sim, o Open Finance vale a pena. Diversos países no mundo estudam formas de implementá-lo. Entre os benefícios do Open Finance, é possível destacar:
- Liberdade e autonomia para clientes;
- Controle dos seus dados;
- Custo reduzido;
- Inovação no sistema financeiro.
- Ampla competição de mercado.
É seguro usar o Open Finance?
Sim. Para adentrar ao sistema, as instituições precisam ser autorizadas pelo Banco Central, que estabelece regras rígidas para proteger as informações sobre o usuário, como o uso de criptografia.
Além disso, os dados só podem ser compartilhados entre as instituições se houver permissão do proprietário – que também pode revogar a autorização quando quiser.
O Open Finance considera as informações financeiras antigas e atuais?
Com o Open Finance, todo o seu histórico de crédito é levado em conta. Ou seja, até mesmo as informações registradas antes da implementação do sistema no Brasil podem ser compartilhadas entre diferentes instituições financeiras.
Qual o impacto do Open Finance no mercado financeiro?
O maior impacto do Open Finance é fornecer mecanismos de controle que realmente deem autonomia aos clientes.
O cliente leva suas informações financeiras de maneira simples para diversas instituições e consegue estabelecer relações de crédito com muito mais praticidade.
Isso faz com que a troca de instituições seja mais fácil e que o cliente não fique mais preso às ofertas de um único banco. Além disso, o Open Finance facilita ainda mais a implementação do BaaS (Banking as a Service, ou Banco como Serviço, em tradução livre), permitindo que diferentes empresas ofereçam, também, serviços financeiros.
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